sábado, 14 de abril de 2012

bernardino machado e a república


a caminho da apresentação do tomo II da obra política de bernardino machado, a qual se fará no museu bernardino machado, em vila nova de famalicãom no próximo dia 21 pelas 16h00, ficam aqui alguns pensamentos de um dos políticos republicanos mais coerentes que trabalharam para o bem da nação. incontestavelmente, estas linhas são para o dr. manuel sá marques, com um abraço cordial de amizade fraterna.



"E, na base de toda a nossa política, que não é senão educação cívica, fica por mais tempo, assim como está, o regime do nosso ensino, que tanto precisa ser reformado liberalmente."

Para operarmos a nossa intervenção, unamo-nos entre nós cada vez mais intimamente como uma família. E unamo-nos cada vez mais com a Nação. Não repilamos ninguém. Não somos um partido de ódios nem de violências, violências são de franquistas; ódios, de clericais. Somos e devemos ser um partido de atracção. Que atrair não quer dizer transigir. Devemos atrair unicamente pela legítima influência das nossas virtudes cívicas."

"Fazer com que em Portugal haja um povo livre e uma Pátria livre, eis a aspiração sagrada do Partido Republicano Português."

"Ressuscitar a vida pública é de facto o anseio patriótico de todos os republicanos portugueses."

"O problema por toda a parte é sempre aproximar, socializar os homens. / Não podemos ainda reuni-los bem pelo interesse e pelo sentimento comum? / Já o vamos fazendo. O Partido Republicano é uma grande família, onde cabem todos os crentes e todos os livre-pensadores, e é uma grande moralidade, onde os ricos contribuem para os pobres. Não somos um partido de ateus, nem de colectivistas ou comunistas. Se o fossemos, tinhamos de esperar resignadamente pela nossa vitória ainda séculos; não deviamos contar com ela para breve, como contamos."

"O que sobretudo temos feito e temos de continuar a fazer, é ressuscitar, criar a vida política da nação, associar todos os portugueses como cidadãos pela razão. Essa força de união só nós a possuímos, é a nossa grande força política, à qual os nossos adversários se vão fatalmente rendendo."






















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