tag:blogger.com,1999:blog-32792531895086781792024-03-12T21:39:39.578-07:00dopresenteamadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.comBlogger412125tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-6821776507313256602018-03-11T13:47:00.000-07:002018-03-11T13:47:05.602-07:00Nos Cinquenta Anos da Secção de Cinema do F. A. C.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-P8mukg7bPBk/WqWUKbrNeDI/AAAAAAAAFOI/g7SCO9lmesAK35QHHGlht-gY1r7lfs--gCLcBGAs/s1600/fac4.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="152" data-original-width="533" height="91" src="https://3.bp.blogspot.com/-P8mukg7bPBk/WqWUKbrNeDI/AAAAAAAAFOI/g7SCO9lmesAK35QHHGlht-gY1r7lfs--gCLcBGAs/s320/fac4.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">Do espólio do
autor. Imagem retirada do cartão de sócio, cedido gentilmente pelo Ex.</span><sup style="font-family: "Times New Roman", serif; text-align: justify;">mo</sup><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">
Sr. David Vieira de Castro, então sócio n.º 735 da respectiva secção.</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">NOS
CINQUENTA ANOS DA SECÇÃO DE CINEMA DO FAC<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
CONTRA-CULTURA FAMALICENSE NOS ANOS 60<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div align="right" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: right;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Por
Amadeu Gonçalves<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“…
quando assumi a Presidência da Direcção do Famalicense Atlético Clube…,
procurei imprimir à sua gestão uma índole democrática e torna-la uma porta
aberta a todas as iniciativas culturais e desportivas de interesse para a nossa
terra. / Assim, acolhi favoravelmente a sugestão do Dr. Macedo Varela , Dr.
Joaquim Loureiro e José Augusto Rego…, de fundar um Cine-Clube, como uma secção
integrada na colectividade, mas com autonomia administrativa e financeira.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: right; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Eugénio
Mesquita, “Momentos de Resistência: Depoimentos”, 2000<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“O
Cine-Clube de Famalicão – como era conhecido dentro e fora do concelho –
desenvolveu e estreitou relações com outras organizações congéneres,
designadamente com os Cine-Clubes do Porto, Guimarães e Coimbra. / As sessões
realizavam-se no ex-Cinema Augusto Correia… / A maioria das exibições dos
filmes era precedida de breves intervenções explicativas do filme e do seu
realizador.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="right" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: right; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Macedo
Varela, “Momentos de Resistência: Depoimentos”, 2000<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Na
realidade, com o fim do Salão Olympia em Abril de 1962, tendo sido transmitido
o filme “O Dinheiro dos Pobres” (de Artur Semedo, do ano de 1954, com António
Silva, Armando Cortez ou Isabel de Castro), mais propriamente a 29, e com a
inauguração do Famalicense Cine-Teatro em Maio de 1962, com o filme “Os Canhões
de Navarone” (de J. Lee Thompson e Alexander Makendrick, do ano de 1961, com
actores como Gregory Peck, Anthony Queen ou a actriz Irene Pappás, entre
outros), o qual passaria nos dias 27 e 28, a realidade cultural famalicense, no
início dos anos sessenta não terá grandes alterações: o cinema português,
centrado na comédia de costumes, oriundo dos finais da I República e início da
ditadura militar; a projecção construtiva das salas de cinema um pouco por todo
o país, não fugindo V. N. de Famalicão como exemplo, caso do Cine-Teatro), nas
quais o cinema estrangeiro, particularmente o norte-americano, ganha as suas
evidências (tendo neste momento um levantamento fílmico entre 1962 até 1989,
faltando ainda o seu estudo sistemático), passando, no início de cada sessão,
documentários pedagógicos e políticos para a propaganda de Portugal, tida como
a fase documentarista portuguesa; o pouco teatro que passa por V. N. de
Famalicão, salvando-se, em 1959 o Teatro de Ensaio Raúl Brandão, em 1959, num
espectáculo promovido por Santos Simões e incorporado, espante-se, nas Festas
Antoninas de 1959; em 1965 Raul Solnado com a sua Companhia, em 1966 a Companhia
de Vasco Morgado, vindo novamente em 1968 com Laura Alves, e esta com a sua
Companhia em Abril de 1972, o panorama cultural famalicense altera-se a partir
dos meados dos anos sessenta. Mesmo com a inauguração do Teatro Narciso
Ferreira, em Riba d`Ave, com o filme “Fátima, Terra de Fé”, de Jorge Brun do
Canto, de 1943, o panorama não se altera. Se na cultura popular os famalicenses
retomam as “Festas Antoninas” no seu segundo ciclo, mas numa imagem salazarista
e ruralista, pontificando o Ateneu Comercial e Industrial com os seus serões
culturais e as suas homenagens personalísticas, novos espaços de
socialibilidade e de culturabilidade irão nascer em V. N. de Famalicão a partir
dos meados dos anos sessenta: é o caso da Biblioteca Móvel da Gulbenkian (1966,
mas já oriunda como Biblioteca Itinerante n.º 8, dos finais de 158); do Centro
Académico de Famalicão (1966), a secção de cinema do Famalicense Atlético Clube
(1968), a Livraria Fontenova (1969) e a Livraria Júlio Brandão (1971), a
Cooperativa de Consumo Cooprave de Riba d`Ave (1970) e, nos inícios dos anos
70, o nascimento da Associação do Teatro Construção, em Joane (Artur Sá da
Costa, “Resistência Cultural ao Fascismo as décadas de 60 e 70 no concelho de
Vila Nova de Famalicão”, 2000). <o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-GM93dFcJ1uo/WqWUf5jFs2I/AAAAAAAAFOQ/flrXu1_KO1E-cFkv8YQtueJqbONowKcogCLcBGAs/s1600/cineteatro%2BEM%2B27%2BMaio%2B1962.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1172" data-original-width="1600" height="234" src="https://4.bp.blogspot.com/-GM93dFcJ1uo/WqWUf5jFs2I/AAAAAAAAFOQ/flrXu1_KO1E-cFkv8YQtueJqbONowKcogCLcBGAs/s320/cineteatro%2BEM%2B27%2BMaio%2B1962.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Foto
retirada do jornal “Estrela da Manhã”, de 27 de Maio de 1962.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">De
qualquer maneira, pontificando apenas com estes exemplos primordiais, e tomando
o que aqui me traz, os cinquenta anos da Secção de Cinema do Famalicense
Atlético Clube, recordo os corpos-gerentes do ano de 1968 nos quais nasceram a
respectiva Secção:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1968<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Assembleia-Geral<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Presidente,
Padre António Guimarães<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Vice-Presidente,
Luís Gonçalves<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Secretário,
Joaquim José Correia<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Direcção<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Presidente,
Eugénio Mesquita<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Vice-Presidente,
Luís Santos<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1.º
Secretário, Manuel Início Lima<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2.º
Secretário, Rodrigo Veloso<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">1.º
Tesoureiro, Camilo Veloso<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2.º
Tesoureiro, Manuel António Lopes<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Vogal,
Aires Balsemão Barbosa<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Conselho
Fiscal<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Presidente,
Álvaro Gil Marques<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Relator,
Simpliciano Fernandes<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Secretário,
António Barbosa<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Por
seu turno, a direcção enviaria ao jornal “Estrela da Manhã” o seguinte
comunicado, o qual seria publicado em 20 de Janeiro:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“A
Direcção do F. A. C. tem o prazer de comunicar a todos os associados e ao
público em geral que, no exercício da sua actividade cultural, vai proceder à
criação duma secção de cinema. / Logo que esta secção seja aprovada em
Assembleia-Geral, a mesma entrará em funcionamento, se possível no próximo mês
de Março. / Todas as pessoas poderão ser associadas da secção de cinema,
mediante o pagamento mensal de 12$50, tendo os sócios do F. A. C. u m desconto
de 2$50. As quotas só começarão a ser pagas quando a secção funcionar. / Esta
secção proporcionará, aos respectivos associados, duas sessões de cinema por
mês. / Todas as pessoas que se quiserem escrever esta secção, poderão fazê-lo
nas listas existentes a sede do F. A. C., o Centro Académico de Famalicão e a
Confeitaria Moderna. / A Direcção do F. A. C. espera o melhor acolhimento por
parte de todos, para esta iniciativa cultural.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Na
realidade, a primeira sessão de cinema decorreu a 15 de Março de 1968 com o
filme “Ricardo III” de Laurence Olivier, precedida por uma palestra proferida
por Henrique Alves Costa, enquanto a segunda foi no mesmo mês, a 29. Os
famalicenses saberiam do acontecimento da seguinte forma, no jornal “Estrela da
Manhã”, em 9 de Março:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“No
próximo dia 15, pelas 21h30, o Cine-Teatro Augusto Correia, inaugura a Secção
de Cinema do F. A. C. as suas actividades com a exibição do célebre filme
“Ricardo III”. / O filme será precedido de uma curta palestra proferida pelo
sr. Henrique Alves Costa, fundador e dirigente do Clube Português de
Cinematografia e conhecido crítico cinematográfico.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Mas,
para além dos nomes que Eugénio Mesquita cita em epígrafe, Macedo Varela vai
mais longe e aponta outros jovens que deram corpo ao projecto, lembrando
Eduardo Perez Sanchez, Telmo Machado, Artur Sá da Costa, Manuela Granja,
António Cândido, entre outros.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-6MdqHTHNrXE/WqWUTF2tCjI/AAAAAAAAFOM/OUNCD61OwDcexbBr_OguuzPwfHGqu1L-gCLcBGAs/s1600/433a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1365" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-6MdqHTHNrXE/WqWUTF2tCjI/AAAAAAAAFOM/OUNCD61OwDcexbBr_OguuzPwfHGqu1L-gCLcBGAs/s320/433a.jpg" width="273" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, Fundo Local, Espólio Joaquim Loureiro</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Ao longo de quatro anos, até Abril de 1972, tendo sido o último filme “Duelo no Pacífico”, foram aparecendo filmes de John Ford, René Clair, Claude Chabrol, Jean Renoir, Ingmar Bergamn, Jean Luc Godard, Todashi Mita, François Truffaut, Roman Polanski, Joseph Leo Mankiewicz, John Huston, Frederico Fellini, Jacques Tati, Alfred Hitchcock, entre outros. Em cada sessão, a secção de cinema distribuía um folheto de quatro páginas, ilustrado, os quais, para além da ficha técnica do respectivo filme, possuía textos interpretativos não só do realizador, como do respectivo filme e do que diziam do mesmo. Muitos desses textos eram retirados da “História do Cinema Mundial”, de George Sadou, ou, entre outros autores, conforme o filme apresentado, caso de Jean Mitry, Pierre Billárd, Lauro António, Júlio C. Arete, Vasco Pinto Reis (a propósito da nova vaga cinematográfica), Gilbert Salachas, Eisenstein, Eduarda Geada, entre outros, ou de revistas cinematográficas, caso da “Vértice”, “Nuestro Cine”, “Films ad Filming” ou “Télé-Cine”. Muitos destes folhetos encontram-se na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco. Novas visões cinematográficas para uma nova interpretação de um mundo em mudança.</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-91985993892172135622018-03-03T03:09:00.000-08:002018-03-03T03:09:06.660-08:00Expedicionários Famalicenses - José Ribeiro Barbosa (1887-1930)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Expedicionários Famalicenses</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Capitão José Ribeiro Barbosa</div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">(Joane, V. N. de Famalicão,
29/01/1887-Braga, 12/02/1930)<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Por Amadeu Gonçalves</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Fez os seus estudos no Liceu de Braga, na Universidade de Coimbra e na Escola do Exército. Em 1914 foi cumprir uma missão de serviço na colónia da Guiné, tendo estado dois anos no distrito de Oío. Integrando o Corpo Expedicionário Português, prestou serviço em França, tendo sido mobilizado em 1917. Fez parte dos revolucionários que, sob a orientação do General Gomes da Costa, prepararam o 28 de Maio. Na ditadura militar foi o primeiro Governador Civil do Distrito de Braga (1926-1929).</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-9NGThCBFmm4/Wpp_pVxvxfI/AAAAAAAAFNs/r33PJEtWtQwWJbJWZApLBbhAI9Vn1WlZwCLcBGAs/s1600/DM%2B13%2BFev.%2B1930.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="841" data-original-width="568" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-9NGThCBFmm4/Wpp_pVxvxfI/AAAAAAAAFNs/r33PJEtWtQwWJbJWZApLBbhAI9Vn1WlZwCLcBGAs/s320/DM%2B13%2BFev.%2B1930.JPG" width="216" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
"Correio do Minho". Braga (13 Fev. 1930)</div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">2.ª Divisão. 4.ª
Brigada de Infantaria. 3.º Batalhão. 3.ª Companhia. Regimento de Infantaria n.º
29. Tenente. Casado com D. Maria da Luz Braga Ramalhete Barbosa. Filho de José
Ribeiro Barbosa e de D. Francisca Ferreira Salgado de faria. Natural da
freguesia de Joane, concelho de V. N. de Famalicão. O parente vivo mais próximo
era sua esposa, residente em Braga. Embarcou em Lisboa em 22 de Abril de 1917.
Desembarcou em Lisboa em Junho de 1919. Pronto da instrução de granadeiro e do
emprego de baioneta em 6 de Junho de 1917. Terminou em 19 do referido mês o
curso da Escola de Metralhadoras Ligeiras. Capitão por Decreto de 29 de
Setembro de 1917. Louvado em 27 de Setembro porque, enquanto desempenhou as
funções de director da escola do Emprego de baioneta, da Brigada, demonstrou
notável zelo, aptidões e competência profissional, conseguindo os melhores
resultados na instrução da sua especialidade. Colocado no Batalhão de
Infantaria n.º 29 em 20 de Outubro. Louvado pela muita competência, zelo e
sangue frio, demonstrado no ataque inimigo de 22 do corrente e pela forma como
dirigiu, na 1.ª linha, os subordinados, dando-lhes belos exemplos e
incutindo-lhes a serenidade de que estava possuído. É colocado como comandante
da 2.ª Companhia do Grupo, em 30 de Dezembro, no qual se apresentou em 19 de
Janeiro de 1918. Licença de campanha por 53 dias, desde 24 de Janeiro. Passou a
comandar o Grupo em 9 de Agosto. Em 1917, como subalterno da 3.ª Companhia de
Infantaria n.º 29, guarnecendo a 1.ª linha, tomou parte na defesa do subsector
de Bentilherie [Fleur Baix] no ataque alemão de 23-24 de Agosto em que o
Batalhão repeliu o inimigo e fez prisioneiros. Tomou parte no combate de 10 de
Novembro no sector Ferme de Bois (Richebourg). Comandando a referida Companhia
na 1.ª linha, dirigiu a defesa do sub-sector de Ferme de Bois II no ataque
alemão de 22 e 23 de Novembro, sendo o inimigo repelido e deixado prisioneiros.
Em 1918, comandando o Grupo da Companhia, tomou parte na Batalha de La Lys em 9
de Abril. Embarcou para Portugal a bordo do transporte inglês “North Western
Miller” em 5 de Junho de 1919. Condecorado com a Medalha Militar de Prata da
Classe de Comportamento exemplar, em 20 de Julho de 1918; Cruz de Guerra de 4.ª
Classe em 18 de Setembro. Por Portaria de 14 de Janeiro de 1919 foi-lhe
conferida a Cruz Vermelha de dedicação; Medalha Comemorativa com a legenda –
França – 1917-1918”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
seu louvor e a sua condecoração com a Cruz de Guerra são notícia na imprensa
famalicense da época, nomeadamente na “Gazeta de Famalicão. Com o título
“Oficiais Louvados”, a “Gazeta de Famalicão”, de15 de Dezembro de 1917, informa
a comunidade famalicense do respectivo louvor nos seguintes termos, fazendo
referência também a José Hermínio Barbosa, ambos famalicenses: “Foram louvados
pela sua coragem e valor os bravos oficiais da Infantaria n.º 29, batendo-se em
França em defesa da Pátria, os srs. Capitão José Ribeiro Barbosa… e alferes
José Hermínio Barbosa. / Louvamos os briosos militares que pertencem a um
regimento de guarnição do norte, motivo de mais satisfação ainda para nós.” A
propósito da Cruz de Guerra, tal informação surge na notícia com o título
“Oficial Condecorado”, na “Gazeta de Famalicão”, de 19 de Outubro de 1918: “O
valente capitão sr. José Ribeiro Barbosa, natural da freguesia de Joane e irmão
dos nossos amigos srs. Manuel e Lázaro Barbosa, estimados e importantes
industriais, acaba de ser condecorado com a Cruz de Guerra, pelos seus valiosos
e patrióticos serviços no <i>Front</i>. / Ao
brioso militar, que tem sido louvado por vezes pela sua bravura, os nossos
parabéns.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Quando
faleceu, em 1930, os jornais regionais “Diário do Minho” e “Correio do Minho”,
assim como o famalicense “Estrela do Minho”, fazem-lhe os seguintes “In
Memorian”:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">I<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-gWJupzk3xpg/Wpp_rGZAKyI/AAAAAAAAFNw/fDNmIY2-weMhELDt7CwsjbAbavoWj7jCQCLcBGAs/s1600/CM%2B13%2BFev.%2B1930.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1524" data-original-width="1017" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-gWJupzk3xpg/Wpp_rGZAKyI/AAAAAAAAFNw/fDNmIY2-weMhELDt7CwsjbAbavoWj7jCQCLcBGAs/s320/CM%2B13%2BFev.%2B1930.JPG" width="213" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
"Correio do Minho". Braga (13 Fev. 1930)</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“Capitão José
Ribeiro Barbosa. O seu falecimento”. <i>Diário
do Minho</i>. Braga, Ano 11, n.º 3111 (13 Fev. 1930), p. 1.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Acaba
de surpreender-nos a infausta notícia do falecimento do sr. Capitão José
Ribeiro Barbosa que, pelo espaço de cerca de três anos., exerceu o cargo de
Chefe do Distrito de Braga. / Embora o soubéssemos de há muito gravemente
enfermo, alentava-nos ainda a esperança de que o brioso militar conseguiria
resistir à violência da enfermidade que implacavelmente a caba de vibrar-lhe o
derradeiro golpe. É que, por vezes, entre momentos de alarme e desalento,
chegavam-nos informações de que o bom do Capitão Ribeiro Barbosa experimentava
animadoras melhoras. E a esperança ia renascendo mesmo diante dos pessimistas
que se recusavam a aceitá-la. Infelizmente tiveram razão os pessimistas. A
débil compleição física do ilustre finado não pôde suportar o ataque cerrado
duma complexidade de doenças que não perdoam e que foram adquiridas durante o
seu estágio nos climas rudes de África. / Tendo lúcido conhecimento do seu
estado, o Capitão José Ribeiro Barbosa mandou chamar o sacerdote, preparando-se
cristãmente, para a viagem donde se não volta – a eternidade! Morreu na paz do
Senhor. / Que ele o tenha recebido no seio da sua infinita misericórdia. / O
«Diário do Minho» envia à sua ilustre família as mais sentidas condolências.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Algumas
notas biográficas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
Capitão José Ribeiro Barbosa nasceu na freguesia de Joane, concelho de
Famalicão, em 29 de Janeiro de 1887, sendo filho do sr. José Ribeiro Barbosa e
de D. Francisca Ribeiro Barbosa. / Em Maio de 1926, o Capitão Barbosa, que
fizera parte do «comité» donde saiu a situação actual, foi nomeado Governador
Civil do Distrito de Braga, mantendo-se nesse cargo durante cerca de três anos.
/ Nesse lapso de tempo serviu a Ditadura com a maior lealdade, tendo dedicado a
Braga e ao seu distrito todo o seu interesse e o melhor da sua actividade. / Os
problemas que respeitavam à região mereceram-lhe, sempre, a maior solicitude e
o mais desvelado carinho. Se não realizou uma obra de vulto, devido, talvez, a
especiais circunstâncias que não favoreciam empreendimentos de folego, temos de
reconhecer que trabalhou, quanto pôde e como pôde, no sentido de resolver, da
melhor forma, os assuntos que se relacionavam com a função que desempenhou. / O
ilustre finado era irmão dos srs. Lázaro e Manuel Barbosa, industriais em
Famalicão, e cunhado dos srs. Engenheiro Cândido Braga Ramalhete, DR. Francisco
Júlio Martins Sequeira, professor do ensino secundário, e Carlos Sousa Gomes. /
Deixa viúva a Exm.ª Senhora D. Maria da Luz Ramalhete Barbosa e filhos menores.
/ O extinto pertencia à arma de infantaria e actualmente estava colocado no
Batalhão de Caçadores 9 e era comissário do Governo junto da Companhia
Hidro-Eléctrica do Varosa. / Prestou, durante anos, serviços no extinto 6.º
batalhão da G. N. R. Tomou parte na Grande Guerra, na África e na França, pelo
que possuía valiosas condecorações, entre as quais a Cruz de Guerra. Era
Oficial da Ordem Militar de Aviz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-BQCX9Wj6-rk/Wpp_uLjqUjI/AAAAAAAAFN0/eTQAdUe1QJQuqiLoazzz_64bHd7IwLrnQCLcBGAs/s1600/CM%2B14%2Bfev.%2B1930.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="994" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-BQCX9Wj6-rk/Wpp_uLjqUjI/AAAAAAAAFN0/eTQAdUe1QJQuqiLoazzz_64bHd7IwLrnQCLcBGAs/s320/CM%2B14%2Bfev.%2B1930.JPG" width="198" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
O Capitão José Ribeiro Barbosa quando pertencia ao extinto Batalhão n.º 6 da G. N. R.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">II<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“Capitão José
Ribeiro Barbosa”. In <i>Correio do Minho</i>.
Braga (13 Fev. 1930), p. 1.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">A
ciência tinha feito o seu prognóstico e a providência não o quis desmentir. /
Morreu o capitão José Ribeiro Barbosa, ontem, pelas 6 horas da tarde. / Não se
traçam a olhos enxutos estas linhas dolorosas, quando o visado era um homem de
envergadura moral do bom e querido José Barbosa. / Na pujança da vida, com mais
de 40 anos, desaparece um querido amigo, um bom soldado que nos campos da
batalha da África Portuguesa e nas terras de França, soube afirmar mais uma vez
a valentia e a heroicidade deste pequenino povo que durante séculos encheu o mundo
com os seus gloriosos feitos. / No peito, constelado de medalhas com que os
governos português e doutras nações premiaram as suas altíssimas qualidades,
está escrita a sua brilhante história militar. / O 28 de Maio, por consenso
unânime de toda a guarnição desta cidade, entregou-lhe a chefia do distrito e o
que foi a sua acção nesse alto cargo, está bem expresso na simpatia que
adquiriu, inclusive daqueles que mais irredutíveis se mostraram sempre com a
ditadura. / É que o capitão Ribeiro Barbosa, sem se desviar da linha inflexível
da sua missão de representante do Poder ditatorial, era um grande patriota e
republicano de princípios, sabendo harmonizar o seu dever com a justiça e a
bondade. / Na defesa dos interesses dos povos seus administrados, soube, como
poucos, desenvolver uma inteligente e tenacíssima acção, e nos momentos mais
críticos esquecia o seu lugar de destaque e prestígio para se lembrar somente
de que era, acima de tudo, filho deste distrito, a quem ele tanto amava e
queria. / Foi relativamente longa a sua administração distrital e quando
entendeu que era tempo de a abandonar, porque a sua missão estava cumprida, foi
o primeiro a oferecer a sua substituição, embora para procedimento contrário
fosse insistentemente aconselhado. / Braga e todo o distrito muito lhe ficou
devendo e, nesta hora de justiça, seria uma ingratidão inexplicável não o
proclamando como um dos maiores amigos e propugnadores do engrandecimento da
região.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">[…]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">O
capitão José Ribeiro Barbosa nasceu em 29 de Janeiro de 1887, na freguesia de
Joane, concelho de Famalicão, filho do industrial sr. José Ribeiro Barbosa, já
falecido. / Alistado como voluntário no regimento de Infantaria n.º 8 em 11 de
Agosto de 1907, frequentou a Escola Militar, sendo promovido a alferes em 11 de
Novembro de 1911; a tenente em 1 de Dezembro de 1913 e a capitão em 29 de
Outubro de 1917. / Exerceu uma comissão na província da Guiné desde Janeiro de
1914, regressando em 1916, sendo colocado em infantaria 29, com sede nesta
cidade. / Seguiu depois para França em 22 de Abril de 1917, distinguindo-se
como subalterno da 3.ª Companhia do 29, guarnecendo a 1.ª linha na defesa do
sector em [Boutilier], em vários ataques dos alemães, que o seu batalhão
repeliu e fez prisioneiros, tomando também parte no combate de 10 e 11 de
Novembro de 1917 no sector de Ferme de Bois (Richebourg). / Colocado como
comandante da 2.ª Companhia do Grupo, tomou parte muito notável na Batalha de
La Lys, em 9 de Abril. / De regresso de França, foi colocado em Infantaria 29
donde transitou para a Guarda Nacional Republicana, exercendo oc argo de
ajudante do Batalhão aquartelado nesta cidade, tendo-lhe sido confiada a chefia
do distrito, no movimento de 28 de Maio, cargo que exerceu até 18 de Abril de
1919 com zelo, dedicação e patriotismo. / Foi louvado pelo desempenho das
funções de Director da Escola do emprego da baioneta por demonstrar notável
zelo, aptidão e competência profissional, conseguindo os melhores resultados; pela
muita competência, zelo e sangue frio demonstrado nos vários ataques contra o
inimigo, e pela forma como dirigia na 1.ª linha os seus subordinados,
dando-lhes belos exemplos e incutindo-lhes a serenidade que estava possuído;
por ter dado provas e pela inteligência que sempre revelou no desempenho dos
cargos que exerceu na Grande Guerra. / Era condecorado com a Medalha de Prata
de Comportamento Exemplar; Medalha da «Vitória»; distintivo a que se refere o
Regulamento das Ordens Militares Portuguesas com as cores azul e branca;
Cavaleiro da Ordem de Cristo; Oficial da Ordem Militar de Aviz; Cruz Vermelha
de Dedicação (medalha comemorativa das campanhas do Exército Português, com a
legenda «França»; Medalha de Agradecimento da Cruz Vermelha Portuguesa; Cruz de
Guerra de 4.ª Classe e ainda condecorações dos governos inglês e francês. O
ilustre era presidente da direcção do Clube Bracarense.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">III<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“Capitão José Ribeiro Barbosa”. In <i>Estrela do Minho</i>. V. N. de Famalicão,
Ano 35, n.º 1788 (16 Fev. 1930), p. 1.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">“Após
prolongado e doloroso sofrimento, faleceu na noite de quarta-feira na sua
residência de Braga, o capitão sr. José Ribeiro Barbosa, antigo Governador
Civil do Distrito e irmão dos considerados industriais desta vila srs. Manuel e
Lázaro Ferreira Barbosa. / O sr. Capitão Ribeiro Barbosa, que frequentou a Escola
Militar, assentou praça voluntariamente no Regimento de Infantaria n.º 8,
havendo exercido uma comissão na Guiné, partindo em 1917 para França, onde se
distinguiu como subalterno da Companhia do regimento de Infantaria n.º 29. /
Tomou parte na Batalha de La Lys em 9 de Abril e possuía várias condecorações
entre as quais a Torre e espada, Cruz de Guerra, medalha da «Vitória» e de
comportamento exemplar, Comenda de Cristo e algumas estrangeiras. / Como chefe
do Distrito, a acção do extinto está por certo ainda – tão pouco tempo é
decorrido sobre a sua gerência – na lembrança de todos. / Sempre solicito na
defesa das justas reclamações do distrito, ele prestou serviços
relevantíssimos, nunca se cansando de percorrer as secretarias do Governo
instando pela satisfação de tudo quanto interessasse aos povos dos vários
concelhos do distrito que para ele apelavam. / Mas como acima dizemos, a sua
obra é de ontem e dela já a Estrela do Minho oportunamente se fez eco dando-lhe
o merecido relevo. / Logo que em Famalicão foi conhecida a triste notícia, as
Associações locais colocaram as suas bandeiras a meia haste, ao mesmo tempo que
as pessoas mais íntimas se dirigiram para Braga apresentar as suas condolências.”<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-54469000840792600912018-02-25T02:48:00.001-08:002018-02-25T02:48:12.076-08:00Expedicionários Famalicenses - Aníbal Carneiro de Oliveira ( -1917)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-kVUkF7Qp2IA/WpKUHPJ0JwI/AAAAAAAAFNc/g4i43bPY5Yo0xbUSDIC6UUAyDDRYCjV4QCLcBGAs/s1600/an%25C3%25ADbal%2Bcarneiro%2Bde%2Boliveira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="750" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-kVUkF7Qp2IA/WpKUHPJ0JwI/AAAAAAAAFNc/g4i43bPY5Yo0xbUSDIC6UUAyDDRYCjV4QCLcBGAs/s320/an%25C3%25ADbal%2Bcarneiro%2Bde%2Boliveira.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
"Memorial dos Mortos da Grande Guerra"</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">OLIVEIRA, Aníbal
Carneiro de<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Placa de
Identidade n.º 45513. Soldado n.º 414 da 2.ª Companhia. Solteiro. Filho de José
Francisco Carneiro de Oliveira e de Ana Rosa. Natural da freguesia de Requião,
concelho de V. N. de Famalicão. O parente vivo mais próximo era seu pai,
residente na freguesia de Requião. Teve baixa ao Hospital em 28 de Abril de
1917. Faleceu na 1.ª linha, por virtude de ferimentos recebidos em combate, em
1 de Novembro. No “Boletim Individual” do C. E. P. encontra-se sepultado no
cemitério de Touret, Coval n.º 92. Contudo, o seu local de sepultura
encontra-se em França, no Cemitério de Richebourg L`Avoué, Talhão D, Fila 13,
Coval 11. 4.ª Brigada de Infantaria. 2.º Batalhão. 2.ª Companhia. Regimento de
Infantaria n.º 8. Encontra-se inscrito no Monumento aos Mortos da Grande Guerra
em V. N. de Famalicão, na Praça 9 de Abril. <o:p></o:p></span></div>
<br />amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-55082278615797490852018-02-24T06:20:00.002-08:002018-02-24T06:20:41.230-08:00Expedicionários Famalicenses - Alfredo Pereira ( -1918)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-5qNKn6R3CZ0/WpF0VOfs9XI/AAAAAAAAFNM/FCIQvbIqAe8QaQ-KxCJ1IQRsu8zoUWRNwCLcBGAs/s1600/alfredo%2Bpereira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="750" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-5qNKn6R3CZ0/WpF0VOfs9XI/AAAAAAAAFNM/FCIQvbIqAe8QaQ-KxCJ1IQRsu8zoUWRNwCLcBGAs/s320/alfredo%2Bpereira.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Fotografia do "Memorial dos Mortos das Grande Guerra"</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Placa de
Identidade n.º Série A-45650. Soldado n.º 483. Solteiro. Filho de Maria Rosa
Pereira. Natural da freguesia de Requião, concelho de V. N. de Famalicão.
Embarcou em Lisboa em 11 de Julho de 1917. Morto em combate na Batalha de La
Lys, em 9 de Abril de 1918. 1.º Batalhão. 2.ª Companhia. Regimento de
Infantaria n.º 8. Local de Sepultura: França, Cemitério de Richebourg L`Avoué,
Talhão D, Fila 6, Coval 8. Encontra-se inscrito no Monumento aos Mortos da
Grande Guerra em V. N. de Famalicão, na Praça 9 de Abril.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<br />amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-86710554376105908462018-02-15T13:51:00.002-08:002018-02-15T13:51:28.568-08:00António Rodrigues da Cunha Azevedo (1878-1956)<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-p-WEheTO7DY/WoYAoP0E8PI/AAAAAAAAFM8/NX8rEECEyD0h364C1-aTNrg1BZUobDxpACLcBGAs/s1600/673%2B13%2Bjan.%2B19%2Bp.%2B32.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1592" data-original-width="1001" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-p-WEheTO7DY/WoYAoP0E8PI/AAAAAAAAFM8/NX8rEECEyD0h364C1-aTNrg1BZUobDxpACLcBGAs/s320/673%2B13%2Bjan.%2B19%2Bp.%2B32.jpg" width="201" /></a></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Hemeroteca Digital. </span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">"Ilustração Portuguesa" (13 Janeiro 1919), p. 32.</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Nasceu
em 10 de Dezembro de 1878, na freguesia de Lemenhe-São Salvador de Lemenhe-no
lugar de Padroso, concelho de Vila Nova de Famalicão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Foram
seus pais: Clemente Rodrigues da Cunha Azevedo, natural da mesma freguesia de
Lemenhe, e D. Júlia Arminda da Costa Araújo, natural da freguesia do Louro, do
mesmo concelho de V. N. de Famalicão: ambos solteiros, com escritura, antes do
seu casamento, feita em 13 de Outubro de 1877.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Foram
seus avós paternos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">José
Bento Rodrigues da Cunha e sua mulher Benta Gomes da Cunha, proprietários,
moradores da rua casa do Padroso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Foram
seus avós maternos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">António
da Costa Araújo e mulher D. maria da Conceição da Costa Araújo, proprietários,
moradores na freguesia do Louro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Fez,
no Liceu de Braga, todos os exames dos preparatórios precisos para se
matricular na Faculdade de Filosofia da Universidade de Coimbra, e
matriculou-se nesta Faculdade, no 1.º ano, no ano de 1897. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Sendo
1.º Sargento-Cadete, matriculou-se na Escola do Exército com a idade de 22 anos
completos na ocasião da primeira matrícula em 17 de Outubro de 1901, e
concluiu, no dia 10 de Outubro de 1903, o curso de Infantaria estabelecido por
Carta de Lei de 13 de Maio de 1896, tendo obtido onze e oito décimos (11, 8)
valores nas diversas provas do seu curso e o número 27 de classificação.
Apresentou certidões de habilitações mais do que as exigidas pelo artigo 1.º da
Carta de Lei de 13 de Setembro de 1897, para a matrícula na Escola do Exército
com destino às armas da Infantaria e Cavalaria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Em
15 de Novembro de 1904 foi promovido a Alferes e as outras promoções constam do
“Averbamento das Patentes” e da “Carta Patente”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Fez
parte das campanhas: do sul de Angola de 1914 a 1915; do Cuanhama de 1915,
comandada pelo general Pereira de Eça; e do sul de Angola de 1915-1916. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Era
possuidor das respectivas medalhas das campanhas do ultramar português, e da
campanha da Flandres, e foi condecorado com o grau de comendador da Ordem
Militar de Aviz em 5 de Junho de 1921 pelos serviços que prestou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Depois
do seu regresso da Flandres à metrópole serviu em vários regimentos e comandou
o regimento dos Caçadores 9, de Braga, o de Lamego e o de Infantaria, de Braga.
Quando passou para a reserva, fez vários serviços de inspecção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Faleceu
no dia 25 de Fevereiro de 1956, pelas 13h00, vitimado por miocardite, no
Hospital da Trindade do Porto, para onde tinha entrado na véspera, dia 24 de
Fevereiro, vindo da Messe dos oficiais do Porto, na Praça da Batalha, onde
tinha a sua residência permanente. Foi transportado para o cemitério do Louro,
concelho de Famalicão, onde jaz sepultado, desde o dia 27 de Fevereiro de 1956.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">Para
fazer a ocupação do Cuanhama e Baixo-Cumene. Em 4 do 9, atingida a N`Giva, foi
dissolvido o Destacamento com um elogio às tropas e o General fez a organização
militar do Baixo-Cunene, sendo nomeado comandante do território o major Pires
Viegas, comandante do 3.º Batalhão de Infantaria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">26
de Janeiro de 1917. Foram os primeiros embargos de tropas para França, para
onde seguiu a fazer parte na Primeira Divisão Portuguesa do C. E. P., comandada
pelo coronel Gomes da Costa, promovido a general por distinção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-41694588611858022562018-02-01T11:57:00.001-08:002018-02-01T12:34:32.151-08:00António da Silva Marinho Pinto (1892-1918)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-C1QWurwumrY/WnNwMerz-NI/AAAAAAAAFMo/pJcRvFtdbm4askfshj9rekXQ4dlAwa9hgCLcBGAs/s1600/ant%25C3%25B3nio%2Bda%2Bsilva%2Bmarinho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="750" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-C1QWurwumrY/WnNwMerz-NI/AAAAAAAAFMo/pJcRvFtdbm4askfshj9rekXQ4dlAwa9hgCLcBGAs/s320/ant%25C3%25B3nio%2Bda%2Bsilva%2Bmarinho.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
Fonte (imagem): Arquivo Histórico Militar<br />
Lápide de António da Silva Marinho Pinto, no <span style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 16px; text-align: justify;">Cemitério de Richebourg L `Avoué</span></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">PINTO, António da Silva Marinho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">(Jesufrei, V. N.
de Famalicão (14/08/1892-Campo de Stendal (01/05/1918)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Placa de
Identidade n.º 45405. 2.º Sargento miliciano n.º 631 da 2.ª Companhia.
Solteiro. Filho de José da Silva Pinto e de Maria Alves Pinto Marinho. Natural
da freguesia de Jesufrei, concelho de V. N. de Famalicão. O parente vivo mais
próximo era seu pai, residente na freguesia de Jesufrei. Embarcou em Lisboa em
22 de Abril de 1917. Louvado em Dezembro de 1917 “pelo muito cuidado, boa
vontade, manifesta dedicação com que viva e zelosamente coadjuvou o comandante
do pelotão na limpeza, conservação. Reparação e construção das várias
trincheiras a cargo do respectivo pelotão.” Promovido a Aspirante Oficial
Miliciano em 26 de Fevereiro de 1918, tendo sido colocado no Batalhão de
Infantaria n.º 20. Promovido a Alferes miliciano por Decreto de 18 de Maio de
1918. Desaparecido no combate de 9 de Abril de 1918, tendo sido feito
prisioneiro pelo inimigo. Faleceu a 1 de Maio no Hospital da cidade de Stendal
(Alemanha), vitimado por ferimentos em combate. sepultado no cemitério da mesma
cidade, estando a sua sepultura marcada com o seu nome, posto e nacionalidade.
Efectivamente, este professor, é notícia na imprensa de V. N. de Famalicão por
duas razões: a primeira, diz respeito à sua promoção para Alferes, no jornal “A
Gazeta de Famalicão”, de 30 de Março de 1918 nos seguintes termos: “O
inteligente professor da Árvores, Vila do Conde, sr. António da Silva Marinho
Pinto, natural de Jesufrei, do nosso concelho, e que há tempos seguira para a
frente francesa como Sargento, foi nitidamente promovido a Alferes por serviços
prestados em Campanha.” Termina enviando os respectivos parabéns à família. A
segunda, diz respeito ao pedido de uma madrinha de guerra, segundo notifica o
“Estrela do Minho”, de 21 de Outubro de 1918: “Pede-nos o 2.º Sargento da 2.ª
Companhia do 1.º Batalhão de Infantaria n.º 8, António da Silva Marinho Pinto,
de Jesufrei, para lhe conseguirmos uma madrinha de guerra. Aí fica o nosso
apelo às senhoras de Famalicão para que seja satisfeito o pedido do nosso
conterrâneo. Que em Fraqnça está arriscando a vida em defesa da Pátria. / O
Sargento Marinho é professor de instrução primária, lugar que teve de abandonar
para cumprir o serviço militar. Encontra-se inscrito no Monumento aos Mortos da
Grande Guerra em V. N. de Famalicão, na Praça 9 de Abril, assim como no de
Braga e no de Guimarães. 4.º Brigada de Infantaria. 2.º Batalhão. Regimento de
Infantaria n.º 8. Segundo o Boletim do C. E. P., lemos que se encontrava
sepultado no cemitério da mesma cidade, estando a sua sepultura marcada com o
seu nome, posto e nacionalidade. Contudo, encontra-se sepultado no Cemitério de
Richebourg L `Avoué, Talhão D, Fila 15, Coval 26.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Projecto</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">"Dicionário dos Expedicionários Famalicenses"</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">por Amadeu Gonçalves</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16px;"> </span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"> Agradece-se qualquer informação.</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-72495107894365746372017-12-30T06:10:00.002-08:002017-12-30T06:13:57.509-08:00As "Madrinhas de Guerra" e os Expedicionários Famalicenses (1914-1918)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
As "Madrinhas de Guerra" e os Expedicionários Famalicenses (1914-1918)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Amadeu Gonçalves</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-eNWJgOkTGps/WkeabxoZccI/AAAAAAAAFMQ/DlecVi5JTskZ-ueD0fMWC-Zo1F-lGI3kACLcBGAs/s1600/madrinhas%2Bde%2Bguerra%2B616%2B10%2Bdez.%2B17%2Bp.%2B468%2B-%2BC%25C3%25B3pia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="647" data-original-width="500" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-eNWJgOkTGps/WkeabxoZccI/AAAAAAAAFMQ/DlecVi5JTskZ-ueD0fMWC-Zo1F-lGI3kACLcBGAs/s320/madrinhas%2Bde%2Bguerra%2B616%2B10%2Bdez.%2B17%2Bp.%2B468%2B-%2BC%25C3%25B3pia.jpg" width="247" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">“Entre
1914 e 1918, a importância das madrinhas de guerra foi tão grande em Portugal
que mereceu uma entrada na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira que
começou a ser publicada em 1936. Nela podia ler-se que uma “madrinha de guerra”
era a “Protectora de um militar em campanha.” Recordava-se que “a designação”
tinha aparecido “durante a Grande Guerra de 1914-1918” e que se aplicava “à
criança, senhorinha ou senhora que assistia moralmente ou protegia um soldado
em operações, às vezes sem conhecê-lo pessoalmente, escrevendo-lhe,
enviando-lhe livros, tabaco, doces, víveres ou presentes”. E depois concluía:
“Durante a nossa permanência na Flandres, senhoras de Portugal e do Brasil,
francesas e inglesas, apadrinharam soldados nossos e tomaram a iniciativa de
ofertas em comum para serem distribuídas pelos combatentes. A madrinha de
guerra foi muitas vezes noiva ou esposa do afilhado”. <o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Fernando Martins, “<i>Amor
em Tempo de Guerra: as “Madrinhas de Guerra” no Contexto da Guerra Colonial
Portuguesa (1961-1974</i>”, 2011.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">“Aquele
que não tem memória faz uma de papel.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Gabriel
Garcia Márquez, <i>O Amor nos Tempos de
Cólera</i>.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Poucas
são as referências sociológicas e históricas a propósito do fenómeno das “Madrinhas
de Guerra” durante a I Grande Guerra. Mesmo a que temos em epígrafe, surge num
contexto histórico da Guerra Colonial. A acrescentar à lista que Fernando Martins
evoca, pode-se acrescentar as notícias de Portugal que os soldados tanto
desejavam saber. É o caso do soldado Adolfo da Silva Pinto, de São Cosme do
Vale, que embarcou para Flandres, de Lisboa, em 22 de Abril de 1917 e
desembarcou na capital em 19 de Junho de 1918, do 4.º Batalhão de Infantaria,
2.º Batalhão, Regimento de Infantaria n.º 8. Veja-se a missiva publicada no
“Estrela do Minho”, de 19 de Agosto de 1919:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;"> “Um soldado do nosso concelho escreve-nos a
carta que a seguir transcrevemos da melhor vontade, na qual se pede uma
madrinha. Secundamos o pedido nela feito, esperando que algumas das senhoras de
Famalicão o defira. É esse um pequeno serviço prestado também à Pátria, pela
qual o soldado Silva Pinto está arriscando a sua vida em França.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Em Campanha, 5 de
Agosto de 1917<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Ex<sup>mo </sup>Sr.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Venho,
por este meio, apresentar a V. Ex.ª os protestos de estima e consideração e
desejando-lhe uma boa saúde. Ao mesmo tempo, venho também importunar V. Ex.ª
com o seguinte: há muito que anseio por ter nessa querida pátria uma senhora
que fosse minha madrinha de guerra para me dar notícias do nosso querido
Portugal. A minha direcção é esta: Adolfo da Silva Pinto, da 4.ª Companhia do
Regimento de Infantaria n.º 8 – C. E. P. – França. / É por esse motivo que eu
venho pedir a V. Ex.ª para no seu jornal apelar para o coração de qualquer dama
famalicense que se queira encarregar deste meu pedido. Esperando ser atendido
por S. Ex.ª renovo os meus cumprimentos. / Com a máxima consideração e subido
respeito me subscrevo.”<span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;">("Estrela do Minho", 19 de Agosto de 1917).</span></span></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Um
texto de Mário Salgueiro, com o título “Soldados de Portugal” e publicado na
“Ilustração Portuguesa”, a propósito dos retratos
que a mesma revista publicou sobre os soldados portugueses, para além das
características psicológicas, afirmado que “os retratos que a Ilustração tem
arquivado nas suas páginas pertencem a soldados de todos os regimentos e, por
conseguinte, a filhos de todas as regiões: transmontanos bisonhos, de ombros
largos e de olhar suave; algarvios de rosto enérgico, fitando-nos com firmeza,
como se para além do horizonte perscrutassem ainda a chegada das caravelas;
beirões sonhadores e minhotos alegres; os homens do Vouga e os homens do Tejo, de
que os fala Garrett; os romeiros da Agonia e os do Senhor da Pedra, toda a
gente nova de Portugal, de norte a sul e de leste a oeste”, mais à frente,
diz-nos que nesses mesmos retratos aparece de vez em quando “um rosto
feminino”, uma “portuguesinha gentil que vai iniciar o seu noivado, sendo
madrinha de guerra”; e do papel das “Madrinhas de Guerra” continua afirmando
que é as “horas de enervamento das trincheiras, quando a saudade evoca alegrias
idas, é delas sempre que os soldados se lembram, porque só elas sabem traduzir
nas suas cartas as expressões que alentam e acarinham.” ("Ilustração Portuguesa". <o:p></o:p></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 11pt;">Lisboa, n.º 616 (10 Dez. 1917), p. 468).</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Neste
contexto, o jornal “A Gazeta de Famalicão” surge com o seguinte apelo, em 8 de
Setembro de 1917: “Não sabemos se já teve deferimento no coração das sempre
generosas e sempre gentis senhoras da nossa terra algum dos requerimentos que,
por nosso intermédio, lhes foram dirigidos por soldados famalicenses que sem
França se batem pela Pátria. / Seria mais uma nota muito simpática a cruzada
patriótica empreendida pelas beneméritas senhoras da «Venda da Flor» na nossa
terra, que entre essas santas que operaram o milagre de transformar as flores
da sua bondade no oiro abençoado de tantas esmolas, aparecesse a quem
generosamente, escutasse e ouvisse os que pela Pátria fazem os maiores sacrifícios.”
Veja-se estas duas situações, caso dos pedidos solicitados e da respectiva
comissão.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-jSYkhHbpNbM/WkeagZco8gI/AAAAAAAAFMc/LPEuWLn8jNsWdLmJmunr5dbLMVO6l_-ugCEwYBhgL/s1600/VF.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="539" data-original-width="1301" height="132" src="https://2.bp.blogspot.com/-jSYkhHbpNbM/WkeagZco8gI/AAAAAAAAFMc/LPEuWLn8jNsWdLmJmunr5dbLMVO6l_-ugCEwYBhgL/s320/VF.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">“A sr.ª
Viscondessa de Pindela colocando uma flor num aldeão.”; “As sr.<sup>as</sup> D.
Maria Luísa de Carvalho e Cunha e D. Ermelinda Areias colocando flores nos srs.
drs. Guilherme Costa e Ricardo Lemos, distinto <i>sportman </i>portuense.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Na
realidade, o texto em causa faz referência à “Comissão Promotora da Venda da
Flor”, a qual teve um papel preponderante na atribuição de subsídios peculiares
aos soldados chegados de França e de África. Aliás, as listas que a imprensa
famalicense, particularmente o “Estrela do Minho” e a “Gazeta de Famalicão”,
vai publicando, permitiu ampliar o inventário dos expedicionários famalicenses,
nas quais aparece o nome do respectivo expedicionário, assim como a respectiva
doação, a qual tanto podia ser monetária como em bens. Mas veja-se um pouco da
sua constituição histórica e de como a respectiva comissão angariava os seus
fundos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpLast" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: right; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">a)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Venda da Flor<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Quando
Manuel Pinto de Sousa (a exemplo do que se passou em Lisboa, já que as
“senhoras de Lisboa iniciando a venda de flores em todas as casas da capital,
em favor dos nossos soldados feridos na guerra”, que “acabam de dar um exemplo
nobilíssimo de solidariedade humana e ao mesmo tempo patriótico”, conseguindo
juntar “num só dia mais de trinta mil escudos”) lança o apelo para que em V. N.
de Famalicão se imite “essa grande obra pelas senhoras da nossa terra” (num
texto de 15 de Abril), os textos de propaganda do então jovem publicista e
jornalista Alexandrino Costa à volta da Venda da Flor (de 22 e de 29 de Abril),
a sociedade feminina famalicense respondeu positivamente. Com a sede na Casa
Bancária Brandão & C.ª, cedendo “o escritório e salas do primeiro andar”, a
Comissão Promotora da Venda da Flor em V. N. de Famalicão, será constituída
pelas seguintes senhoras: Presidente, Viscondessa de Pindela; Vice-Presidente,
Amália L. de Macedo Chaves de Oliveira; Tesoureira, Mariana Folhadela de
Macedo; Secretárias, Maria da Glória Ferreira Macedo Sampaio e Maria Bertila
Garcia de Carvalho. Paralelamente, presidiram aos grupos então denominados de <i>veindeuses</i>, além das senhoras da
comissão, Estela Nunes Sá Brandão, Mariana Macedo Simões, Albertina Machado,
Elisa Veiga e Cunha, Silvina Gomes, Cândida Carneiro, Balbina Veloso Macedo,
Maria da Glória Bouças, Júlia Carvalho e Rosalina Ilhão Peixoto. O texto de
apresentação da referida comissão foi o seguinte, de 29 de Abril:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Mulheres
e flores! Tudo o que a natureza criou de mais belo vai, em conjunto, alegrar a
nossa terra, numa encantadora festa, da qual resultará o auxílio às vítimas da
guerra. / Enquanto nos campos de batalha os homens pelejam encarniçadamente em
defesa da liberdade, as mulheres, sempre dedicadas e previdentes, reúnem-se
para angariar socorros para as vítimas dessa terrível hecatombe, que ameaça
arrasar o mundo inteiro! Enquanto pais, filhos e irmãos arriscam a vida com o
despreendimento e abnegação de verdadeiros heróis, as mães, filhas e irmãs,
preparam o lar para receberem com alegria os que voltarem sãos, e com
verdadeiro carinho, os que a fatalidade trouxer inválidos e doentes. As damas
de Famalicão, mensageiras da cruzada do Bem, vão no dia 8 de Maio, angariar
donativos para as vítimas da guerra. Quem lhes negará o seu óbolo? Em troca
duma flor gentilmente oferecida, ninguém deixará de auxiliar a obra bendita do
socorro aos nossos soldados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">O
programa para a Festa da Venda da Flor, a qual se realizou a 8 de Maio, constou
de nove zonas geográficas, distribuídas pela então Vila de Famalicão: Estação,
Campo da Feira, Bandeirinha e Cruz Velha, Rua Adriano Pinto Basto, Campo
Mouzinho de Albuquerque (lado direito e lado esquerdo), Rua Cinco de Outubro,
Rua Direita e Praça Conde São Cosme do Vale. Para além de alguns donativos, e
na crónica de 13 de Maio, com o título “A Festa da Flor”, os famalicenses
souberam que a Venda da Flor foi um êxito, merecendo destaque na “Ilustração
Portuguesa”, de 28 de Maio.<o:p></o:p></span></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Anunciada
já em Maio, tendo como objectivo a angariação de fundos para o cofre da
Assistência às Vítimas da Guerra em Famalicão, e organizada pela Comissão
Promotora da Venda da Flor, esta festa desportiva realizou-se no Clube de
Caçadores em 10 de Junho com o seguinte programa, o qual se constituiu em duas
partes: na primeira parte, as actividades então realizadas foram as seguintes:
corrida de velocidade (100 metros), corrida de sacos, concurso hípico, saltos
em altura, lançamento de peso e uma surpresa constituída pela realização de um
número realizado por senhoras, durante o intervalo; por seu turno, a segunda
parte teve actividades como <i>match de box</i>,
corrida das batatas, salto em cumprimento, corrida três pernas, jogo da rosa
(bicicleta) e corrida de obstáculos. Nos intervalos houve rifas, quermesses,
tômbola e leilão dos objectos oferecidos pelas senhoras da comissão
organizadora da Festa da Flor. Em 17 de Junho os famalicenses liam o seguinte:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Realizou-se
no Domingo passado, como estava anunciado, a festa de jogos diversos e rifa de
prendas na carreira de tiro do Clube de Caçadores, cujo produto reverteu em
favor das vítimas da guerra. Apesar da concorrência não ser grande, talvez pelo
calor que esteve nesse dia, o rendimento aproximou-se de novecentos escudos.
Ficaram ainda algumas prendas por vender.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpLast" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpLast" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-FN8b-IWev_U/WkeafKdjnSI/AAAAAAAAFMc/YBfl3ysy7qoin-gxgCBDE3ti9zRt_5EOwCEwYBhgL/s1600/CPVF.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="691" data-original-width="1300" height="170" src="https://4.bp.blogspot.com/-FN8b-IWev_U/WkeafKdjnSI/AAAAAAAAFMc/YBfl3ysy7qoin-gxgCBDE3ti9zRt_5EOwCEwYBhgL/s320/CPVF.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormalCxSpLast" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">“Ilustração
Portuguesa”. Lisboa, n.º 588 (28 Maio 1919), p. 440. [hemeroteca digital].<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">“Um
grupo de senhoras encarregadas da “Venda da Flor” em Famalicão. No primeiro
plano, da esquerda para a direita: Arminda Guimarães, Elzira Portela, Cacilda
Marques, Maria Cândida Machado, Maria Antonieta Fernandes, Joana Pinto, Laura
Pimentel, Corina Marques, Carmen Macedo, Maria Cândido Matos. 2.º plano: Laura
do Nascimento Carvalho, Sara de Carvalho Cunha, Viscondessa de Pindela,
Hermínia Loureiro, Carmen Guimarães, Ernestina Machado, Maria Medeiros, Irene
Fernandes. 3.º plano: Maria Manuela Cerejeira, Cândida Carneiro, Maria Luísa de
Carvalho e Cunha, Estela Brandão, Lúcia de Carvalho, Amélia Chaves de Oliveira,
Rosalina Ilhão Peixoto, Maria de Jesus Barros, Maria Ermelinda Machado. 4.º
plano: Balbina Veloso de Macedo.<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: right; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: right; text-indent: -18.0pt;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: right; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">a)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Sarau-Dramático-Musical
A Favor das Vítimas da Guerra<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Com
a primeira referência em 3 de Junho, noticiando-se que “a ilustre comissão das
damas desta Vila projecta realizar um sarau artístico, e apesar do programa
ainda não estar devidamente organizado”, informa-se em 15 de Junho a comunidade
famalicense que os ensaiadores serão Ester Brandão e Adolfo Lima na parte
musical, enquanto que as comédias ficaram a cargo de Alípio Guimarães. O
programa definitivo será conhecido a 22 de Julho, realizando-se o respectivo
sarau em 28 de Julho no Salão Olímpia, relatando o “Estrela do Minho” o
acontecimento em 5 de Agosto. Veja-se o programa:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">O
ex.<sup>mo</sup> sr. dr. Sebastião de Carvalho com a sua brilhante palavra,
saudará as damas promotoras pela sua patriótica obra e ao público pela sua
coadjuvação. Seguir-se-á pelo grupo composto das ex.<sup>mas</sup> sr.<sup>as</sup>
D. Ester e D. Alzira Brandão, D. Maria Pinto de Sousa, D. Maria Cândida, D.
Alice e D. Aurelina Correia, D. Fernanda Guimarães, D. Júlia e D. Cândida
Silva, D. Maria J. Barros, D. Belmira Bezerra, D. Carminda Marques, D. Alice
Garcia, D. Laura Carvalho, D. Carmen Guimarães, D. Laura Loureiro, D. Adestina
Lima, D. Maria Lúcia Garcia Carvalho, D. Amélia Faria, D. Joana Pinto Areias,
D. Alzira Portela, D. Fernanda Terroso e D. Rosa Manuela Gomes. 1.ª Parte.
“Pescador” (canção portuguesa, T. Moutinho); “Menina dos Meus Olhos”, A. Viana;
“Canção da Tarde”, J. Moutinho; “Quadras Soltas”, F. Moutinho; “As Lavadeiras”
(Coro), A. Viana. 2.ª Parte. “Que Amigas. Comédia em 1 acto”. D. Violante-Júlia
Silva; D. Ernestina-Cândida Silva; D. Eulália-Amélia Faria; Rosa,
criada-Belmira Bezerra. Lisboa-Actualidade. “Romance”, Artur Napoleão;
“Balada”, Chopin; “Rapsódia Húngara”, Lizst. Ao piano Ester Brandão Barbosa.
”Sapatinhos de Baile. Comédia em 1 acto”. Baronesa do Quental-Maria Cândida
Correia; Viscondessa de Bela-Flor-Alzira Brandão. Lisboa-Actualidade. 3.ª
Parte. “Margarida. Diálogo”, com Júlia e Cândida Silva, com acompanhamento de
coros e música de F. Moutinho. “Ao Desafio”, A. Sarti; “Morena”, J. Moutinho;
Fado por Maria Cândida Correia e coros, música de A. Coelho; “Ceifeiras”
(coro), de A. Sarti.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Os
bilhetes podiam ser adquiridos na “casa da promotora em Louredo ou no
estabelecimento do sr. Luís Terroso ao Campo Mouzinho.” Do sarau-artístico,
pode-se ler em 5 de Agosto que “todos os elogios que se façam, todos os
louvores que se tributem, são poucos para manifestar o agrado e a admiração de
que o público se sentiu empolgado!” (<o:p></o:p></span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Amadeu Gonçalves – “A I Grande Guerra e as suas repercussões em V. N. de Famalicão. O Monumento aos Mortos da Grande Guerra”. In </span><i style="font-family: "Times New Roman", serif;">Boletim Cultural</i><span style="font-family: "times new roman" , serif;">. V. N. de Famalicão, 4.ª série, n.º 1 (2014/2015), pp. 193-195).</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Na
realidade, não consta que algumas dessas senhoras que constituíram a respectiva
“Comissão Promotora da Venda da Flor” tivessem sido “Madrinhas de Guerra”; e
relativamente aos apelos que a “Gazeta de Famalicão” tinha publicado, a saber,
dois soldados que tinham solicitado “Madrinhas de Guerra”, caso de Secundino
Rodrigues Baptista (soldado n.º 51, da 4.ª Companhia de Infantaria n.º 8) e de
Joaquim Ferreira de Carvalho (soldado n.º 43, da 4.ª Companhia do Regimento de
Infantaria n.º 8), não tivessem obtido as tão desejadas “Madrinhas de Guerra”,
o mesmo sucedendo a Manuel da Silva Pinto (soldado n.º 858, do Batalhão de
Infantaria n.º 8), o mesmo acontecendo com João Simões Pereira, 1.º
cabo-enfermeiro. Quem conseguiria a respectiva “Madrinha de Guerra” seria José
Joaquim Ferreira, de São Cosme do Vale, da mesma freguesia, chamando-se Libânia
Pereira Marques, a qual manifestou “os seus bons sentimentos de humanidade e
patriotismo”, segundo a “Gazeta de Famalicão” de 3 de Novembro de 1917. Quem
vai conseguir igualmente uma “Madrinha de Guerra” vai ser Ernesto Moreira, de
Calendário, soldado n.º 289, do Regimento de Infantaria n.º8, indo ao encontro
da citação que temos em epígrafe, nomeadamente, neste caso, a “Madrinha de
Guerra” ser uma criança com sete anos de idade. Leia-se:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;"> “Mais um soldado nos escreve de França a pedir
uma madrinha de guerra, com quem se corresponda e lhe vá ajudar a suportar as
saudades, dando-lhes noticias da Pátria muito amada. / Segue-se a carta do
nosso conterrâneo, cujos desejos esperamos ver atendidos por alguma senhora da
nossa terra:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Sr. Director do <i>Estrela do Minho</i>, Famalicão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Vinha pedir a V….
para que por intermédio do seu conceituado jornal, que qualquer das gentis
damas dessa encantadora vila, se queiram oferecer para minha madrinha de
guerra. / As senhoras dessa vila, que são sempre generosas em tudo o que é para
o bem e sendo eu Ernesto Moreira, soldado n.º 289, da 4.ª Companhia de
Infantaria 8,, muito conhecido nessa vila, e encontrando-se presente em França
a combater ao lado de todos os exércitos aliados, pela nossa querida pátria. /
Espero ser atendido pelo que fico muito obrigado a V. Ex.ª pela publicação
desta linha.”<span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;"> ("Estrela do Minho", 23 de Setembro de 1917).</span></span></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;"> “Tendo lido no sue conceituado jornal, carta
do soldado português pedindo uma madrinha de guerra, venho eu pois oferecer-me
para este fim. Tenho apenas sete anos, mas o meu maior desejo é consolar e
animar os nossos soldados, que tão valentemente derramem o seu sangue pelo dever
e pela liberdade. Espero, autorizada pelos meus pais, cumprir bem a missão de
que tomo encargo. Peço pois a V…. o favor de, caso este soldado não ter ainda
madrinha, mandar-me a sua direcção e da sua família, assim como participar-lhe
que já tem madrinha, podendo escrever- para Fernanda da Conceição Monteiro,
Viatodos, Minho, que logo terá resposta e satisfeito qualquer pedido.”<span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;"> ("Estrela do Minho", de 7 de Outubro de 1917).</span></span></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Garcia Márquez não deixa de ter a sua razão: quem não tem memória, faz uma de papel!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
</div>
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<br /></div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-5120598616673046312017-12-25T03:47:00.001-08:002017-12-25T03:48:41.604-08:00Expedicionários de Gavião / V. N. de Famalicão 1914-1918<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-ry98NwAadV8/WkDi74Q0J-I/AAAAAAAAFL4/LiOPK1ZHXqoOh6-T4j30-BW6wumP015qACEwYBhgL/s1600/IP%2B585%2B7%2Bmaio%2B1917%2B-%2B1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="681" data-original-width="926" height="235" src="https://4.bp.blogspot.com/-ry98NwAadV8/WkDi74Q0J-I/AAAAAAAAFL4/LiOPK1ZHXqoOh6-T4j30-BW6wumP015qACEwYBhgL/s320/IP%2B585%2B7%2Bmaio%2B1917%2B-%2B1.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Encontrando-me a organizar o "Dicionário dos Expedicionários Famalicenses 1914-1918" para o Centenário da Batalha de La Lys, entre oficiais, sargentos, cabos e soldados, o levantamento até agora realizado cifra-se em 569 expedicinários mobilizados para França e para África, particularmente Angola e Moçambique. Partilho, hoje, neste dia de Natal chuvoso os expedicionários da freguesia de Gavião, concelho de V. N. de Famalicão, agradecendo, desde já, qualquer informação que possa ser partilhada, não só destes como de outros famalicenses, numa lista preliminar já aqui divulgada neste blog, desde dados biográficos, fotografias, documentos, materiais, etc. etc., . Na situação específica que partilho, o que os expedicionários de Gavião têm em comum é o dia de embarque: 22 de Abril de 1917, o ano da mobilização geral. As fotografias representam o embarque na Estação de Braga, a caminho de Lisboa, retiradas da "Ilustração Portuguesa" de 7 de Maio de 1917 (Hemeroteca Digital), enquanto que a lápide de Augusto Pinto foi retirada do "Memorial aos Mortos da Grande Guerra".</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">EXPEDICIONÁRIOS
I GRANDE GUERRA<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">GAVIÃO
/ V. N. DE FAMALICÃO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">74<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">António Ferreira<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Soldado<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Gavião<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">132<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">António da Silva Barbosa<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Soldado<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Gavião<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">151<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Augusto Pinto<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Soldado<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Gavião<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">152<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Augusto Pinto de Araújo Campos<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Soldado<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Gavião<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">273<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Geraldo Ferreira Azevedo<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Soldado<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Gavião<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">327<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Joaquim Ferreira Barbosa<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Soldado<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Gavião<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">487<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Manuel Ferreira de Azevedo<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Soldado<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Gavião<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">490<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Manuel Fonseca<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Soldado<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Gavião<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">518<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Manuel Pereira<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Soldado<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Gavião<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">526<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Manuel da Silva<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Soldado<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Gavião<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">528<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Manuel da Silva Brandão<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Soldado<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Gavião<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">564<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.15pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Valdemar Cardoso<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Soldado<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 106.2pt;" valign="top" width="142"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Gavião<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-Mg_ofWwnWUE/WkDi96ROAUI/AAAAAAAAFLs/TY34vf1lWu0JSlgd_qrPvvAjD3W_dH_AACLcBGAs/s1600/IP%2B585%2B7%2Bmaio%2B1917%2B-%2B2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="704" data-original-width="904" height="249" src="https://3.bp.blogspot.com/-Mg_ofWwnWUE/WkDi96ROAUI/AAAAAAAAFLs/TY34vf1lWu0JSlgd_qrPvvAjD3W_dH_AACLcBGAs/s320/IP%2B585%2B7%2Bmaio%2B1917%2B-%2B2.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">ANTÓNIO
FERREIRA<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">4.ª Brigada de
Infantaria. Infantaria n.º 8. 2.º Batalhão. 4.ª Companhia. Placa de Identidade
n.º 46099. Soldado n.º 344, solteiro, filho de Joaquim Ferreira e de Maria da
Rocha, natural de Gavião, concelho de V. N. de Famalicão. O parente vivo mais
próximo era André Chaves, Nogueiró. Embarcou em Lisboa em 22 de Abril de 1917.
Desembarcou em Lisboa em 9 de Julho de 1919. Deu baixa ao Hospital em 15 de
Novembro de 1917. Evacuado para hospital no mesmo dia. Evacuado para um dos
hospitais da base em 21. Alta em 22 de Janeiro de 1918. Baixa ao hospital em 8
de Março. Evacuado para o hospital canadiano n.º 3 em 9 e alta em 16 do mesmo
mês. Punido 21 de Agosto de 1918 pelo Comandante da Companhia em 6 dias por ter
faltado ao segundo tempo à instrução em 19 de Agosto de 1918. Punido em 2 de
Setembro de 1918 pelo comandante do batalhão em 5 dias de detenção por ser
pouco diligente no trabalho em que estava encarregado. Punido em 23 de Janeiro
de 1919 pelo comandante do 3.º batalhão com 10 dias de detenção porque estando
de faxina ao batalhão não compareceu ao serviço que o cabo lhe determinou,
apesar do toque ser respeitado, alegando não ter ouvido. Repatriado com a S.
Adidos em 5 de Junho de 1919.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">ANTÓNIO
DA SILVA BARBOSA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">4.ª Brigada.
Infantaria n.º 8. 2.º Batalhão. 1.ª Companhia. Placa de Identidade n.º 45051. Soldado
n.º 166. Brigada do Minho. Solteiro. Filho de Manuel José Barbosa e de Ana
Angelina Barbosa, natural de Moledo, Gavião, V. N. de Famalicão. O parente vivo
mais próximo é sua mãe, residente em Campanhã, Porto. Embarcou em Lisboa em 22
de Abril de 1917. Desembarcou em Lisboa em 9 de Junho de 1919. Baixa à
ambulância n.º 5 em 19 de Outubro de 1917. Alta em 27. Seguiu para a frente de
Herbelles em 20 de Julho de 1918. Colocado no Q. G. em 2 de Novembro. Licença
por 10 dias com princípio em 11 de Fevereiro de 1919. Presente de licença em
22. Condecorado com a Medalha Comemorativa da Expedição à França (24 de
Fevereiro de 1919). Punido em 3 de Junho de 1918 pelo Comandante do Batalhão
com 10 dias de detenção por o mesmo lhe ordenar que cortasse o cabelo,
aparecendo com o cabelo por cortar. Repatriado com o G. L. L. em 5 de Junho de
1919. No “Boletim de Alterações do C. E. P.”. com o n.º 84 a placa de
identidade tem o n.º A-45051. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-PrNQUC9vVYQ/WkDjCFjXIzI/AAAAAAAAFLw/h2BAT8GVJhYzXh_msfxrMiJYRereMNFeACLcBGAs/s1600/augusto%2Bpinto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="750" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-PrNQUC9vVYQ/WkDjCFjXIzI/AAAAAAAAFLw/h2BAT8GVJhYzXh_msfxrMiJYRereMNFeACLcBGAs/s320/augusto%2Bpinto.jpg" width="240" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">AUGUSTO
PINTO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">4.º Batalhão de
Infantaria. Infantaria n.º 8. 2.º Batalhão. Soldado .º 471 da 3.º Companhia. Placa
de Identidade n.º 45858. Solteiro. Filho de João José Pinto da Cruz e de Teresa
de Araújo Campos. Natural de Gavião, V. N. de Famalicão. Embarcou em Lisboa em
22 de Abril de 1917. Faleceu em França em 21 de Outubro de 1917. Baixa na
ambulância n.º 3, por virtude de ferimentos obtidos em combate, em 20 de
Outubro de 1917. Faleceu em 21 do mesmo mês, sendo sepultado no cemitério de
Vieille-Chapelle, coval D. A. Local de sepultura: França, Cemitério de
Richebourg L`Avoué, Talhão A, Fila 13, Coval 5. O “Estrela do Minho”, em 14 de
Abril de 1918, noticia de seguinte forma o seu falecimento: “Faleceu em França
o soldado de Infantaria 8 Augusto Pinto, neto do sr. António Gonçalves Pinto,
digno provedor da Santa Casa. / A morte do soldado, no seu posto de combate,
defendendo a Pátria, é sempre honrosa e heroica, merecimento, por isso, a
homenagem dos seus concidadãos.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">AUGUSTO
PINTO DE ARAÚJO CAMPOS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Filho de João
Pinto da Cruz e de Teresa de Araújo Campos. Natural de Gavião, V. N. de
Famalicão. Pertenceu ao Regimento de Infantaria n.º 8. Serviu em França.
Encontra-se inscrito no Monumento aos Mortos da Grande Guerra, em V. N. de
Famalicão. O “Estrela do Minho” noticia da seguinte forma o seu falecimento em
11 de Novembro de 1917: “Morreu em França o soldado nosso conterrâneo Augusto Pinto
de Araújo Campos, da freguesia de Gavião, n.º 271, do Regimento de Infantaria
8, do qual fazia parte. / Morreu no campo de honra em defesa da Pátria. / À sua
família as nossas condolências.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">GERALDO
FERREIRA AZEVEDO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">4.ª Brigada.
Infantaria n.º 8. 2.º Batalhão da Brigada do Minho. 1.ª Companhia. Placa de
Identidade n.º 45045 [42440]. Soldado n.º 33. Solteiro, natural de Gavião, V.
N. de Famalicão. Filho de Francisco Ferreira Azevedo e de Teresa de Jesus.
Parente vivo mais próximo é sua mãe, residente em Gavião, V. N. de Famalicão.
Embarcou em Lisboa em 22 de Abril de 1917. Desembarcou em Lisboa em 19 de Abril
de 1919. Baixa à ambulância n.º 4 em 17 de Novembro de 1918. Evacuado para H.
S. 8 em 21. Alta em 27 para a unidade. Punido em 19 de Setembro de 1918 pelo
Comandante do Batalhão com 15 dias de prisão disciplinar, por trazer batatas do
piquete de trabalho. Seguiu para Portugal com o E. N. N. do 6.º Batalhão em 15
de Abril de 1919, a bordo do “Miller”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">JOAQUIM
FERREIRA BARBOSA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">4.ª Brigada de
Infantaria. Infantaria n.º 8. 2.º Batalhão. 4.ª Companhia. Placa de Identidade
n.º 46091 [43631]. Soldado n.º 328. Solteiro. Filho de Rodrigo Ferreira de
Carvalho e de Ana Rosa. Natural de Gavião, V. N. de Famalicão. O parente vivo
mais próximo é Maria Ferreira Barbosa, residente em S. Tiago de Antas, V. N. de
Famalicão. Embarcou em Lisboa em 22 de Abril de 1917. Desembarcou em Lisboa a 8
de Julho de 1919. Fez serviço a [S. T. A.] desde 22 de Junho de 1918. Aumentado
ao efectivo da S. T. A. Em 30 de Novembro de 1918. Repatriado com a S. T. A. em
3 de Julho de 1919.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">MANUEL
FERREIRA DE AZEVEDO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">4.º Batalhão de
Infantaria. Infantaria n.º 8. 2.º Batalhão. 2.ª Companhia. Placa de Identidade
n.º 45480. Soldado n.º 328. Solteiro. Filho de João Ferreira de Azevedo e de
Rosa Conceição Barbosa. Natural de Gavião, V. N. de Famalicão. O parente vivo
mais próximo é seu pai, residente em Gavião. Embarcou em Lisboa em 22 de Abril
de 1917. Desembarcou em Lisboa em 22 de Dezembro de 1917. Baixa à ambulância
n.º 5, em 4 de Setembro de 1917. Alta em 10 de Setembro de 1917. Baixa à
ambulância n.º 5 em 18 de Outubro de 1917. Evacuado para o Hospital [S.] n.º 1 em 1 de Novembro.
Evacuado para o hospital canadiano n.º 3 em 5, alta em 8. Presente no mesmo dia
ao serviço. Julgado incapaz de todo o serviço, e de angariar os meios de
subsistências em sessão de 13 de Novembro de 1917. Lê-se no “Boletim de
Alterações n.º 138” do C. E. P. que foi “abatido ao efectivo da Companhia em 1
de Dezembro de 1917 por ter sido julgado incapaz de todo o serviço em sessão de
13 de Novembro último, confirmada em 22 de Novembro”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">MANUEL
FONSECA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">4.º Batalhão de
Infantaria. Regimento de Infantaria n.º 29. 2.ª Companhia. Placa de Identidade
n.º 46893. Soldado n.º 460. Solteiro. Filho de Camilo Fonseca e de Maria da
Conceição da Silva Carvalho. Natural de Gavião, V. N. de Famalicão. O parente
vivo mais próximo são seus pais, em Gavião, V. N. de Famalicão. Embarcou em
Lisboa em 22 de Abril de 1917. Desembarcou em 14 de Janeiro de 1919. Diligência
ao L. R. 1 da 2.ª Divisão em 5 de Maio de 1917. Baixa à ambulância em 6. Alta
em 12. Baixa ao H. B. 1 em 10 de Janeiro de 1919. Julgado incapaz de todo não
podendo angarias os meios de subsistências em sessão de 20. Alta em 6 de
Fevereiro para o S. T. A. Seguiu para Portugal por via terrestre em 9. Presente
na delegação em Paris em 10. Seguiu, seguiu no mesmo dia o seu destino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">MANUEL
PEREIRA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">4.ª Brigada.
Infantaria n.º 8. 2.º Batalhão. 3.ª Companhia. Placa de Identidade n.º 45831-A.
Soldado n.º 413. Solteiro. Filho de Francisco Pereira e de Rosa da Costa
Ribeiro. Natural de Gavião, V. N. de Famalicão. O parente vivo mais próximo é
seu pai, no Louro. Embarcou em Lisboa em 22 de Abril de 1917. Desembarcou em
Lisboa em 18 de Julho de 1918. Baixa à ambulância n.º 5 em 10 de Setembro de
1917. Alta em 13. Baixa à ambulância n.º 3 em 14 de Novembro em virtude de
ferimentos recebidos em combate neste dia. Evacuado para o H. S. 1 no mesmo dia
e evacuado para um dos Hospitais da Base em 17 do mesmo mês. Evacuado para o H.
S. 1 em 18 do mesmo mês. Evacuado para o campo de convalescentes n.º 1 em 7 de
Dezembro. Alta em 20 de Fevereiro. Punido em 18 de Abril de 1918 pelo
Comandante do Grupo de Contingentes com 8 dias de prisão correcional por ter
sido encontrado pelo mesmo Comandante por 22 horas de 16 fora do seu
alojamento, declarando ter ido sem licença a uma povoação próxima e respondeu
menos respeitosamente quando o interrogava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">MANUEL
DA SILVA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">4.º Batalhão de
Infantaria. Infantaria n.º 8. 2.º Batalhão. Placa de Identidade n.º 45756
[29684]. Soldado n.º 184 da 3.ª Companhia. Solteiro. Filho de José da Silva e
de Rosa Maria da Costa Brandão. Natural de Gavião, V. N. de Famalicão. O
parente vivo mais próximo é sua mãe, em Gavião, V. N. de Famalicão. Embarcou em
22 de Abril de 1917. Desembarcou em Lisboa em 12 de Agosto de 1919. Julgado
incapaz do serviço activo em sessão de 12 de Julho de 1917. Colocado n Q. G. B.
em 1 de Maio de 1918. Presente no [Departamento] de Boulogne, a fazer serviço
na censura, ficando adido a este serviço em 7 de Agosto. Voltou a fazer serviço
na S. C. B. Licença por 10 dias com princípio em 14 de Fevereiro de 1919.
Presente da licença em 23 de Fevereiro de 1919. Presente no S. A. B. em 22 de
Março de 1919. Aumentado ao seu serviço em 1 de Abril de 1919. Repatriado em 9
de Agosto de 1919.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">MANUEL
DA SILVA BRANDÃO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Residente em
Gavião. Profissão, carpinteiro. Casado. Serviu em França. Soldado. Pertenceu ao
Regimento de Infantaria n.º 8. Teve duas condecorações: França e Vitória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">VALDEMAR
CARDOSO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Residência,
Gavião. Profissão, padeiro. Casado. Serviu em França. Soldado. Pertenceu ao
regimento de Infantaria n.º 8.Teve duas condecorações: França e Vitória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-5981851135419769712017-12-13T03:51:00.001-08:002017-12-14T11:28:18.607-08:00Os 110 Anos de Cinema em V. N. de Famalicão (4 de janeiro de 1908)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">“… o cinema, como
espectáculo assentara arraiais em Portugal. E desde logo conquistou não só um
público popular, que no animatógrafo encontrava entretenimento barato, variado
e acessível, mas também a burguesia e certos sectores intelectuais, que não
desdenharam da novidade.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="right" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: right;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Alves
Costa, “Breve História do Cinema Português (1896-1962), 1978.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-Ehb2rCx4MWA/WjER8u38CvI/AAAAAAAAFLQ/MTvB5aqn7bcZkZiVMUm2XdUGNoqcGvDLwCEwYBhgL/s1600/path%25C3%25A9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="692" data-original-width="1090" height="203" src="https://3.bp.blogspot.com/-Ehb2rCx4MWA/WjER8u38CvI/AAAAAAAAFLQ/MTvB5aqn7bcZkZiVMUm2XdUGNoqcGvDLwCEwYBhgL/s320/path%25C3%25A9.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Campo
Mousinho de Albuquerque: atrás da Igreja de Santo António, reconhece-se o velho
barracão onde funcionou o Salão de Cinema do “Pathé”. (Bilhete-Postal do
espólio do autor).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Projecto
que me tem acalentado há já alguns anos até hoje tem sido aquele que chamei de
“Em Busca de uma Identidade”, cujos primeiros tópicos podem ser lidos no livro
“Portas da História – I” (V. N. de Famalicão: Câmara Municipal, 2015). Este
projecto cultural sobre V. N. de Famalicão que engloba o teatro (cujo trabalho
de investigação sairá no próximo “Boletim Cultural” do Município Famalicense,
particularmente entre 1900 até 1926), o cinema, festas e espectáculos, as
conferências e o tecido associativo famalicense. De qualquer maneira, estes
trabalhos levam-me àquela ideia de Henry James quando nos fala do «espírito do
lugar», ou ainda aquela denominação de Gadamer a propósito do «fenómeno de
pertença»: pertença a um lugar para este ser desvendado nas suas múltiplas
facetas, comportamentos, gostos culturais da sociedade famalicense ou o
comportamento político (ver, por exemplo, o meu trabalho este ano publicado “Os
Partidos Políticos e a I República: o caso de V. N. de Famalicão (1895-1926)”.
Todos estes parâmetros de que falo, e após a sua publicação, serão pistas para
novos trabalhos para que a investigação histórica não pare nas suas múltiplas
facetas e que os permita ser uma espécie de cenógrafo histórico, não como
revisionista histórico, mas que esta cenografia histórica permita ser, nas
palavras de Paul Veyne, lida como um verdadeiro romance, diga-se, a
reconfiguração daquilo que ela é (uma ciência do social e do humano) da
comunidade famalicense e para permitir compreender aquilo que somos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Desta
forma, e no caso que hoje aqui me traz, a aventura cinematográfica em V. N. de
Famalicão, ela tem início logo no ano de 1908, apesar de não termos
conhecimento do seu programa. Efectivamente, sabemos pelo jornal famalicense “O
Regenerador”, em 4 de janeiro de 1908, que “realiza-se hoje no nosso teatro a
primeira das 8 sessões de cinematógrafo, anunciada para o dia 2 e que por
motivos de força maior não pode ter lugar nesse dia. / Como dissemos, e segundo
nos informam, o aparelho é muito perfeito e traz fitas magníficas, provocadoras
de gargalhadas, sem ofender os costumes. / O preço de entrada é módico, pois
que há para todos os paladares e para todas as bolsas – Camarotes 600 e 500
réis, plateia 100 réis e galeria 50 réis. / Ao Pathé!”, confirmando no número
seguinte, a 11 de Janeiro, a realização das 8 sessões: “Começou efectivamente a
exibir-se no nosso teatro no último sábado uma excelente máquina Pathé,
apresentando fitas muito variadas, e algumas de muito bom efeito. / Não podemos
dizer que a nitidez do trabalho seja um <i>non
plus ultra</i>, atendendo principalmente à falta de luz eléctrica. / As sessões
têm agradado geralmente, a exemplo de pequenos senões que nem vale a pena
esmiuçar. / Porque, afinal, a beleza sem senão é atributo que se não encontra
nas coisas criadas…” <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-2_JBDVWJ-_U/WjESaCfr3bI/AAAAAAAAFLQ/5dBdhbmD0akJm-PTLGEdkfVHnm_R-YL-QCEwYBhgL/s1600/minerva.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1075" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-2_JBDVWJ-_U/WjESaCfr3bI/AAAAAAAAFLQ/5dBdhbmD0akJm-PTLGEdkfVHnm_R-YL-QCEwYBhgL/s320/minerva.JPG" width="215" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">“Anymatographo
Avenida”, no edifício que viria a ser da Typographia Minerva, na Avenida Barão
de Trovisqueira (Imagem do autor, retirada da imprensa).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Em
24 de Novembro de 1912 será inaugurado o “Anymatographo Avenida”, de Artur
Garcia de Carvalho e António Dias Costa, o futuro edifício que será da
Typographia Minerva, uma sala com capacidades para mil espectadores. Veja-se o
entusiasmo com que foi oticiado a sua inauguração, com a informação do programa
cinematográfico; “Como dissemos, é hoje inaugurado o novo Animatografo Avenida,
provisoriamente instalado no amplo salão para as novas oficinas da «Tipografia
Minerva», na Avenida Trovisqueira, ainda em construção. / O aparelho adquirido
é novo e do sistema mais perfeito no género. As fitas são escolhidas por um
artista, o que tudo produzirá um conjunto de espectáculo como não se exibe
melhor nas grandes cidades. / O programa de hoje é o seguinte: “Cascatas do
Niágara”, natural colorida; “Nick Ynter e o Correio”, comédia; “Sapateiro
Financeiro”, cómica; “Manobras Navais Italianas”, natural; “Riqueza Mal Adquirida”;
1.ª parte de “O Barco da Morte”; “Riqueza Mal Adquirida”, 2.ª parte de “O Barco
da Morte”; “Botas de Kimba”, cómica; “Um prego num Sapato”, cómica. E como em
Famalicão nenhuma distracção existe no momento, é de crer que a concorrência
seja numerosa àqueles espectáculos, o que encorajará também os seus iniciadores
a melhorarem constantemente pela variedade e perfeição, os espectáculos do
Animatógrafo Avenida.” (“Estrela do Minho”, de 24 de Novembro). <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-szquOR2ECNY/WjESXWoKnmI/AAAAAAAAFLQ/G6lqtJr7q30E0kApV9ru5Z4Agv6XJWg6QCEwYBhgL/s1600/olimpia%2Ba.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="944" data-original-width="1600" height="188" src="https://1.bp.blogspot.com/-szquOR2ECNY/WjESXWoKnmI/AAAAAAAAFLQ/G6lqtJr7q30E0kApV9ru5Z4Agv6XJWg6QCEwYBhgL/s320/olimpia%2Ba.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">O
“Olympia”, na esquina da Rua Alves Roçadas (imagem do autor).<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Estas
mesmas personalidades famalicenses seriam os fundadores do “Olympia”, o qual já
funcionava em finais de Julho e princípios de Agosto de 1913 com a denominação
“Animatografo-Campo Mousinho”, para se efectivar a sua inauguração em 23 de Novembro.
Álvaro Carneiro Bezerra aparece como proprietário em 1916, tendo como sócio,
segundo informação da imprensa famalicense da época, Luís Terroso, surgindo em
Maio de 1919 a explorá-lo a Empresa Cine Doret, retomando novamente Bezerra a
exploração económica do Olympia em finais do mesmo ano. Um dos sucessos do
“Olympia” foi o filme “Quo Vadis”, rodado em 8 de Janeiro de 1914, de Enrico
Guazzoni. O jornal famalicense “Desafronta”, em 1 de Novembro de 1913 foi o
primeiro a noticiar a sua vinda nos seguintes termos: “O facto de saber-se que
a empresa cinematográfica desta Vila tenciona apresentar brevemente no seu
salão, ao Campo Mouzinho, a assombrosa película “Quo Vadis”, tão admirada em
todo o mundo, volta a ser lido com interesse o romance de Henryck Sienkiewicz,
tradução de Eduardo de Noronha, que há questão de uma dúzia de anos causou
também um sucesso extraordinário no nosso meio literário. / Todos querem avivar
descrições e recordar paisagens, para com mais interesse puderem acompanhar o
decorrer da fita, tão importante, que o seu aluguer, apenas para duas sessões,
custa aos empresários nada menos do que 300 escudos.” A 3 de Janeiro, o mesmo
jornal anuncia a “sensacional fita” e que “tanta gente aí espera com ansiedade”
comentando que ela é “a mais assombrosa película até hoje exibida em todo o
mundo. Em 10 de Janeiro de 1914, o “Desafronta” noticia a reacção famalicense:
““Com quatro sessões, foi exibida na Quarta-Feira, no Salão Olímpia, ao Campo
da Feira, esta aparatosa e importante fita cinematográfica que despertou, como
era de esperar, grande interesse entre as pessoas ilustradas da terra. / A fita
dá bem ideia do belo romance do brilhante escritor polaco e é uma criação
admirável da cinematografia, embora não fosse possível à empresa que, com assombrosos
sacrifícios, se arrojou a confeccioná-la, salientar todas as passagens
importantes da extraordinária obra. / No elegante e confortável salão continuam
a haver sessões todos os Domingos, com fitas escolhidas, e pelos antigos
preços, que a empresa foi obrigada a alterar nas sessões de Quarta-Feira,
atento o aluguer elevado que teve de pagar pelo “Quo vadis?” Nada como dar uma
espreitadela no sítio </span><a href="http://www.harpodeon.com/"><span style="color: #888888; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">http://www.harpodeon.com/</span></a><span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"> para se visualizar
fragmentos de “Quo Vadis” que assombrou Famalicão em 1914.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Por seu turno, em Maio de 1934 o “Olympia” terá um novo proprietário,
Manuel Caetano da Silva, ficando até ao final do ano, solicitando ainda a
Armindo Pereira sociedade para a exploração cinematográfica. Será só em Outubro
de 1936, não havendo cinema desde Janeiro, que V. N. de Famalicão terá de novo
projecções cinematográficas, quando, uma vez mais, Álvaro Carneiro Bezerra e
Vasco Simões ficarão com o “Olympia” até Abril de 1962. O último filme será “O
Dinheiro dos Pobres”, tendo sido exibido em 29 de Abril desse mesmo ano.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-YXIRM5ws-gQ/WjEStYL9ThI/AAAAAAAAFLY/u-Sgme0mQgI-odd3WHZoliatxxD27badQCEwYBhgL/s1600/teatro%2Bnarciso%2Bferreira.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1077" data-original-width="1600" height="215" src="https://2.bp.blogspot.com/-YXIRM5ws-gQ/WjEStYL9ThI/AAAAAAAAFLY/u-Sgme0mQgI-odd3WHZoliatxxD27badQCEwYBhgL/s320/teatro%2Bnarciso%2Bferreira.JPG" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Imagem do autor. Retirada da imprensa.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Inaugurando o “Sonoro” em Janeiro de 1931, o “Olympia” teve os seus
concorrentes: o primeiro, foi o Cine-Teatro Pathé-Baby (1925-1927) da
Associação Vinte Amigos Flor de Famalicão (Senra, Calendário) e a segunda com a
inauguração do Teatro Narciso Ferreira (Riba d`Ave), em 1943, com o filme
“Fátima, Terra de Fé”.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1.0cm;">
</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Paralelamente, e timidamente, para além da época normal da acitividade
cinematográfica, a época de Inverno, foram surgindo as primeiras projecções
fílmicas na época de Verão, ao ar livre. Aconteceu em 1935, suma sessão
organizada por um Grupo de Amigos dos Bombeiros Voluntários, o Campo da Feira; em
1936, pelo mesmo Grupo, na Avenida República e em 1937 também tivemos de novo
cinema ao ar livre na esplanada do Barreiro. Sem polémica, o “Olympia” fecharia
as suas portas, para logo de seguida, com pompa e circunstância, ser inaugurado
o “Famalicense Cine-Teatro”. Mas isso é outra história, assim como os próximos
50 anos do Cine-Clube do FAC (1968-1972), enquanto actividade cultural
alternativa no regime do Estado Novo, e, mais bem perto de nós, a Lusomundo no
Shoping Town, a sala então denominada New Line Cinemas, o “Cinema City-Famalicão” (chegou a funcionar no Centro Comercial
E. Leclerc), o FAMAFEST-Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Famalicão e
o Cine-Clube de Joane.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1cm;">
<span style="color: #222222; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-IxVfOmKdF7E/WjESsHm93aI/AAAAAAAAFLU/f6N4y7VlRBYaVmKEgR_ka97HqDSOhFe7ACEwYBhgL/s1600/CTAC.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1172" data-original-width="1600" height="234" src="https://2.bp.blogspot.com/-IxVfOmKdF7E/WjESsHm93aI/AAAAAAAAFLU/f6N4y7VlRBYaVmKEgR_ka97HqDSOhFe7ACEwYBhgL/s320/CTAC.JPG" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt;">Imagem
do autor. Retirada da imprensa.<o:p></o:p></span></div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-10876050971928945092017-11-17T03:58:00.001-08:002017-11-17T03:58:05.854-08:00literatura&filosofia: saramago na playboy<a href="http://litfil.blogspot.pt/2010/07/saramago-na-playboy.html#links">literatura&filosofia: saramago na playboy</a>amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-37753772643918633602017-10-07T04:41:00.000-07:002017-10-07T04:44:04.108-07:00As "Portas da História"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">AS “PORTAS DA HISTÓRIA”<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">OS CAMINHOS DA NOVA HISTORIOGRAFIA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-ZlvJUM5Zw8g/Wdi857xuoyI/AAAAAAAAFKk/Ti6cqAFeYJUJyBVeefWn0xj7fQmL7p7LQCLcBGAs/s1600/Portas%2BI.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1237" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-ZlvJUM5Zw8g/Wdi857xuoyI/AAAAAAAAFKk/Ti6cqAFeYJUJyBVeefWn0xj7fQmL7p7LQCLcBGAs/s320/Portas%2BI.jpg" width="247" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-af1S4JI7YaI/Wdi868xXuUI/AAAAAAAAFKo/23fCopaH3w4me8s_YbUOwsG73OKcDh3dQCLcBGAs/s1600/portas%2BII.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1150" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-af1S4JI7YaI/Wdi868xXuUI/AAAAAAAAFKo/23fCopaH3w4me8s_YbUOwsG73OKcDh3dQCLcBGAs/s320/portas%2BII.jpg" width="229" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">É
tempo de rasgar horizontes. Fernando Rosas, na última lição que proferiu na
Universidade Nova de Lisboa (“História e Memória: “Última Lição” de Fernando
Rosas”. Lisboa: Tintas-da-China, 2016), convoca-nos a uma reflexão sobre o
papel da Memória na História. Alerta-nos para três paradigmas problemáticos e
desconfiguradores da memória historiográfica nesta sociedade neo-liberal
conservadora. A primeira desconfiguração da Memória é a desmemória, cujo
processo que encarna o pensamento conservador contemporâneo na sua
reivindicação ideológica. Este primeiro paradigma da desconfiguração da memória
constrói-se de “silêncios” e de “omissões”, baseado num “amoralismo
intelectual” e de ignorância sitémica., existindo assim há volta da memória um
silêncio organizado nas instituições na efectivação da História. O segundo
paradigma da desvirtualização da Memória é a convocação da memória como
“farsa”, isto ´r, a teatralização da memória no espaço público. Mais do que uma
espécie de “literatura de cordel”, protagonizada, em parte, pelos meios de
comunicação social, , existem fenómenos culturais cuja projecção pública
desvirtuam o seu real significado, porque depois não aplicados. Finalmente, o
terceiro paradigma da desvirtualização da Memória, o “revisionismo historiográfico”,
o qual “opina muito”, mas “investiga pouco”, tendo como consequência inevitável
a manipulação da própria Memória, ficando suspenso o discurso crítico
historiográfico. Destes três paradigmas da desvirtualização da Memória para a
efectivação de um discurso historiográfico crítico, vários são os exemplos que
poderia citar (e não é preciso ir muito longe, dentro de portas também os
temos): pelo que se tem feito em volta de algumas personalidades, com excepções
há regra; na falta de um discurso historiográfico crítico, muitas vezes
incoerente, tipo corta e cola; no caso de algumas instituições deixarem passar
em branco praticamente as comemorações centenárias; por um discurso
historiográfico de ignorância histórica, elaborado em algumas circunstâncias
via Dr. Google, com indicações bibliográficas incoerentes, o que daqui se supõe
a falta de honestidade intelectual e pelos plágios constantes. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Vêm
estas reflexões a propósito da publicação dos dois volumes das “Portas da
História”, as quais foram apresentadas no Dia do Município de V. N. de
Famalicão. Projecto editorial do Presidente do Município famalicense na última
vereação, Dr. Paulo Cunha (recentemente eleito nas eleições autárquicas do dia
1 de Outubro), teve a virtualidade de trazer para a Praça Pública não só as
comemorações do Dia do Município, na sua segunda efectivação, como igualmente
as “Portas da História”, as quais significam a maturidade historiográfica (o
mesmo acontecendo em 2005 com a “História de Famalicão”). Se ambas as
histórias, conforme o afirmou Artur Sá da Costa na apresentação das “Portas da
História”, se complementam, mais do que um discurso ideológico, elas são a
reivindicação de uma identidade historiográfica multidisciplinar,
manifestando-se contra aqueles que ainda possam acreditar que Famalicão é uma
“Terra sem História”, esta mitificação desconfiguradora da memória que tem os
seus perigos. Sim, é tempo de rasgar horizontes nas instituições culturais
famalicenses (colocando aqui um papel primordial na rede de Museus), com
projectos mais ambiciosos entre o local numa glocalização (a exemplo, com o
Eixo Atlântico). Mais do que apresentar projectos públicos como dados
adquiridos (a tal teatralização da Memória) é tempo de rasgar horizontes para uma identificação do
território famalicense além fronteiras.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-a4t9OWG0eRc/Wdi87b1JtEI/AAAAAAAAFKs/0ZST7YsbOk0CkyqW5LjdnrjGakRQayN0wCLcBGAs/s1600/hist%25C3%25B3ria%2Bde%2Bfamalic%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1219" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-a4t9OWG0eRc/Wdi87b1JtEI/AAAAAAAAFKs/0ZST7YsbOk0CkyqW5LjdnrjGakRQayN0wCLcBGAs/s320/hist%25C3%25B3ria%2Bde%2Bfamalic%25C3%25A3o.jpg" width="243" /></a></div>
<br />amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-35776417362967950592017-09-21T02:14:00.002-07:002017-10-09T14:20:06.351-07:00Nos 150 anos de Manuel da Silva Mendes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-WjJWqEg37yo/WcOCiAjsa3I/AAAAAAAAFKU/ax2y8yeI5gwngKGSgaXRD5TTAS0jVjG_ACLcBGAs/s1600/msm6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="776" data-original-width="532" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-WjJWqEg37yo/WcOCiAjsa3I/AAAAAAAAFKU/ax2y8yeI5gwngKGSgaXRD5TTAS0jVjG_ACLcBGAs/s320/msm6.jpg" width="219" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">MANUEL
DA SILVA MENDES<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"> (1867-1931):<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">OS
150 ANOS DE NASCIMENTO<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">ENTRE
O ANARQUISMO E O TAOÍSMO</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Filósofo,
político e pedagogo português. Quando nasceu em S. Miguel das Aves
(23/10/1867), esta freguesia pertencia ao concelho de V. N. de Famalicão, e com
a reforma administrativa de de 23 de Junho de 1879 pasa a integrar o concelho
de Santo Tirso. Realça-se, indiscutivelmente, no plano filosófico, o divulgador
das ideias do socialismo libertário ou anarquismo nos finais dos século XIX com
a obra <i>Socialismo Libertário ou
Anarquismo: história e doutrina</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Tirou
o curso de Direito na Faculdade da Universidade de Coimbra, termiando o mesmo
em 1895, casando nesta mesma cidade com Helena Berta Augusta Danke no dia 6 de
Abril de 1901, perceptora dos filhos de Bernardino Machado. Exerceu a advocacia
em V. N. de Famalicão e, nesta fase, publica, em 1896, <i>Reflexões Jurídicas: acção de processo ordinário: contrato de
empreitada</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">No
plano cívico-social, em V. N. de Famalicão, chegou a ser Presidente da Direcção
da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de V. N. de Famalicão
(1898), dinamizando a Banda Musical da mesma instituição social; participa
activamente nas campanhas do Partido Republicano; é amigo dos principais
elementos do Partido Regenerador, caso de Santos Viegas, e do Barão de
Trovisqueira, do Partido Progressista, tecendo-lhes, aliás, rasgados elogios
públicos e colabora na imprensa famalicense, nomeadamente i) <i>O Porvir</i>, ii) <i>O Minho</i> e o iii) <i>Regenerador</i>.
A colaboração no primeiro cingiu-se a quarto textos: i) <i>Reformas, Aposentações, Direitos Adquiridos</i>, ii) <i>A Dissolução da Banda dos Bombeiros
Voluntários</i>, iii) <i>Creta</i> e iv) <i>Canovas del Castillo</i>. Enquanto que o
primeiro é notável pela profecia que evoca perante a reforma da Administração
Pública, nomeadamente no combate contemporâneo dos direitos adquiridos, os
quais foram, na sua acepção, uma ideia do estado liberal e da burocracia, dos
funcionários do Estado, o segundo fala-nos, tal como o próprio título o indica,
da decisão da direcção da Associação dos Bombeiros Voluntários ter dissolvido a
respectiva Banda, a qual faz parte dos estatutos da mesma instituição, defende
a alteração dos mesmos. Por seu turno, evoca-nos o terceiro o conflito entre a
Grécia e a Turquia, pretendendo a primeira nação a ilha de Creta na posse da
segunda, e do papel das potência europeias que, entretanto, se envolvem no
conflito. Finalmente, o último pode ter já incidências filosófico-políticas, já
que assinala a confusão que a imprensa da época efectuava entre os falsos e os
verdadeiros libertários. No segundo, publica um elogio ao Barão da Trovisqueira,
o <i>self mand-man</i> famalicense, e
efectua uma recensção ao livro de Eduardo de Carvalho com o título <i>Formas do regime Matrimonial: da eeparação
de bens e simples comunhão de adquiridos</i>. Finalmente, no último, efectua
uma outra apologia, desta vez a Santos Viegas, ao lado de nomes como Augusto
Monteiro; Delfim de Carvalho, Pinto Novais, Abade de Avidos, A. Dias Costa,
entre outros (personalidades ligadas ao Partido Regenerador) e escreve um texto
intitulado <i>A Questão da China</i>,
assinando simplesmente com as iniciais S. M., comentando a guerra que os
chineses tinham desencadeado com os «diabos» estrangeiros, sendo assim que
então os orientais designavam os europeus que então lá se encontravam
estabelecidos. Ainda escreve um monólogo, entre a opereta e a comédia, para o
Grupo Dramático Visconde de Gemunde (1898), participando na Tuna Famalicense
(1900), sob a regência de Daniel Correia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Considerado
pelos seus inimigos políticos famalicenses como sendo o mais “ateu”, o mais
“anarquista”, o mais “vermelho” dos republicanos de V. N. de Famalicão (tal
como ele nos conta no seu texto de memória <i>Macau:
impressões e recordações</i>, com uma edição em 1979 e republicado na <i>Antologia dos Autores Famalicenses</i>, em
1998), enquanto que nas suas palavras se cognomina como “republicaneiro” do que
propriamente um “republicano”, o seu livro <i>Socialismo
Libertário ou Anarquismo</i> (1896), foi considerado por Sampaio Bruno como um
“livro notável”, ou, ainda, mais recentemente, como é o caso de João Freire
(que prefacia a reedição facsimilada da obra em 2006): “a obra de Silva Mendes
tem uma informação e um tratamento mais alargado no plano histórico e
ideológico” do que Eltzbacher com o título <i>As
Doutrinas Anarquistas</i> (1908), aproximando-se do socialismo utópico quando
afirma que “é uma utopia formidável ou uma fatalidade social”, ou então quando
nos fala da sua obra nos seguintes termos: “nem defende, nem aconselha, nem
aplaude, nem provoca, expõe. E quem pretende, simplesmente expor, fica bem
atrás da tela.” O que poderia ser uma defesa relativamente à então Lei de 13 de
Fevereiro de 1896 contra qualquer actividade anarquista, ameaçando os seus
autores com a deportação, revela uma indignação moral, como foi a chamada de
atenção na recensão da obra que Sousa Fernandes efectuou. Aliás, ao longo do
livro, Mendes simpatiza-se com Fourier e Bakounine, elogia Proudhon e mantém
com Marx uma postura de recusa e de aproximação, clarificando o ideal do
anarquismo individualista. Nesta perspectiva, não será em vão que traduz, em
1898, o poema de Schiller Guilherme Tell, personagem em que revê o individualismo
anárquico-metafísico, o qual lhe irá abrir caminho para o taoísmo. Será,
precisamente, o livro <i>Socialismo Libertário
ou Anarquismo</i> que lhe irá trazer alguns dissabores perante a elite
famalicense conservadora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Foi
leccionar para o Liceu de Macau (através da influência de Santos Viegas) em
1901, no qual exerceu o cargo de Reitor-Interino por duas vezes (1904-1907 e
1909-1914), leccionando português e latim, tendo como colegas de docência
Camilo Pessanha e Wenceslau de Morais. Para além da docência, exerceu a
advocacia, tendo sido Juiz de Direito e do Procurador da República. Para além
deste âmbito, teve uma actividade cívico-social e político-cultural de
destaque, tendo sido Presidente do Leal Senado e Administrador do Concelho, é
conhecido como um reputado sinólogo (um colecionador notável da arte chinesa).
Aliás, convém salientar, senão mesmo destacar, que o Museu Luís de Camões, em
Macau, foi constituído com base no seu espólio particular, o qual foi então
adquirido pelo Estado português. Como tal, foram publicados postumamente os
seus estudos <i>Barros de Kuang Tung</i>
(1967) e <i>Arte Chinesa: colectânea de
artigos </i>(1983).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Manteve
uma colaboração notável na imprensa macaense, nomeadamente <i>Vida Nova</i>, <i>O Macaense,</i> <i>O Progresso</i>, <i>A Pátria</i>, <i>O Jornal de Macau</i>,
<i>A Voz de Macau</i>, assim como também nas
revistas <i>Oriente</i> e <i>Revista de Macau</i>. A sua colaboração na
imprensa macaense foi reunida em sete volumes por Luís Gonzaga Gomes: <i>Colectânea de Artigos</i> (1949-1950) e <i>Nova Colectânea de Artigos</i> (1963-1964).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Em
alguns autores existe a teorização de que não há continuidade no seu pensamento
após a sua ida para Macau. Antes pelo contrário: a radicalização do
individualismo ético-social do socialismo utópico (a liberdade natural) vai
encontrá-la na Filosofia Oriental, mais propriamente no Taoísmo. Estas ideias
vão ser detectadas em textos como <i>Lao-Tzé
e a sua Doutrina segundo o Tao-te-King</i> (1908) e no famoso <i>Excertos de Filosofia Taoista</i> (1930) ou
mais recentemente <i>Sobre Filosofia</i>,
uma edição organizada por António Aresta, com uma introdução do mesmo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">No
campo pedagógico, pressupõe Mendes uma reorganização do ensino em Macau, tal
como o demonstra nos textos seleccionados para o livro <i>Introdução Pública em Macau</i> (1996), numa organização e com uma
introdução de Aresta, o qual nos diz que “estamos perante um pensamento
pedagógico, que nunca encontrou terreno para uma discussão aberta”, tendo sido
“o primeiro grande subsídio para a compreensão global do fenómeno educativo de
Macau. Nestes textos, temops questões de
educação e ensino, nos quais temos projectos de reforma, assuntos vários
relacionados com o Liceu e o curso comercial, o estado do ensino em Macau, o
ensino moral e a co-educação liceal.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Bibliografia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Amadeu Gonçalves
– <i>Manuel da Silva Mendes: com Vila Nova
de Famalicão e em Macau: o anarquismo e a filosofia oriental</i>, 2007: <i>Antologia de Autores Famalicenses</i>, 1998; António Aresta – <i>Manuel da Silva Mendes e a Poética do Taoísmo</i>, 1990; <i>Manuel da Silva Mendes: historiador do
Socialismo libertário</i>, 1991; Manuel da Silva Mendes, Professor e Homem de
Cultura, 2002; António Pedro Mesquita – <i>Republicanos
e Socialistas</i>, 2002; <i>Biografia de Autores
Famalicens</i>es, 1998; Carlos Miguel Botão Alves, <i>Silva Mendes e o Taoísmo</i>, 1991; <i>Dicionário
Cronológico de Autores Portugueses – III</i>, 1997; <i>Dicionário de Educadores Portugueses</i>, 2003; Isabel Nunes, <i>Museu Luís de Camões: a sua criação</i>,
1991; Manuel Teixeira – <i>Liceu de Macau,</i>
1986; Pedro da Silveira, <i>Silva</i> <i>Mendes: notícias biobibliográficas</i>,
1966; Sampaio Bruno, <i>O Brasil Mental</i>,
Porto, 1997; Vanessa Sérgio<i>, Manuel da
Silva Mendes, entre fascínio e sortilégio</i>, 2009; Vasco César de Carvalho, <i>Aspectos de Vila Nova: a justiça</i>, 2005;
Victor de Sá, <i>Um Anarquista Famalicense
em 1896: Manuel da Silva Memdes</i>, 2005.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">PROJECTO
EM CURSO<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">“Dicionário
de Literatura e Cultura Famalicense: século XVI – século XX”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: center; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Amadeu Gonçalves</span></div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-46999445288281171172017-07-23T04:51:00.002-07:002017-07-23T04:51:37.789-07:00António José da Silva Pereira, O Cidadão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: center; text-autospace: none;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">ANTÓNIO JOSÉ DA SILVA PEREIRA (Fânzeres,
Gondomar, 24/01/1864-Bairro, V. N. de Famalicão, 19/12/1941), O CIDADÃO<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: center; text-autospace: none;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Uma Viagem Pela Imprensa</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: center; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: center; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Por
Amadeu Gonçalves</span></div>
<div>
<div id="ftn1">
</div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">“A minha felicidade é feita pelo bem que distribuo.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">António José da
Silva Pereira, entrevista ao jornal “A Voz”, de 1 de Maio de 1938.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-YNQdmNenhQs/WXSMSC36xhI/AAAAAAAAFJs/dgk8wyQ_0HQZVZLfC0F1W73vAifGYu39gCLcBGAs/s1600/bairro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-YNQdmNenhQs/WXSMSC36xhI/AAAAAAAAFJs/dgk8wyQ_0HQZVZLfC0F1W73vAifGYu39gCLcBGAs/s320/bairro.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Amadeu Gonçalves, José Leite (Junta de Freguesia de Bairro), Prof.ª Maria de Fátima Castro</div>
<div style="text-align: center;">
Foto Rui Pereira</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Hoje é dia de Festa. Foi dia de festa, precisamente,
há 85 anos, neste mesmo local, hoje sede da Junta de Freguesia de Bairro, na
qual foi inaugurada a Creche-Maternidade e, em frente, com a colocação da
primeira pedra, as célebres escolas do sexo masculino e feminino, ambas as
instituições patrocinadas por António José da Silva Pereira, precisamente em 24
de Janeiro de 1932. Do respectivo programa constava o seguinte:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">Às 10 Horas –
Missa na Paroquial de Bairro, mandada celebrar pelo pessoal da fábrica, em
acção de graças pelo sr. Silva Pereira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">Às 11 Horas –
Bodo aos Pobres da Freguesia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">Às 12 Horas –
Almoço Íntimo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">Às 14 Horas –
Lançamento da 1.ª Pedra para dois edifícios escolares, seguindo-se a
inauguração solene da Creche-Maternidade e um «Porto de Honra» aos convidados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">O local
encontra-se caprichosamente ornamentado e duas Bandas far-se-ão ouvir. Haverá
também várias sessões de fogo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estiveram presentes as mais altas individualidades
da época, nomeadamente o Presidente do Conselho, o general Domingos de
Oliveira, amigo pessoal de Silva Pereira, assim como O Ministro do Comércio,
João Antunes Guimarães, com uma carga forte de presença de militares. Não é de
estranhar. Estávamos na fase plena da ditadura militar. O Município de V. N. de
Famalicão não ficou indiferente à vinda do então Presidente do Conselho e este
foi recebido em festa, antes de se dirigir para Bairro:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">“Assim,
às 15 horas, e a convite da Câmara, encontravam-se na estação do
caminho-de-ferro, as corporações e individualidades locais, bombeiros,
escuteiros, autoridades civis e judiciais, funcionalismo, componentes das
comissões administrativas das juntas de freguesia, regedores, clero, etc. /
Quando o comboio entrou nas agulhas, ouviu-se uma girândola de foguetes,
enquanto uma banda executava a «Portuguesa». / Ergueram vivas à Ditadura, ao
presidente do Governo, ao Dr. Oliveira Salazar, ao general Carmona, à Pátria,
sendo a República também aclamada. / No Largo Heróis de Monsanto organizou-se
então um cortejo em direcção aos paços do Concelho, onde foram das as
boas-vindas ao Sr. general Domingos de Oliveira e onde s. ex.ª foi novamente
alvo das homenagens dos representantes de Famalicão.” (“Estrela do Minho”, 24
Janeiro 1932).<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-H41Q0gP6Mhg/WXSMVJH9gUI/AAAAAAAAFJw/QQAc_RE3KHE6gpPe-NDlbmQ5UNWhU3n1ACLcBGAs/s1600/famalic%25C3%25A3o%2B2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="597" data-original-width="614" height="311" src="https://3.bp.blogspot.com/-H41Q0gP6Mhg/WXSMVJH9gUI/AAAAAAAAFJw/QQAc_RE3KHE6gpPe-NDlbmQ5UNWhU3n1ACLcBGAs/s320/famalic%25C3%25A3o%2B2.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
"O Primeiro de Janeiro" (25 de Janeiro 1932)</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O programa, segundo a imprensa da época, local,
regional e nacional, foi cumprido à risca. Do que não estava anunciado, foi,
segundo informação do “Estrela do Minho”, em 31 de Janeiro de 1932, o voo sobre
Bairro do “avião militar da Amadora, o n.º 12, tripulado pelo Tenente Sr.
Sarmento Pimentel, que desceu até junto aos telhados, lançando de bordo, uma
saudação ao sr. Silva Pereira.” Houve muitos discursos no acto da colocação da
primeira pedra das escolas, assim como na inauguração da Creche-Maternidade,
instalada “num edifício amplo, de linhas elegantes, onde a luz entra a jorros
alegrando os aposentos confortáveis e asseados.“ Continha então duas
enfermarias “com todos os requisitos de higiene e várias dependências
convenientemente instaladas para assistência clínica e cirúrgica.” (“Estrela do
Minho”, 31 Janeiro 1932). Estiveram presentes, para além das associações
famalicenses, caso da Associação Comercial e Industrial, a União Artística Vila
Realense e a Corporação dos Bombeiros Voluntários do Porto. O auditório, nos
vários discursos que se proferiram, ouviram ainda algo do género e tão estranho:
”A bondade dentro de um estado forte e nunca com o terror e a perseguição de um
estado fraco.” As escolas seriam inauguradas em 24 de Janeiro de 1933, com a
presença do amigo de sempre, General Domingos de Oliveira.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-6gKQ8EM9W-Q/WXSMZLqINcI/AAAAAAAAFJ0/3wmYopMzFNsvenoXSOYJF4eA1RiskwJ2gCLcBGAs/s1600/6.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1112" data-original-width="1600" height="222" src="https://2.bp.blogspot.com/-6gKQ8EM9W-Q/WXSMZLqINcI/AAAAAAAAFJ0/3wmYopMzFNsvenoXSOYJF4eA1RiskwJ2gCLcBGAs/s320/6.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas como seria Bairro antes da vinda de Silva
Pereira? Segundo o “Jornal de Notícias”, de 25 de Agosto de 1929, reportagem à
qual voltarei, “uma terra que há bem poucos anos estava coberta de pinheiros e
matos, e que hoje se encontra transformada numa cidade dentro muros com um belo
estabelecimento fabril”. Rebelo Mesquita, com o seu pseudónimo Óscar Flecha,
também nos dá um retracto singular, melancólico e poético de Bairro. Veja-se: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">“Quando
chegámos ao Monte de Laçocos e nos pusemos a olhar por aquela estrada larga que
vai até lá, ao fundo, à estação do caminho-de-ferro – começamos a pensar o que
era em tempos, há talvez uma dezena de anos – aquela freguesia hoje próspera e
linda, industrial e comercial. / Não iremos longe de verdade se afirmarmos que
aquele lugar – como mirante para o Ave que passa lá em baixo – devia ser
extremamente bucólico. / Ermo, talvez triste, de caminhos intransitáveis, devia
ter sido aquela aldeia que hoje, a nossos olhos, tem alguma coisa de belo, de
extraordinário, graças ao seu progresso e à sua indústria. / Bairro é, entre
todas as nossas freguesias, aquela que está em pleno progresso e actividade. /
Do lugarejo triste e abandonado – não há muitos anos – é, hoje, uma terra
próspera, atraente, cheia de beleza.” (“Notícias de Famalicão”, 10 Outubro
1936). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O primeiro retracto sobre a Fábrica de Fiação e
Tecidos, pelo menos aquele que conheço, é do “Jornal de Notícias”, de 25 de
Agosto de 1929. Informa que “tem amplo salões de Fiação, Tecelagem, Tinturaria,
Cardação e grandes armazéns para matérias-primas, etc., todos eles providos de
muita luz e ar, sendo todas as secções bem determinadas e amplas onde se nota
estar o operário à vontade e não acumulados em pequenos recintos e espaços
insuficientes para s maquinismos”. Mais à frente, que a fábrica possui um
“consultório médico” e possui “todos os maquinismos modernos, é movida a
energia eléctrica do Lindoso e tem a mais bem instalada central, sem dúvida, do
Norte do País, sendo todos os motores e material eléctrico fornecidos pela casa
«ASEA», da Suécia. Por intermédio dos seus representantes sr. Jaime da Costa,
Ld.ª, da cidade do Porto”. Escoava os seus produtos para Portugal, as colónias
e para o mercado brasileiro e especializa-se segundo a publicidade, no fabrico
de cotins, cobertores, dos mais simples aos mais artísticos e riscados de
diversas qualidades. A primeira casa de Silva Pereira ficava entre o depósito
de ferro para óleo e a central eléctrica, na qual viveu entre 1916 a 1922,
mudando então para o seu palacete. Dos actos de benemerência, fala-se na
projecção das escolas para o sexo feminino e masculino, uma creche para
crianças e a Avenida que terá o seu nome. Será, contudo, no “Diário da Manhã”,
de 22 de Maio de 1932, que temos referência pela primeira vez às “casas para os
operários”. 1932 será um ano marcante não só pela colocação da primeira pedra
das escolas, como da inauguração da Creche-Maternidade, mas será inaugurada
igualmente a Cabine Telefónica, com a representação da Associação Comercial e
Industrial de V. N. de Famalicão. Presidente da Direcção da referida Associação
em 1931, e não em 1932, como alguns jornais nacionais pretendem assinalar, a
mesma Associação transforma-o em Sócio Benemérito em 1935. Homenagem mais do
que justa, merecendo a distinção de Narciso Ferreira, este Presidente
Honorário. Mas isto deve-se a outros conflitos. A Avenida Silva Pereira já
estaria pronta em 1934, segundo informação do “Estrela do Minho”, de 20 de
Maio: “… a Avenida Silva Pereira, com as suas escolas já prontas, harmonizando
nas suas linhas com o gracioso edifício da creche e outros edifícios elegantes
que se vão estendo ao longo dela” é exemplo do que afirmo. Possivelmente, a
última aparição pública de Silva Pereira revestiu-se no duplo centenário da
fundação de Portugal, cujas comemorações foram celebradas em Bairro, segundo o
“Notícias de Famalicão”, de 8 de Junho de 1940:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-CyeboMcYa1E/WXSMhCqcl4I/AAAAAAAAFJ4/63CTQIUSsEAVzbjNQbpfaMRsFTFZHwmFwCLcBGAs/s1600/aj%2Bsilva%2Bpereira.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="494" data-original-width="1600" height="98" src="https://1.bp.blogspot.com/-CyeboMcYa1E/WXSMhCqcl4I/AAAAAAAAFJ4/63CTQIUSsEAVzbjNQbpfaMRsFTFZHwmFwCLcBGAs/s320/aj%2Bsilva%2Bpereira.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">“De
manhã foi arvorada no adro da Igreja a bandeira da Restauração entre o
estrelejar de numerosos foguetes. De manhã, missa em acção de graças,
assistindo à mesma as crianças das escolas garbosamente vestidas, as
agremiações das freguesias e o grupo desportivo com a sua nova equipa. / No
final da missa dirigiram-se em cortejo para a Escola do Sexo Masculino onde
houve uma sessão solene sob a presença do sr. dr. José Lacerda, ladeado pelo
Sr. A. J. da Silva Pereira e P. Carlos de Lacerda, digno pároco desta
freguesia, estando presente diversas individualidades e muito povo… / Também na
Segunda-Feira, dia 3, as mesmas colectividades chefiadas pelo sr. Padre Carlos
de Lacerda, seguiram em cortejo até á vizinha freguesia de Rebordões, para
saudar o venerando Chefe do Estado na sua passagem a Guimarães, e lhe
ofereceram lindos <i>bouquets</i> de
flores.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Não quero deixar de fazer referência ao majestoso “In
Memorian” que o jornal de V. N. de Famalicão “Notícias de Famalicão”, em 20 de
Dezembro de 1941, realizou a propósito do cidadão António José da Silva
Pereira. Dando-nos a informação que trabalhava já como corrector de algodões, o
que lhe permitiu então angariar alguma experiência profissional no ramo,
caracteriza Bairro como uma “freguesia rural” e, paralelamente, “triste,
taciturna, tinha apenas o romantismo do Ave e das suas margens.” Só que Silva
Pereira chegou para revolucionar Bairro, dando-lhe “uma nova feição e tornava
aquele lugar num centro industrial que se urbanizava de dia para dia.” Bairro
despediu-se “daquele tom triste e passou a ser um grande e próspero centro
industrial. À sua actividade industrial, construiu uma outra, a de
benemerência, "de tal modo que o Governo da Nação conferiu-lhe a Comenda
da Ordem de benemerência.” Mais à frente, explora este “In Memorian” a sua
actividade de benemérito: “… mandou construir uma creche e um lactário,
anexando-lhe, num magnífico e amplo edifício, uma maternidade… mandou construir
as escolas de Bairro, para ambos os sexos, num amplo e magnífico edifício.”
Ainda ao nível da obra social, Silva Pereira criou “uma cantina para o pessoal
e nessa mesmo colocou sala de divertimentos, com bilhares e jogos… Abriu por
sua iniciativa particular uma Avenida e uma estrada que passando pelo lugar da
Granja ligou Bairro à Carreira, encurtando quatro quilómetros da sua freguesia
à sede do concelho.” Relativamente à Igreja Paroquial de Bairro, Silva Pereira
ofertou o altar-mor e as imagens dos santos, entre os quais o São Pedro,
padroeiro de Bairro. No “Diário da Manhã”, já referido, lê-se, a dada altura,
“que desgraçadamente nem todos o compreendem, ou querem compreender.” Julgo que
hoje os seus conterrâneos não o esquecerão, perpetuando cada vez mais a sua
memória e valorizando as suas acções, em prol do bem comum, em quatro áreas, a
saber: vias de comunicação, instrução, “solidariedade social” e na
religiosidade.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Muito obrigado.<o:p></o:p></span></div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-87947240924959125622017-02-03T13:04:00.003-08:002017-02-03T13:37:58.039-08:00A Imprensa e a I República em V. N. de Famalicão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-7rIqgbGZRS0/WJTuCSnchxI/AAAAAAAAFJE/MSjNxOxW7P4is87yNk_jNrFCu6froaAMwCLcB/s1600/ei%2B2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-7rIqgbGZRS0/WJTuCSnchxI/AAAAAAAAFJE/MSjNxOxW7P4is87yNk_jNrFCu6froaAMwCLcB/s320/ei%2B2.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Para
as comemorações do 105.º Aniversário da Implantação da República em Portugal, a
Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão organizou
em 2015, através do Museu Bernardino Machado, a exposição “A Imprensa e a I
República em V. N. de Famalicão”, a qual se encontra agora reposta, na sala de exposições e de conferências "Júlio Machado Vaz", até ao dia 5
de Março de 2017, no mesmo Museu. Nas palavras do Presidente da Câmara
Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, no catálogo publicado sobre a mesma
exposição, se, por um lado, refere “a valorização da história local”, por outro
lado, na mesma exposição “propõe-se divulgar e perpetuar na memória dos famalicenses, a
extraordinária dinâmica da imprensa famalicense neste período conturbado da
história política nacional…” Paralelamente, a exposição contém referência a três partidos, com as suas comissões municipais, a saber: Partido Republicano Português, Partido Republicano Evolucionista e Partido Republicano Radical, relacionando-se, um pouco, desta forma, com o Ciclo de Conferências deste ano, o qual diz respeito aos "Partidos e as Grandes Questões da I República".</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-euAuhVa0xx4/WJTuG_WGnUI/AAAAAAAAFJI/zM47vLjpUdoAt1-WKEpQv16bEy_uLoXPwCLcB/s1600/ei%2B4%2B%25282%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://4.bp.blogspot.com/-euAuhVa0xx4/WJTuG_WGnUI/AAAAAAAAFJI/zM47vLjpUdoAt1-WKEpQv16bEy_uLoXPwCLcB/s320/ei%2B4%2B%25282%2529.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;"> </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">Numa primeira abordagem, o que convém questionar
é se, de facto, o republicanismo em V. N. de Famalicão através da imprensa, na
divulgação do seu ideário, teve o seu efeito prático. Na realidade, num
primeiro momento, quando Sousa Fernandes em 1909, na inauguração do Centro
Republicano Dr. Bernardino Machado, salienta a importância dos centros
republicanos como meio de propaganda e de instrução, foca, enquanto
instrumentos para tal fim, o jornal, o livro e a conferência. Contudo,
pretende-se aqui enunciar cinco áreas concretas à volta da imprensa
famalicense, entre o período histórico da última década da monarquia e os anos
da I República, a saber: os periódicos republicanos, os periódicos de
transição, os periódicos informativos e noticiosos, os periódicos literários e
humorísticos e os periódicos associativos. Se no caso dos periódicos
republicanos a caminhada teve início de forma simplista com “A Egualdade” (1885),
o ideário republicano justifica-se com a “Nova Alvorada” (1891-1903) perante as
comemorações das figuras gradas da cultura nacional e internacional (e mesmo
locais) e o jornal “O Porvir” (1895-1897, 1906-1907 e 1910-1914), num combate
anti-jesuítico e catolicista. Desta forma, primeira conclusão que se pode retirar
é da aposta, numa primeira fase, por parte dos republicanos famalicenses, no
discurso cultural, face ao discurso político, este já acentuado, numa segunda
fase, com “O Porvir”. Face à irregularidade deste jornal, os republicanos
evolucionistas de V. N. de Famalicão publicariam o “Desafronta”, com Francisco
Maria de Oliveira e Silva, um dissidente da Comissão Municipal do Partido
Republicano Português, e, só muito mais tarde, nos anos 20, iria surgir “O
Clarão” (1920-1921), o porta-voz do operariado do concelho famalicense, e o
semanário republicano “O Democrata” (1922-1923), ambos tendo na frente a figura
de António Gonçalves Branco (1891-1972). Como se vê, tal como a nível nacional,
as cisões partidárias do Partido Republicano Português tiveram não só
influência na constituição de novas comissões municipais, como igualmente na
formação dos seus órgãos de imprensa, caso dos evolucionistas e dos radicais.
Estes, em 1925, constituíam não só a Comissão Municipal do Partido Republicano
Radical, como igualmente o seu órgão de propaganda com o título “O Minhoto”.
Por seu turno, e nos periódicos de transição, e já na I República, há,
indiscutivelmente um nome que convém reter, o de Joaquim José da Rocha
(1874-1930), tipógrafo e o patrão da Tipografia Aliança. De facto, e face à
imprensa republicana, desde 1899 que o Partido Regenerador contou com três
títulos, tendo sido o de maior longevidade “O Regenerador” (1899-1910), já se
realçando no jornal então fundado por Monsenhor Santos Viegas, Joaquim José da
Rocha, director e proprietário. Já na parte final da monarquia, os
regeneradores famalicenses publicavam mais dois títulos efémeros, nomeadamente
o “Notícias de Famalicão” (1910), sendo director Guilherme da Costa e Sá e na
administração encontrámos o nome de António Maria Pereira (1878-1953),
franquista em 1907, então jovem professor, e o “Novidades de Famalicão”
(1910-1912), tendo como director e redactor principal Manuel José Rodrigues,
incorporando-se mais tarde, na I República, na comissão municipal do Partido
Republicano Liberal. Por outro lado, por parte do Partido Progressista, a
comunidade famalicense deparava-se com o jornal “O Famelicense” (1908-1914),
destacando-se o nome de José Maria da Graça S. de Sousa Júnior.</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">Se,
em parte, os republicanos famalicenses contavam com o “Estrela do Minho”
(1895-1969) de Manuel Pinto de Sousa, o fundador da Tipografia Minerva, como
seu editor, proprietário e director, dando uma marca pessoal de político
republicano laico e de independência e estando presente do princípio ao fim nas
comissões republicanas-democráticas famalicenses, os monárquicos e os
conservadores, assim como alguns dissidentes republicanos, particularmente
oriundos dos evolucionistas, tiveram em V. N. de Famalicão o seu porta-voz
incontestável, Joaquim José da Rocha. Para além de ter sido proprietário do
semanário independente “Aptas” (1910), ao lado de Elpídio Brandão Peixoto
(director e editor), o mesmo sucedendo com “A Paz” (1910-1911), surge em 1912
com a “Tribuna”, aqui já como editor e proprietário, secundado agora por Abílio
Pereira de Araújo como director. Perante a efemeridade destes três títulos,
será com a “Gazeta de Famalicão” (1914-1919), denominando-se “semanario
monárquico”, e com “A Paz” (1919-1930), designando-se como “semanario conservador
independente”, estes dois últimos títulos de maior longevidade, que Joaquim
José da Rocha, de uma forma ou de outra, elabora não só o seu percurso
ideológico, como igualmente o dos monárquicos e dos conservadores famalicenses,
alcançando o seu apogeu com o pimentismo, na vitória das eleições municipais de
1917, no sidonismo e na monarquia do norte, numa constante reivindicação aos
valores de uma “pátria” já ida e em constante remodelação.</span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Ao
lado destes periódicos informativos e noticiosos, dos republicanos e de
transição, a imprensa em V. N. de Famalicão toma um outro rumo, nomeadamente o
literário e o humorístico, sem esquecer, como é óbvio, a cultura sempre
presente nas páginas do “Estrela do Minho”, pontificando Camilo Castelo Branco
e a Casa de Seide. No primeiro caso, conta-se nos seus corpos directivos e
redactoriais personalidades conservadoras, oriundas do monarquismo franquista e
de regeneradores, ao lado de uma nova geração que então começava a dar os seus
primeiros passos nas lides jornalísticas. Neste último caso, temos o
quinzenário humorístico, literário e noticioso “O Sonho” (1915-1916), estando
aqui como editor Alexandrino Costa e na direcção o então ainda jovem
republicano Alberto Veloso de Araújo, “O Pandilha” (1913-1914) e as três séries
de “O Sorriso” (1909, 1912 e 1915), pontificando nomes como Daniel Correia
Guimarães, António Maria Pereira, Joaquim Fortunato de Almeida, Alfredo Saraiva
Sampaio e o de Francisco Mesquita de Araújo; e se já o “Novidades de Famalicão”
em 1911 publica “O Sorriso” em seis números, uma página literária dedicada às
damas famalicenses, sendo responsável A. Fontes, tais jornais, diga-se, sem
excepção, radicalizam-se numa estética naturalista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Surgem-nos,
finalmente, os periódicos associativos, destacando-se indiscutivelmente “A
Lavoura do Minho” (1912-1925), órgão de imprensa da Associação de Agricultura
Famalicense, esta criada em 1912 e transformada em Sindicato Agrícola em 1913. No
âmbito da ideologia republicana para a defesa e a divulgação da agricultura, destacaram-se
nomes como os de Duarte Maria Menezes, Joaquim Moreira Pinto e Guilherme da
Costa e Sá (integrou a equipa do jornal regenerador “Novidades de Famalicão”)
e, no fim deste jornal, surgiria em Landim “O Guia do Agricultor” (1925-1935),
com nomes como os de Abílio Gomes da Costa, Augusto Padrão e António Cândido de
Sousa, conservadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Com
a criação do Orfeão Famalicense (1916), surgiria o título “O Orfeonista”
(1916-1917), com nomes como Alexandrino Costa e Mário Lima na administração, redactor-chefe
Alberto Veloso de Araújo e tinha uma direcção de propaganda: ao lado dos já
nomeados, acrescenta-se os de António Maria Pereira e Carlos Alberto Oliveira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Paralelamente,
o Grupo Desportivo Famalicense, que nascia no ano de 1922, fundava no mesmo ano
“Vida e Sport”, sendo seu proprietário e editor Uriel Dias Marques.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Concluindo,
se num primeiro momento o ideário republicano se impôs na comunidade
famalicense através da imprensa, particularmente pela cultura, num segundo
momento é clarividente a projecção conservadora e monárquica, que suplantará a
imprensa republicana. Indiscutivelmente, que as consequências serão
desastrosas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10.0pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-87056328450019953612017-02-02T14:33:00.000-08:002017-02-02T14:33:01.455-08:00Crónicas (im)prováveis<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-Pc_KRLlsnOI/WJOs5zEmmAI/AAAAAAAAFIo/EiBdgSfsvD0ruqo88jJSsD730Kvbqq_yACLcB/s1600/VNF.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://4.bp.blogspot.com/-Pc_KRLlsnOI/WJOs5zEmmAI/AAAAAAAAFIo/EiBdgSfsvD0ruqo88jJSsD730Kvbqq_yACLcB/s320/VNF.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: right;">
"Um artigo sobre coisa nenhuma."</div>
<div style="text-align: right;">
Chesterton</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Para o Dr. Sá Marques, que já tinha saudades destas linhas</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com esta imagem fabulástica de Vila Nova de Famalicão, nos princípios dos anos oitenta do século passado, tirada com a minha máquina "Lumix", cuja lente é da Leica, de um dos jornais famalicenses, dou início a estas crónicas pouco prováveis. As novas medidas de Donald Trump, aquele novo Presidente dos Estados Unidos, ao qual não lhe dou mais que dois prováveis anos, possivelmente o Senado ou o Congresso ainda o vão demitir, baseadas numa filosofia política na evocação do nacionalismo (ou não tivesse decretado o dia do nacionalismo), coloca a questão do nacionalismo político enquanto virtude política ou não. Exemplo disso mesmo é a política da imigração, colocando os americanos e o mundo em estado de choque. Depois, ainda hoje nos noticiários, destacou-se a extrema-direita francesa, cuja segurança de Marine Le Pen agrediram os jornalistas, impedindo assim a liberdade de imprensa. Tais acontecimentos, para além da questão do muro trumpista (mas já a Europa edificou igualmente algo do género) revelam o improvável do ser humano. No caso da Europa, esta é de fraca memória. Os migrantes continuam a assolar-nos e ainda apareceu mais uma criança morta! Eis a tragédia. O mundo está eclipsado nas suas vanguardas catastróficas e a classe política encontra-se indigente. Salva-nos desta catástrofe, num dia como este, melhor, numa noite como esta, com chuva e frescota, o amor, os livros e estas linhas sobre coisa nenhuma e alguma coisa. Mas as catástrofes sempre existiram, mesmo no mais trivial do mundo, na nossa experiencialidade finita, em busca sempre da esperança. às vezes ficamos estupefactos por algumas afirmações e aqueles títulos jornalísticos bombásticos, com aquele preto carregado, a anunciar algo. Neste caso, revelou-se que candidato socialista à Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão,se for eleito, vai dar mais dinheiro aos famalicenses! Concerteza que a comunidade famalicense se deve ter rido bastante, já que o governo socialista anda para aí a tirar o nosso dinheirinho aos ordenados, melhor, ao subsídio de natal, a esses estúpidos duodécimos, e às pensões, como se estas fossem as melhores do mundo! Dizem os nossos políticos governamentais que irão devolver o retirado, mas cá o autor destas linhas é como S. Tomé, só acredita quando vir no seu recibo tal retribuição. Às vezes também comento que o nosso IRS precisava de uma reformulação, de uma profunda reforma. Entre a coligação de direita e este governo socialista, venha o diabo e escolha: se o primeiro apostava mais nos impostos directos e indirectos, o segundo anda a apostar nos impostos indirectos e, de forma estratégica, nos directos. Portugal continua a viver nas suas melhores ilusões. Talvez a próxima crónica seja mais optimista, talvez sobre o novo filme de Scorsese e o seu "Silêncio", ao lado do silêncio de Endo, um silêncio que falta muito na sociedade contemporânea. Mas este silêncio é outro. Assim vamos.</div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-61326333949221030842017-01-18T11:48:00.000-08:002017-01-18T12:54:12.503-08:00Camilo III<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-eRJzSLp8VFA/WH_A5lOh2mI/AAAAAAAAFIE/D-xnQlN1vowCW1WxSleGyvxT6h_LPGPpACLcB/s1600/img722.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-eRJzSLp8VFA/WH_A5lOh2mI/AAAAAAAAFIE/D-xnQlN1vowCW1WxSleGyvxT6h_LPGPpACLcB/s320/img722.jpg" width="209" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-CIHfyi2A_JQ/WH_ItR3NDqI/AAAAAAAAFIU/Vh5suNj-TJkOXJ7PCkMP4ABf5hquvWozACLcB/s1600/P1300514.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-CIHfyi2A_JQ/WH_ItR3NDqI/AAAAAAAAFIU/Vh5suNj-TJkOXJ7PCkMP4ABf5hquvWozACLcB/s320/P1300514.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
Depois dos "Contos, Novelas Curtas e Romances Breves" (em dois volumes) na Camiliana do Círculo de Leitores, com recolha, prefácio e notas de José Viale Moutinho, saiu recentemente o terceiro título desta mesma Camiliana, desta vez com o título "Cartas Escolhidas". Esta mesma colecção foi apresentada no Centro de Estudos Camilianos em 2016, mais precisamente em 10 de Setembro, ao fim da tarde; e lembro-me porque nesse mesmo dia realizei uma conferência sobre Camilo em Ribeira de Pena com o título "Uma Aventura Camiliana entre a Filosofia e a Literatura". Foi um magnífico reencontro entre um curioso pelo mundo camiliano e um investigador nato do mesmo mundo, diga-se, José Viale Moutinho. Na verdade, apresentou esta colecção camiliana com o seu humor e ironia típica e Camilo deve ter gostado e rido bastante. Imagino os dois juntos em grandes risadas. O curioso pelo mundo camiliano mais espantado ficaria quando o investigador nato anuncia o seu nome e diz: "O meu amigo tal que anda para aí com a ideia do Camilo filósofo..." e diga-se, não sem humor e ironia, apresentou, se bem me lembro duas frases típicas camilianas para apresentar o seu Camilo filósofo, entre o riso e a gastronomia - tal referência ao curioso do mundo camiliano valeu-lhe alguns maus olhados no fim da sessão... Mas o Camilo filósofo para o curioso do mundo camiliano é essa mesma representação da vida, na essência do humano, entre o riso e a gastronomia, entre os amores e os desamores, as relações e por aí fora. Veja-se o que nos diz, a dado passo, Viale Moutinho, na introdução: "... a organização desta ampla antologia, a minha ideia foi fazer uma amostragem do discurso direto camiliano, ao longo da sua vida. Temos aqui os mais diversos momentos em que ele reagiu...", isto é, na complexidade das situações que a própria vida oferece, a sua essência. O curioso do mundo camiliano vai, decerto, maravilhar-se com estas páginas e tirar mais uns apontamentos para o seu Camilo filósofo. Para finalizar, o nosso amigo comum Camilo Castelo Branco (que está com saudades das ficções moutinianas), agradece mais este trabalho ao seu confrade em letras José Viale Moutinho, enviando um grande abraço fraterno.</div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-8664816612491883482017-01-16T13:05:00.002-08:002017-01-16T13:05:49.134-08:00Barack Obama<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-DuBQu_yuQEs/WH0yYgAZv5I/AAAAAAAAFH0/MCqkfdyBujM7QRW4E6HavBSvUwZbIPfugCLcB/s1600/img721.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-DuBQu_yuQEs/WH0yYgAZv5I/AAAAAAAAFH0/MCqkfdyBujM7QRW4E6HavBSvUwZbIPfugCLcB/s320/img721.jpg" width="229" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
O postal que aqui trago hoje, da minha colecção, é a caricatura de Achille Superbi (Itália), cujo trabalho obteve a menção honrosa no PortoCartoon (Museu Nacional da Imprensa) de 2009 com o título "O Riso do Mundo". Possivelmente, Obama, longe de imaginar que se viria a rir do seu sucessor, Donald Trump (num mundo rodeado de trumpamania, entre a ignorância e a estupidez), não pensou igualmente que os seus concidadãos votassem no nacionalismo e no comunitarismo retrógrado, O que nos leva a supor que os americanos não leram nunca, e mesmo se o ouviram, nas seguintes palavras em "Triunfo da Esperança sobre o Medo", discurso proferido em Washington, D. C., mais precisamente no dia 20 de Janeiro de 2009: "O que os cínicos não conseguem compreender é que o chão se deslocou debaixo dos seus pés, que os argumentos políticos caducos que nos consumiram durante tanto tempo já não se aplicam." O problema é que o cinismo povoa cada vez mais, esse cinismo máscara sem valores, num mundo cujo paradigma que conhecemos se encontra em profunda alteração, devido aos extremismos que assaltam uma Europa, a qual, pelos vistos, parece não ter apreendido nada com duas guerras mundiais. </div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-39799880680200286102017-01-13T12:52:00.000-08:002017-01-13T12:52:28.153-08:00Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-tQn0oIsjy40/WHkqiXRnHKI/AAAAAAAAFHk/DVTK0s7ScWgiymUhzigvfzWNfdH_EveowCLcB/s1600/companhia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-tQn0oIsjy40/WHkqiXRnHKI/AAAAAAAAFHk/DVTK0s7ScWgiymUhzigvfzWNfdH_EveowCLcB/s320/companhia.jpg" width="195" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
LEAL, Joana d`Eça</div>
<div style="text-align: justify;">
Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro. Joana d`Eça Leal. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2016. 142 p. (Biografias do Teatro Português; 1).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eis um livro com uma nova lufada de ar fresco a propósito dos estudos sobre o teatro em Portugal. Ao lê-lo, com novas perspectivas e abordagens historiográficas, culturais e sociológicas entre a relação de actores e actrizes com as suas companhias ou então o relacionamento que estabeleceram com a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro, assim como no meio em que estão inseridos(as), a mim, particularmente, foi inspirador e com novas pistas de trabalho para desenvolver o projecto em curso "Em Busca de uma Identidade", mas este mais centrado em Vila Nova de Famalicão, numa leitura multidisciplinar. Se a actividade teatral tem, em princípio, início em 1842 na conhecida denominação "Casa de Tiatro" (António Joaquim Pinto da Silva, <i>Imagens Famalicão Antigo</i>, 1990), conhecendo ainda pouco da actividade da mesma até ao final do século XIX, mas com algumas indicações proveitosas, principalmente nos últimos quinze anos ou vinte anos, faltando ainda consultar a imprensa famalicense dessa mesma época, outra realidade já é demonstrada desde o início do século XX, cujas fontes já se vão encontrando mais acessíveis. Se o projecto em causa abarca o cinema, o teatro e as festas e os espectáculos entre a Monarquia e a I República (1900-1926), esta "Em Busca de uma Identidade" no encontro das raízes culturais famalicenses permite abranger uma rica leitura interpretativa societal, cujas pistas inaugurais poderão ser encontradas em "Portas da História - Vila Nova de Famalicão: 1835-2015 - I" (Vila Nova de Famalicão: Câmara Municipal, 2015). Relativamente ao tema que aqui proponho tratar, devido ao livro de Joana Leal, o teatro e a companhia em causa, a autora, que explora a problemática das digressões, e baseando-se numa notícia lida no "Diário de Notícias", de 6 de Agosto de 1921, focando então as famosas "tournées", evoca várias cidades por onde a companhia passava e, já na parte final, fala em "outros locais". A estes outros locais podemos acrescentar Vila Nova de Famalicão. De facto, e já na transicção da ditadura militar para o Estado Novo, a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro vem a Famalicão actuar no célebre, e agora inexistente, Salão-Teatro Olímpia. Mas, para além desta companhia, desde 1900 várias são as companhias, que a autora cita no livro, e as personalidades ligadas ao teatro que vêm a Famalicão actuar. Se até ao final da Monarquia a Companhia Teatro Lisbonense denomina o panorama da actividade teatral, actuando várias vezes em 1902, 1904 e 1906, a qual irá construir o "barracão" no então Campo Mousinho de Albuquerque para o desenvolvimento da mesma (aparecendo, por exemplo, a Companhia Dramático «Ernesto Freitas» ou a Companhia de Variedade Artur Ângelo), por seu turno, na primeira década da I República vai aparecer uma "Troupe de Variedades" (composta por artistas do Coliseu de Recreios), a Companhia Marianny, os Comediantes de Lúcifer, a Companhia de Declamação e Opereta de Lisboa; por sua vez, e já na segunda década, esta será marcada indiscutivelmente pela Companhia Carlos de Oliveira, (companhia que a autora não fala), mas vão aparecer em Famalicão as companhias do Teatro Apolo, Adelina Abranches, do Ginásio de Lisboa (Maria Matos, Mendonça de Carvalho), Luz Veloso, José Vaz, Eduardo Raposo, Ilda Stichini-Rafael Marques, Palmira Bastos, Lucília Simões-Eurico Braga, Ester Leão-Gil Ferreira, Cremilda de Oliveira-Sales Ribeiro, Alves da Cunha-Berta de Bívar ou Rafael de Oliveira. O que é certo, é que a partir de 1931 o teatro em Vila Nova de Famalicão não será relevante, não aparecendo as digressões das grandes companhias. Os famalicenses vão recorrer a outros lazeres, caso do cinema, que surgiu em 1908, com a projecção do sonoro em 1935 (aparecendo noutras localidades mais cedo), ou então nas festas tradicionais, agora com características marcadamente nacionalistas.</div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-85383579311496654292017-01-08T07:21:00.001-08:002017-01-08T11:40:52.276-08:00Primeiras Leituras do Ano<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-mE-38IQMZSo/WHJYfEI3tVI/AAAAAAAAFHU/iTqLdtA2AM8AiIwn511AQtqpjJ4IZ2YcQCLcB/s1600/img718.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-mE-38IQMZSo/WHJYfEI3tVI/AAAAAAAAFHU/iTqLdtA2AM8AiIwn511AQtqpjJ4IZ2YcQCLcB/s320/img718.jpg" width="238" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje fiz a minha peregrinação a Mário Soares. Com um sol agradável, um pouco de frio, após o primeiro café matinal, lá fui até ao quiosque mais perto para comprar os jornais do dia. Mais do que relembrar os titulos que os jornais evocam (desde os noticiosos aos desportivos), e para além do do que tenho ouvido nos canais informativos, hoje devo-lhe, de certa forma, estas linhas, escritas em liberdade. Possivelmente, em ditadura, não as iria escrever, ou se as escrevesse seriam censuradas. Depois, com os jornais, uma rápida ida ao alfarrabista e lá encontrei a entrevista de Mário Soares "Portugal: que revolução?", publicado em 1976, uma entrevista conduzida em diálogo com Dominique Pouchin, encontrando igualmente de Victor de Sá "Regressar Para Quê?", com uma dedicatória curiosa: "Para o velho Amigo Américo Campos Costa, respondendo à sua pergunta - "E agora o que vais fazer?" - e em confirmação da minha estima de sempre", com a data de Abril de 1970. Desde o início do ano que tenho adquirido a nova colecção do jornal"Público" dedicada ao fado, mas também numa releitura ao "Romanceiro do Povo Miúdo", de Lino Lima, um outro combatente à ditadura salazarista e um combatente pela liberdade, cujo centenário de nascimento o Município de Vila Nova de Famalicão vai este ano comemorar. Paralelamente, à leitura do livro de Lino Lima, os livros de Santos Simões, Eduardo Ribeiro, Santos Simões, Armando Bacelar ou o livro "Os Democratas de Braga", organizado por Artur Sá da Costa, Henrique Barreto Nunes e José Viriato Capela, vão servir de apoio para uma compreensão mais abrangente do que esses resistentes pela liberdade não só no distrito de Braga, como a nível nacional, realizaram. Puxo agora de um cigarro e ontem já me deliciei com Ingmar Bergman e a sua "Lanterna Mágica", a bom preço na Bertrand, assim como "A Morte da Canária", de S. S. Van Dine, Registo, indiscutivelmente, adquirido hoje a bom preço o folheto publicado em 1961 sobre Vila Nova de Famalicão e as "Ambições Frustradas" de Alberto Moravia. Mas Mário Soares ficará indiscutivelmente, quer se goste ou não, na História de Portugal, ultrapassando as fronteiras, na sua dimensão europeia e mundial. Para além da Liberdade e da Democracia, actualmente em deriva, o que nos fica de Soares é que aquilo em que acreditamos e não devemos desistir e lutar por uma sociedade melhor. Retribuo com um abraço fraternal o abraço com que me dedicou em 2014 na Academia das Ciências da História, a propósito da Lição que realizou sobre Bernardino Machado, no livro cuja capa aqui publiquei ontem. Já está com os deuses a pôr ordem política no Olimpo. Das palavras que então proferiu sobre Bernardino Machado, tal como o próprio Mário Soares, evoco a fidelidade aos valores da liberdade e da democracia. A imagem reproduzida é a primeira página do jornal "Público".</div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-52343136626711973272017-01-07T13:08:00.003-08:002017-01-07T13:08:46.887-08:00Mário Soares (1924-2017)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-isLeDFRWdzc/WHFYqB2QufI/AAAAAAAAFHE/y7U6K8JC_qcJUcT7R79eCQofEqUPl9TLQCLcB/s1600/img717.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-isLeDFRWdzc/WHFYqB2QufI/AAAAAAAAFHE/y7U6K8JC_qcJUcT7R79eCQofEqUPl9TLQCLcB/s320/img717.jpg" width="225" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
"Portugal é uma terra de liberdade onde cabemos todos" (Mário Soares)</div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-84889545656624312982016-12-31T11:28:00.002-08:002016-12-31T11:28:44.923-08:00Últimas Leituras do Ano<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-85XQhHxMw_8/WGgENOghN5I/AAAAAAAAFGs/hmAWoxPC8uYOfw-r1HcBn3F88cxR3l5nQCLcB/s1600/RAP.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-85XQhHxMw_8/WGgENOghN5I/AAAAAAAAFGs/hmAWoxPC8uYOfw-r1HcBn3F88cxR3l5nQCLcB/s320/RAP.jpg" width="209" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-M7WtU6i9qr4/WGgEPriYqbI/AAAAAAAAFGw/qhVIhCU3l1IoLinvlLGih2HiynNHaK_BwCLcB/s1600/DD.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-M7WtU6i9qr4/WGgEPriYqbI/AAAAAAAAFGw/qhVIhCU3l1IoLinvlLGih2HiynNHaK_BwCLcB/s320/DD.jpg" width="206" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-YV2i1Ld7phw/WGgETZjF40I/AAAAAAAAFG0/b7JH3lai_E4p2roWh4tLh2AkVD2huwFXwCLcB/s1600/TG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-YV2i1Ld7phw/WGgETZjF40I/AAAAAAAAFG0/b7JH3lai_E4p2roWh4tLh2AkVD2huwFXwCLcB/s320/TG.jpg" width="205" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E assim, de vez em quando, o nosso cânone leitoral é destronado. Estas últimas leituras do final do ano de 2016, quase, quase a chegar ao fim, entre Delillo, Araújo Pereira e Teolinda Gersão revelaram, afinal de contas, grandes surpresas. Se de Delillo cito "Seria a barba que um homem deixa crescer quando deseja entrar numa nova dimensão da fé?", apenas comento, e neste caso respondo, que também um homem pode deixar crescer a barba a pedido da namorada e assim estaremos perante uma barba amorosa; ou então, "se os momentos banais constituem a vida", poderá ser através de Teolinda Gersão que se comenta essa mesma afirmação de Delillo: afinal de contas "o diabo não está sempre atrás da porta", o que é até revelador, porque assim podemos caminhar sempre em busca da felicidade nesses mesmos momentos que fazem o nosso universo dentro do universo infinito. Mas se o livro de Ricardo Araújo Pereira não nos fala em Bergson e na sua teoria do riso e do humor, é um livro que vale a pena ler, na sua aventura entre a literatura, o cinema e a filosofia. Desejo umas boas entradas e um magnífico ano, aquele que se avizinha, o de 2017, com grandes leituras.</div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-67688609967627617622016-12-29T11:48:00.001-08:002016-12-29T11:48:19.034-08:00Afonso Cruz<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-gxGyHdQjsQs/WGVn26_R9kI/AAAAAAAAFGc/i-Y4II7KrOEoVB3DEZOgcGVjtkVbTau1gCLcB/s1600/img633.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-gxGyHdQjsQs/WGVn26_R9kI/AAAAAAAAFGc/i-Y4II7KrOEoVB3DEZOgcGVjtkVbTau1gCLcB/s320/img633.jpg" width="188" /></a></div>
<br />
<br />
"É fácil um ser humano tornar-se infinito: basta ser amado." De Afonso Cruz, melhor, Malgorzata Zajac. [Acrescento: e amar!]amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-65207133915387273212016-12-08T10:17:00.002-08:002016-12-08T10:17:26.472-08:00A ACIF e os seus 105 anos de vida!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-8INhjNcG2XE/WEmjiJJ3Z3I/AAAAAAAAFGE/5SV8uX7-LUId6XZvk9xLjd8FUR7ZgnS2wCLcB/s1600/img531.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://4.bp.blogspot.com/-8INhjNcG2XE/WEmjiJJ3Z3I/AAAAAAAAFGE/5SV8uX7-LUId6XZvk9xLjd8FUR7ZgnS2wCLcB/s320/img531.jpg" width="320" /></a></div>
<br />amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-27634995785942182562016-10-12T05:26:00.003-07:002016-10-12T05:26:33.955-07:00Fórum do Livro de Macau (24 de Outubro a 3 de Novembro 2016)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-sfbJT_DWP30/V_4qIMkQj2I/AAAAAAAAFFk/tIANwsf3N70QDrCa8YU8WjrhKeW0sxNJwCLcB/s1600/cartaz%2Bforum%2B2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-sfbJT_DWP30/V_4qIMkQj2I/AAAAAAAAFFk/tIANwsf3N70QDrCa8YU8WjrhKeW0sxNJwCLcB/s320/cartaz%2Bforum%2B2.jpg" width="226" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
Amadeu Gonçalves</div>
<div style="text-align: center;">
Conferência</div>
<div style="text-align: center;">
Museu do Oriente</div>
<div style="text-align: center;">
"Manuel da Silva Mendes: entre Vila Nova de Famalicão e Macau"</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Resumo</div>
<div style="text-align: justify;">
Evocar Manuel da Silva Mendes em duas vertentes: em Vila Nova de Famalicão e em direcção a Macau. Em Vila Nova de Famalicão, salientar a sua vida social, o seu, nas suas palavras. "republicaneirismo", e a sua actividade cívica e cultural, implicando a publicação dos seus primeiros textos com a chancela da Tipografia Minerva, ou a sua colaboração em jornais como "O Porvir", "O Minho" ou em "O Regenerador". Em direcção a Macau, mais do que uma ruptura, uma continuidade em direcção à Filosofia Oriental e, particularmente, ao individualismo ético e social do Taoísmo (entre o anarquismo e o taoísmo). Em Vila Nova de Famalicão encontrará esse caminho na figura de Guilherme Tell, nessa imagem individualista anárquico-metafísico na linguagem poética de Schiller. Mais do que com John Rawls, Manuel da Silva Mendes iria simpatizar-se com Robert Nozick</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">• Dia 24 de Outubro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">15H00 - Inauguração da Grande Feira do
Livro de Macau em Lisboa (editoras de Macau e de Portugal) na Livraria do
Turismo de Macau na Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">18H30 – Sessão oficial de abertura da
Semana do Livro de Macau em Lisboa, no Centro Científico e Cultural de Macau,
com duas conferências:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">18H45 – “Macau: livros e leituras. Séc. XVI
e XVII”, pelo Prof. Luis Filipe Barreto, presidente do CCCM<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">19H30 – “O Delta Literário de Macau”, pelo
Prof. José Carlos Seabra Pereira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">Exposição bibliográfica<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 3.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">• Dia 25 de Outubro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">Delegação Económica e Comercial de Macau em
Lisboa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">18H30 – Mesa redonda acerca dos livros
sobre Macau publicados em Portugal, moderada pela Dra. Margarida Duarte<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 3.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">• Dia 26 de Outubro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">18H00 – Conferências, no Museu do Oriente,
pelos Dr. António Aresta, “Manuel da Silva Mendes: Razão e Mistério” e Dr.
Amadeu Gonçalves, “Manuel da Silva Mendes: entre Vila Nova de Famalicão e
Macau”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">19H30 – Lançamento do livro <i>Macau Histórico e Cultural</i>, de autoria
de António Aresta, apresentado pela Dra. Celina Veiga de Oliveira<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 3.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">• Dia 27 de Outubro <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">Delegação Económica e Comercial de Macau em
Lisboa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">16H00 – Conferência “A nova vertente
editorial de Macau ligada ao ensino do português na China” e apresentação do
livro <i>Uma Língua para Ver o Mundo.
Olhando o Português a Partir de Macau</i>, pelo Prof. Carlos André<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">18H30 – Lançamento do livro <i>Arquivo das Confissões/Bernardo Vasques e a
Inveja</i>, de autoria de Carlos Morais José, apresentado pela Prof.ª Ana Paula
Laborinho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 3.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">• Dia 28 de Outubro <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">Delegação Económica e Comercial de Macau em
Lisboa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 14.2pt;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">18H30
– Conferência “</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">Sobre a literatura chinesa
moderna de Macau”</span><span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">, pela Prof.ª Han Li Li. </span><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">Coordenação da Dra. Tereza Sena<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 3.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;"> •
Dia 29 de Outubro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">16H00 – Sessão sobre Poetas de Macau (com evocação
de Camilo Pessanha), na Fundação Casa de Macau em Lisboa, no Príncipe Real, com
a presença do Ministro da Cultura. Coordenação do Dr. Sales Lopes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">18H30 – Chá gordo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 3.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">• Dia 31 de Outubro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">15H00 – Conferência tendo por tema os
livros de Direito publicados em Macau, na Universidade Católica, pela Dra.
Filipa Guadalupe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">Sessão patrocinada pela Fundação Rui Cunha<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 3.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">18H30 – Lançamento do livro de Shee Va, <i>Espíritos</i>, apresentado pela Dra. Beatriz
Basto da Silva, na Delegação Económica e Comercial de Macau <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 3.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">• Dia 1 de Novembro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">17H30 – Conferência “</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">Macau
Visto do Mar: olhares sobre a cidade de marinheiros portugueses do século XX”</span><span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">, pelo Prof. Alfredo Gomes Dias, no Clube Militar Naval.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">Sessão patrocinada pela Fundação Jorge
Álvares<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 3.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">• Dia 2 de Novembro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">Delegação Económica e Comercial de Macau em
Lisboa<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">18H30 – Conferência sobre as Histórias de
Macau, pela Dra. Beatriz Basto da Silva, na Delegação Económica e Comercial de
Macau<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 3.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">• Dia 3 de Novembro</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">18H30 – Evocação de Maria Ondina Braga, em
sessão orientada pelo Dr. José António Barreiros, na Biblioteca Nacional de
Portugal <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="color: #262626; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">Consultadoria científica do Fórum: Dra.
Tereza Sena (do Instituto Politécnico de Macau)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3279253189508678179.post-35481826839124327242016-09-29T15:22:00.001-07:002016-09-29T15:22:14.355-07:00A I Grande Guerra e V. N. de Famalicão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-ZUTJe07nSzE/V-2OkFLM6MI/AAAAAAAAFFA/pcxNraW-BU0Y2vku7pApT7KVNY7P3kxQwCLcB/s1600/capa%2Bboletim.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-ZUTJe07nSzE/V-2OkFLM6MI/AAAAAAAAFFA/pcxNraW-BU0Y2vku7pApT7KVNY7P3kxQwCLcB/s320/capa%2Bboletim.jpg" width="254" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Foi apresentado recentemente o número duplo 8/9 (2014-2015) da IV série do "Boletim Cultural" da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão. Dividido em quatro capítulos temáticos, a saber, i) "Entre a Monarquia e a I República", ii) "Raízes Históricas", iii) "Património Cultural" e iv "Oposição Democrática", contém colaboração de António Joaquim Pinto da Silva, António José Queiroz, Artur Sá da Costa (assim como também coordenador editorial do mesmo), Filipa Sousa Lopes, Jorge Fernandes Alves, José Manuel Tengarrinha, entre outros. De Amadeu Gonçalves contém "A I Grande Guerra e as suas repercussões em Vila Nova de Famalicão. O Monumento aos Mortos da Grande Guerra". <span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Ao citar Eduardo Lourenço ("… somos o Édipo
da História, ou, por outra, a História é que é realmente a Esfinge. Não é a
solução, a resposta, é a questão em si mesma, e nós estamos sempre a ser
questionados sem cessar por aquilo que somos, por aquilo que fazemos. A
História não é outra coisa que não seja o que fazem os homens. Não há História
fora do nosso próprio fazer. A história é a ficção das ficções."), Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes ("</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">… talvez faltem,
ainda hoje, as análises dos sentimentos das pessoas, combatentes ou
não-combatentes, das ideias dos grupos e colectividades, das famílias, das
aldeias, dos povos.") e Norman Stone ("</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">Mas
no princípio reinou a ilusão. Em 1914, as tropas partiram saudadas pelas
multidões […] Nenhuma guerra começou com tamanha incompreensão da sua natureza
[…] os exércitos partiram para a guerra com a ilusão de que tudo estaria
acabado em breve – «em casa no Natal»."), pretende o autor do mesmo trabalho evocar, ou tentar saber, através da imprensa de V. N. de Famalicão, entre 1914 a 1918, particularmente entre o "Estrela do Minho" e a "Gazeta de Famalicão" de como seria a sociedade famalicense e de como a mesma se movimentou perante a I Grande Guerra. Para além das questões sociais e políticas e da sua movimentação em V. N. de Famalicão (por exemplo a crise das subsistências ou o sidonismo), ler-se-á nesta investigação como é que a sociedade famalicense se organizou em torno das associações cívicas e sociais, passando pela visão da guerra, pelas actividades culturais e lúdicas, etc. Fica aqui um esquema desse mesmo trabalho</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">1914</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">Cultura. Bernardino Machado, Presidente do Ministério, A Questão de Riba d`Ave. O Inquérito do Governo de Bernardino Machado sobre a Lei da Separação da Igreja e do Estado. A Guerra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">1915</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">Pimentismo. Reorganização Mnárquica. Eleições. A Crise das Subsistências. Incêndio na Casa de Camilo. A Eleição Presidencial. A Guerra. África. Cultura. Exercícios Militares.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">1916</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">Junta Patriótica do Norte. Cruzada das Mulheres Portuguesas. Cruz Vermelha Portuguesa. A Guerra. Bernardino Machado em Vila Nova de Famalicão. A Crise das Subsistências. Futebol. Cultura.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">1917</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">Cultura e Sociedade. A Guerra. A Guerra e a Propaganda. África. Cruz Vermelha Portuguesa. Comissão Promotora Venda da Flor. Crise das Subsistências. Política. A Vitória Monárquica nas Eleições Municipais. Viagem Presidencial e Exílio.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">1918</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">Bernardino Machado e I Exílio. O Sidonismo em Vila Nova de Famalicão. A Crise das Subsistências. "A Sopa dos Pobres". Doenças: Tifo Exantemático, Hidrofobia, Pneumónica, Varíola. A Guerra. Cultura e Sociedade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;">"O Monumento aos Mortos da Grande Guerra".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-v4DTGdiEUyA/V-2UAz7Q61I/AAAAAAAAFFQ/bD4tbG8lzWgJtf567R1XQIMS6SeZmRV7wCLcB/s1600/monumento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="202" src="https://2.bp.blogspot.com/-v4DTGdiEUyA/V-2UAz7Q61I/AAAAAAAAFFQ/bD4tbG8lzWgJtf567R1XQIMS6SeZmRV7wCLcB/s320/monumento.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 1cm;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
amadeu gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/14451104558943776692noreply@blogger.com0