sábado, 10 de dezembro de 2011

pensar a educação ou a instrução?

"Falta sentido de futuro e capacidade de reflexão prospectiva à educação em Portugal."




"Sigo o princípio de partir dos problemas recorrendo, sem complexos e sem limitações, a todos os contributos que me ajudem a resolvê-los. Há, porém, uma marca de que não me dissocio: a mameira de pensar histórica que nos liberta da ilusão do presente e nos abre a perspectiva da longa duração em que se inscrevem as questões fundamentais. / Tomei como ponto de partida a «consciência do atraso educativo» e tentei analisar os factores desse atraso em três dimensões que considero decisivas nos processos de desenvolvimento dos sistemas de ensino: a procura de mais educação, melhor educação e maior equidade social. / De seguida, sob o título «educar para quê?», reponho a questão de saber quais são os propósitos da educação, as suas finalidades e os seus objectivos estratégicos, numa sociedade que não pára de mudar, ora por dinâmicas endógenas, ora por influência externa. . O que queremos da educação em Portugal é uma pergunta decisiva que não está respondida e para a qual é urgente que se encontrem respostas. Nesta perspectiva. o que proponho centra-se na necessidade de fugirmos ao imediatismo que condiciona as políticas de educação, para nos situarmos na reflexão sistemática e aturada sobre o que pretendemos fazer do que temos. / Por útimo, faço um convite à reflexão sobre o papel do Estado na educação, o que tem sido, o que é e o que pode ser. / Os dois últimos capítulos pretendem sintetizar as ideias anteriores em torno das condições da acção política e de reforma do sistema de ensino, bem como o desafio maior que, em meu entender, se apresenta como o mais decisivo: voltar a pensar o futuro."

David Justino

a grande questão é a seguinte: sendo dois sistemas de valorização humana completamente diferentes, devemos pensar a educação como instrução?

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