sábado, 31 de dezembro de 2016

Últimas Leituras do Ano





E assim, de vez em quando, o nosso cânone leitoral é destronado. Estas últimas leituras do final do ano de 2016, quase, quase a chegar ao fim, entre Delillo, Araújo Pereira e Teolinda Gersão revelaram, afinal de contas, grandes surpresas. Se de Delillo cito "Seria a barba que um homem deixa crescer quando deseja entrar numa nova dimensão da fé?", apenas comento, e neste caso respondo, que também um homem pode deixar crescer a barba a pedido da namorada e assim estaremos perante uma barba amorosa; ou então, "se os momentos banais constituem a vida", poderá ser através de Teolinda Gersão que se comenta essa mesma afirmação de Delillo: afinal de contas "o diabo não está sempre atrás da porta", o que é até revelador, porque assim podemos caminhar sempre em busca da felicidade nesses mesmos momentos que fazem o nosso universo dentro do universo infinito. Mas se o livro de Ricardo Araújo Pereira não nos fala em Bergson e na sua teoria do riso e do humor, é um livro que vale a pena ler, na sua aventura entre a literatura, o cinema e a filosofia. Desejo umas boas entradas e um magnífico ano, aquele que se avizinha, o de 2017, com grandes leituras.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Afonso Cruz



"É fácil um ser humano tornar-se infinito: basta ser amado." De Afonso Cruz, melhor, Malgorzata Zajac. [Acrescento: e amar!]

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Fórum do Livro de Macau (24 de Outubro a 3 de Novembro 2016)



Amadeu Gonçalves
Conferência
Museu do Oriente
"Manuel da Silva Mendes: entre Vila Nova de Famalicão e Macau"

Resumo
Evocar Manuel da Silva Mendes em duas vertentes: em Vila Nova de Famalicão e em direcção a Macau. Em Vila Nova de Famalicão, salientar a sua vida social, o seu, nas suas palavras. "republicaneirismo", e a sua actividade cívica e cultural, implicando a publicação dos seus primeiros textos com a chancela da Tipografia Minerva, ou a sua colaboração em jornais como "O Porvir", "O Minho" ou em "O Regenerador". Em direcção a Macau, mais do que uma ruptura, uma continuidade em direcção à Filosofia Oriental e, particularmente, ao individualismo ético e social do Taoísmo (entre o anarquismo e o taoísmo). Em Vila Nova de Famalicão encontrará esse caminho na figura de Guilherme Tell, nessa imagem individualista anárquico-metafísico na linguagem poética de Schiller. Mais do que com John Rawls, Manuel da Silva Mendes iria simpatizar-se com Robert Nozick


• Dia 24 de Outubro
15H00 - Inauguração da Grande Feira do Livro de Macau em Lisboa (editoras de Macau e de Portugal) na Livraria do Turismo de Macau na Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa
18H30 – Sessão oficial de abertura da Semana do Livro de Macau em Lisboa, no Centro Científico e Cultural de Macau, com duas conferências:
18H45 – “Macau: livros e leituras. Séc. XVI e XVII”, pelo Prof. Luis Filipe Barreto, presidente do CCCM
19H30 – “O Delta Literário de Macau”, pelo Prof. José Carlos Seabra Pereira.
Exposição bibliográfica
• Dia 25 de Outubro
Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa
18H30 – Mesa redonda acerca dos livros sobre Macau publicados em Portugal, moderada pela Dra. Margarida Duarte
• Dia 26 de Outubro
18H00 – Conferências, no Museu do Oriente, pelos Dr. António Aresta, “Manuel da Silva Mendes: Razão e Mistério” e Dr. Amadeu Gonçalves, “Manuel da Silva Mendes: entre Vila Nova de Famalicão e Macau”.
19H30 – Lançamento do livro Macau Histórico e Cultural, de autoria de António Aresta, apresentado pela Dra. Celina Veiga de Oliveira
• Dia 27 de Outubro
Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa
16H00 – Conferência “A nova vertente editorial de Macau ligada ao ensino do português na China” e apresentação do livro Uma Língua para Ver o Mundo. Olhando o Português a Partir de Macau, pelo Prof. Carlos André
18H30 – Lançamento do livro Arquivo das Confissões/Bernardo Vasques e a Inveja, de autoria de Carlos Morais José, apresentado pela Prof.ª Ana Paula Laborinho
• Dia 28 de Outubro
Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa
18H30 – Conferência “Sobre a literatura chinesa moderna de Macau”, pela Prof.ª Han Li Li.
Coordenação da Dra. Tereza Sena
 • Dia 29 de Outubro
16H00 – Sessão sobre Poetas de Macau (com evocação de Camilo Pessanha), na Fundação Casa de Macau em Lisboa, no Príncipe Real, com a presença do Ministro da Cultura. Coordenação do Dr. Sales Lopes
18H30 – Chá gordo.
• Dia 31 de Outubro
15H00 – Conferência tendo por tema os livros de Direito publicados em Macau, na Universidade Católica, pela Dra. Filipa Guadalupe.
Sessão patrocinada pela Fundação Rui Cunha
18H30 – Lançamento do livro de Shee Va, Espíritos, apresentado pela Dra. Beatriz Basto da Silva, na Delegação Económica e Comercial de Macau
• Dia 1 de Novembro
17H30 – Conferência “Macau Visto do Mar: olhares sobre a cidade de marinheiros portugueses do século XX”, pelo Prof. Alfredo Gomes Dias, no Clube Militar Naval.
Sessão patrocinada pela Fundação Jorge Álvares
• Dia 2 de Novembro
Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa
18H30 – Conferência sobre as Histórias de Macau, pela Dra. Beatriz Basto da Silva, na Delegação Económica e Comercial de Macau
• Dia 3 de Novembro
18H30 – Evocação de Maria Ondina Braga, em sessão orientada pelo Dr. José António Barreiros, na Biblioteca Nacional de Portugal

Consultadoria científica do Fórum: Dra. Tereza Sena (do Instituto Politécnico de Macau)


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A I Grande Guerra e V. N. de Famalicão


Foi apresentado recentemente o número duplo 8/9 (2014-2015) da IV série do "Boletim Cultural" da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão. Dividido em quatro capítulos temáticos, a saber, i) "Entre a Monarquia e a I República", ii) "Raízes Históricas", iii) "Património Cultural" e iv "Oposição Democrática", contém colaboração de António Joaquim Pinto da Silva, António José Queiroz, Artur Sá da Costa (assim como também coordenador editorial do mesmo), Filipa Sousa Lopes, Jorge Fernandes Alves, José Manuel Tengarrinha, entre outros. De Amadeu Gonçalves contém "A I Grande Guerra e as suas repercussões em Vila Nova de Famalicão. O Monumento aos Mortos da Grande Guerra".  Ao citar Eduardo Lourenço ("… somos o Édipo da História, ou, por outra, a História é que é realmente a Esfinge. Não é a solução, a resposta, é a questão em si mesma, e nós estamos sempre a ser questionados sem cessar por aquilo que somos, por aquilo que fazemos. A História não é outra coisa que não seja o que fazem os homens. Não há História fora do nosso próprio fazer. A história é a ficção das ficções."), Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes ("… talvez faltem, ainda hoje, as análises dos sentimentos das pessoas, combatentes ou não-combatentes, das ideias dos grupos e colectividades, das famílias, das aldeias, dos povos.") e Norman Stone ("Mas no princípio reinou a ilusão. Em 1914, as tropas partiram saudadas pelas multidões […] Nenhuma guerra começou com tamanha incompreensão da sua natureza […] os exércitos partiram para a guerra com a ilusão de que tudo estaria acabado em breve – «em casa no Natal»."), pretende o autor do mesmo trabalho evocar, ou tentar saber, através da imprensa de V. N. de Famalicão, entre 1914 a 1918, particularmente entre o "Estrela do Minho" e a "Gazeta de Famalicão" de como seria a sociedade famalicense e de como a mesma se movimentou perante a I Grande Guerra. Para além das questões sociais e políticas e da sua movimentação em V. N. de Famalicão (por exemplo a crise das subsistências ou o sidonismo), ler-se-á nesta investigação como é que a sociedade famalicense se  organizou em torno das associações cívicas e sociais, passando pela visão da guerra, pelas actividades culturais e lúdicas, etc. Fica aqui um esquema desse mesmo trabalho

1914
Cultura. Bernardino Machado, Presidente do Ministério, A Questão de Riba d`Ave. O Inquérito do Governo de Bernardino Machado sobre a Lei da Separação da Igreja e do Estado. A Guerra.

1915
Pimentismo. Reorganização Mnárquica. Eleições. A Crise das Subsistências. Incêndio na Casa de Camilo. A Eleição Presidencial. A Guerra. África. Cultura. Exercícios Militares.

1916
Junta Patriótica do Norte. Cruzada das Mulheres Portuguesas. Cruz Vermelha Portuguesa. A Guerra. Bernardino Machado em Vila Nova de Famalicão. A Crise das Subsistências. Futebol. Cultura.

1917
Cultura e Sociedade. A Guerra. A Guerra e a Propaganda. África. Cruz Vermelha Portuguesa. Comissão Promotora Venda da Flor. Crise das Subsistências. Política. A Vitória Monárquica nas Eleições Municipais. Viagem Presidencial e Exílio.

1918
Bernardino Machado e I Exílio. O Sidonismo em Vila Nova de Famalicão. A Crise das Subsistências. "A Sopa dos Pobres". Doenças: Tifo Exantemático, Hidrofobia, Pneumónica, Varíola. A Guerra. Cultura e Sociedade.

"O Monumento aos Mortos da Grande Guerra".


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Uma Aventura Camiliana entre a Filosofia e a Literatura





Imagem do livro de José Viale Moutinho "Camilo Castelo Branco: memórias fotobiográficas (1825-1890), representando a Igreja do Salvador, em Ribeira de Pena, onde casaram Camilo Castelo Branco e Joaquina Pereira de França.



UMA AVENTURA CAMILIANA ENTRE A FILOSOFIA E A LITERATURA

Por Amadeu Gonçalves

Ao saudoso Mestre e Amigo Dr. Manuel Simões

“… uma cousa chamada «filosofia?, ciência que foi necessário inventar-se, à medida que umas certas virtudes de portas adentro deram em saltar pelas janelas; e voar por aí fora, não sei para onde..." (Camilo, “Amor de Salvação”)

“O romancista é como o estatuário: este, na escultura de um busto decente e modesto de mulher, não se entusiasma copiando os lugares-comuns da natureza. Eu imito o primeiro e o segundo.” (Camilo, “Anátema”)

“A filosofia é mais circunspecta nas suas respostas. O escalpelo do romancista vai mais dentro, e afasta fibra a fibra as camadas de tecidos exteriores de que as turbas se impressionam para os seus juízos sempre errados, empíricos, ou estúpidos.” (Camilo, “Anátema”)

“Não escrevo novelas, nem tragédias, mas gosto de imaginá-las…” (Camilo, “Livro Negro do Padre Dinis: continuação dos Mistérios de Lisboa – II”)



Camilo alquimista? Porventura alquimista da singularidade humana, das essências humanas na sua ontologia existencial e histórica, na configuração linguística. Mais do que um idealista romântico-realista perante o conhecimento da interioridade do humano, Camilo materializa o sensível do mundo e do ser na corporeidade das palavras entre uma mesmidade e uma alteridade do mundo em nós, entre a imaginação e esse auto desdobramento ficcional para o dizer das coisas deste mundo. Possivelmente, quatro grandes tópicos poderão ser abordados nessa viagem entre a Filosofia e a Literatura, em obra ficcional tão profícua: uma fenomenologia do amor (na tipificação mítica de Pigmalião), uma dimensão antropológica (a problemática da felicidade) e uma dimensão teológica (a questão da secularização) e uma dimensão histórica. O que se pretende é resgatar mundos para uma maior compreensão da riqueza textual camiliana. Tal como Camilo nos diz em “As Três Irmãs”: “Falaremos ainda muito, e depois, na eternidade.” A aventura é interminável, impossível, mas possível, e convém abrir novos caminhos interpretativos, no papel ético da Literatura, tal como Camilo o defendia. Neste sentido, evoco aqui Jacinto do Prado Coelho, entre duas viagens programáticas: a primeira, quando, no ano já ido de 1946, no prefácio à 1.ª edição da sua mais do que “Introdução ao Estudo da Novela Camiliana”, afirma que “falta, por exemplo, esta coisa fundamental: estudar a novela de Camilo em si mesma (filosofia da vida, personagens, estrutura, processos), dentro do género «novela» e dum ponto de vista histórico-evolutivo, quer dizer, sem perder de vista a cronologia, ou seja, procurando ver como nasce e cresce e se transforma a novela camiliana.” A segunda, colocando em questão, senão mesmo a impossibilidade de um “inventário de temas” para se procurar a explicação da obra. A crítica de Prado Coelho reflecte aqueles que se preocuparam mais com uma hermenêutica biográfica (salvo, acrescento, algumas excepções). Mas o sentido da “filosofia da vida” na textualidade camiliana esse é o sentido que poucos ainda se aventuraram a explorar, numa viagem entre a Filosofia e a Literatura. Foi, precisamente, Prado Coelho que me inspirou, aqui há uns anos, nessa aventura camiliana, nessa busca de um mundo no qual a ficção camiliana se transfigura. Contudo, sabemos, e Camilo sabia-o bem, tal como Harold Bloom também o sabia: a literatura não é unicamente linguagem. Camilo aproxima-se da metáfora de Nietzsche naquilo que poderá ser a Literatura, como vontade de figuração, isto é, o desejo de ser diferente, o desejo de estar noutro lugar. Não só para suplantar aqueles dois mundos que Eduardo Lourenço soube bem redefinir, o da nossa portugalidade na mutação de meados de oitocentos, entre uma monarquia absoluta que não tinha fim e um liberalismo propenso às invectivas camilianas, mas também como salvação. Melhor, outros exemplos poderia edificar, nas palavras do tio de Ladislau de “O Bem e o Mal”: “Nos livros aprendi a fugir ao mal sem o experimentar.” Mas, a essência do humano em termos filosóficos, e transportada para a ficção, podemos encontrá-la na crítica que Camilo efectua a Espinosa, a propósito da tradução anotada que realiza ao livro “Jesus Christo perante o Seculo ou novos testemunhos das sciencias em abono do Catholicismo”, de Roselly de Lorgues. Um dos únicos, senão mesmo um dos únicos estudos desta relação entre Camilo e Espinosa, devemo-lo ao jesuíta Mário Martins, evidenciando que afinal de contas o então seminarista portuense não desperdiçou assim tanto o seu tempo. Na realidade, nas dez anotações que Camilo então realizou, com aproximações aos mitos escatológicos cristãos, elas poderão ter as seguintes indicações titulares, a saber, i) o materialismo espinosista; ii) imortalidade da alma; iii) corrupção e imoralidade; iv) cosmogonia; v) geologia e dilúvio; vi) naturalismo; vii) do materialismo astrónomo; viii) profecias; ix) analogia, o que terá em análise as últimas consequências do ateísmo. Ateísmo, diga-se, de passagem, que será uma sequência do indiferentismo religioso que Camilo fala na introdução no livro em causa. Surge-nos aqui, na contextualização ficcional camiliana, um tema profícuo: a secularização. Assim sendo, não deixa de ter razão Bigotte Chorão quando nos diz que “houve até quem defendesse que em obra tão quantiosa e temperamental não se encontra uma só ideia – apenas paixões. Opinião mais do que discutível – errada. Decerto que Camilo não é o que se chama um «escritor de ideias, mas seria excessivo considerá-lo desprovido delas, como se as milhares de páginas que escreveu lhe dessem só o estatuto de contador de histórias, onde não houvesse senão amores, e rancores, e humores.” Consciente do tempo em que escreve, tal como nos diz em “Lágrimas Abençoadas”, Camilo explora na sua textualidade várias temáticas. A já falada, a secularização, poderíamos inculcá-la no tema mais geral da Filosofia aqui incorporando igualmente o materialismo de oitocentos na sua relação com as personagens, uma hermenêutica da cultura na sua relação historiográfica (miguelismo, liberais e realistas, sebastianismo, Maria da Fonte, invasões francesas, liberalismo, etc.), a Literatura (entre a intertextualidade e uma meta-literatura) e a sua dimensão ética. Paralelamente, a questão antropológica ou a dimensão teológica no seu diálgo com o racionalismo e o tema genérico a que chamo de uma Fenomenologia do Amor, entre os mitos gregos e cristãos, em busca da felicidade, entre uma ética das virtudes e de expiação. Se existe filosofia na ficção camiliana, nas palavras de Fialho de Almeida, será nesta “falta de fé na felicidade: neste conceito que pôs no seu espírito um tão amargo travor das coisas da existência.” Contudo, Camilo contradiz-se muitas vezes nos seus próprios conceitos, refugiando-se nas personagens enquanto alter-egos. Estas são apenas algumas ideias temáticas para um “Dicionário Camiliano Temático”. Dou o exemplo, como outros poderia dar, desta configuração temática camiliana para uma interioridade textual e, ao mesmo tempo, desconfiguração textual, o caso de “Onde Está a Felicidade”. Estamos perante uma ficção em que a dimensão da Literatura e particularmente a dimensão de uma Fenomenologia do Amor estão bem patente. Veja-se uma vítima do romance, Guilherme de Amaral, relacionando-o Camilo com o mito de Pigmalião, ou a personagem feminina Augusta, relacionando-a com o mito da queda cristão. Enfim, esta trasladação temática entre a Filosofia e a Literatura pode ter os seus riscos, mas não custa nada tentá-la. Camilo merece.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

I Congresso Internacional Camilo - O Homem, O Génio e o Tempo





Congresso Internacional: “Camilo: o homem, o génio e o tempo”
9, 10 e 11 de setembro de 2016
Programa


SEXTA 9
10:00 – Receção aos participantes e entrega de documentação
10:30 – Sessão de abertura
Rui Vaz Alves (Presidente da Câmara Municipal de Ribeira de Pena)
António Fontainhas Fernandes (Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro)
António Ponte (Diretor da Direção Regional da Cultura do Norte)
Fernando Moreira (Membro da Comissão Científica)

11:00– Conferência inaugural | Moderador: Presidente da Câmara Rui Vaz Alves
A Romaria de S. Bartolomeu na narrativa de Camilo
João Ferreira
(Universidade de Brasília)

11:30 – Pausa para café

11:45 – Painel 1| Moderador: Joaquim Pinto da Silva (Orfeu, Centro Cultural, Bruxelas)

Camilo e os escritores do Porto numa carta inédita
Jorge de Oliveira e Sousa[1]
(Universidade de Lovaina, Bélgica)

Deuses e demónio no Minho – Camilo e Teixeira de Queiroz
Paula Teixeira de Queiroz
(Escritora e advogada)
Augusto Alberto da Silva Ferreira e Camilo - do Guichard e da assembleia portuense à correspondência e à génese de uma notável camiliana
Damião Vellozo Ferreira
(Advogado e historiador)

12: 30 – Debate
12:45 – Almoço (livre)
14:30 – Inauguração da exposição Camiliana |Comissariado: Damião Vellozo Ferreira
                Local: Auditório Municipal
15:00 - Painel 2 | Moderador: Emanuel Guimarães (CMRP)

Fundo documental de António Canavarro de Valladares
Ricardo Capela
(Arquivista)

As várias vidas de Camilo
Maria Antónia Oliveira
(Universidade Nova de Lisboa)

Duas vidas e duas histórias
Rosa Méndez Fonte
(Conselheira do Departamento de História do Concelho de Ferrol)

Uma Aventura Camiliana entre a Filosofia e a Literatura
Amadeu Gomes Gonçalves
(Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão)

16:15 – Debate
16:30 – Pausa para café
17:00 – Inauguração da Exposição Camilo e Rosalía de Castro | Comissariado: Paulo Sá Machado
                Local: Casa de Camilo-Friúme
                Visita à Ilha dos Amores - Friúme
18:00 – Fim de atividades



Sábado 10
10:00 – Receção dos participantes

10:30 – Conferência | Moderador: Paulo Sá Machado
Rosalía de Castro: unha escritora e un proxecto veciños de Camilo
Anxo Angueira Viturro
(Fundación Rosalía de Castro – Galiza)
11:00 – Pausa para café
11:15 – Painel 3|Moderador: José Manuel Oliveira (Casa de Camilo – Museu/Centro de Estudos)
Camilo, as mulheres e a Maia
José Augusto Maia Marques
 (Câmara Municipal da Maia/ISMAI)

A correspondência Camilo-Tomaz Ribeiro e Branca de Gonta Colaço
José Valle Figueiredo
(Centro de Estudos Tomaz Ribeiro)

A Primeira Mulher de Camilo, de Alberto Pimentel – minúcias de uma reedição
Joaquim Pinto da Silva
(Orfeu, Centro Cultural, Bruxelas)
12:00 – Debate

12:15 – Apresentação da reedição da obra A Primeira Mulher de Camilo, de Alberto Pimentel, com anúncio do destino da fotografia única de Joaquina Pereira de França, de propriedade de César Romão.
(Edição de Orfeu, Bruxelas) (Joaquim Pinto da Silva| Moderador: Susana Pimenta)
Local: Auditório Municipal
12:45 – Almoço (livre)
14:30 – Conferência| Moderador: Fernando Moreira (UTAD)

Propostas de leitura didática de Maria Moisés de Camilo Castelo Branco
Cândido de Oliveira Martins
(Universidade Católica Portuguesa)

15:00 – Painel 4|Moderador: Fernando Moreira (UTAD)
O processo de escrita camiliano em Novelas do Minho
Carlota Pimenta
(Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa / Centro de Linguística)

Linguagem e estilo em Vinte Horas de Liteira de Camilo Castelo Branco
José Barbosa Machado
 (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro)

Maria Moisés vai à escola: gostar de ler à boleia de Camilo
Joaquim Jorge de Carvalho
(Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra)

Camilo e a educação
João Bartolomeu Rodrigues
(Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro)

16:00 – Debate
16:15 – Pausa para café
16: 30 – Painel 5|Moderador: Orquídea Ribeiro (UTAD/CITCEM)           
A Espada de Alexandre, ou de como se articulam o génio, o homem e o tempo
Ana Luísa Sonsino
 (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)

O tempo do génio
Tânia Moreira
(Centro de Investigação Transdisciplinar “Cultura, Espaço e Memória”)

Camilo e Vila Pouca de Aguiar a partir da obra O esqueleto
Luís Cardoso Teixeira
(Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar)
Camilo e a crónica de costumes
Daniela Fonseca
(Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro)

17:30 – Debate
17:45 – Fim das atividades

NOITE sábado 10
21:30 – MARIA MOISÉS, de Camilo Castelo Branco| Teatro do Nordeste Filandorra
(com a participação especial de crianças ribeirapenenses)

Domingo 11
10:00 – Receção aos participantes
10:30 – Painel 6 |Moderador: Emanuel Guimarães (CMRP)
Camilo e Junqueiro: para um mapa da amizade
Henrique Manuel Pereira
 (Universidade Católica Portuguesa)

Camilo e Joaquim de Araújo: uma relação de amizade
Maria Amélia Ferreira Peixoto Maia
 (Universidade de Coimbra/Centro de Interuniversitário de Estudos Camonianos)

A originalidade de Camilo, segundo Fernando Pessoa
Nuno Amado
(Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)

Um Orpheu a meio caminho do inferno e da sua libertação: Camilo segundo Agustina Bessa-Luís
Maria do Carmo Cardoso Mendes
(Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho)

11:30 – Debate
11:45 – Pausa para café
12:00 – Conferência de encerramento| Moderador: Susana Pimenta (CMRP/UTAD)

Por uma recusa do nacionalismo: reflexões sobre o romance histórico camiliano
Luciene Marie Pavanelo
(Universidade Estadual Paulista/Brasil)

12: 30 - Inauguração do Mural Literário Camilo Castelo Branco, de Daniel Eime
Local: Junto à Biblioteca/Auditório Municipal)

13:00 – V Almoço Camiliano (Local: Sr.ª da Guia/ sob inscrição)
                Inscrições: http://www.cm-rpena.pt/agenda/?id=173
Informações: congressocamilo2016@gmail.com ou 259 490 500

               



[1] Por motivos de saúde do orador,  a intervenção será apresentada por Maria João Alvarez (Orfeu, Bruxelas).