terça-feira, 6 de dezembro de 2011

da minha homenagem à homenagem que falta I


VASCO DE CARVALHO
O CRONISTA-MOR DE VILA NOVA

Para o Dr. Artur Sá da Costa
pelo quanto a cultura nos uniu na amizade

para mais informação, nomeadamente o texto, ver em http://ruadesaobento.webnode.pt/


a parte inicial do texto

"Na altura em que escrevi este texto, ele teve várias opções de desenvolvimento, significando que a estratégia de elaboração textual poderia cair numa forma anárquica de explorar as suas ideias que então pretendia explorar. Assim o digo. Aliás, este mesmo texto teve uma redescrição a qual se deve, ao facto, da sua publicação no Boletim Cultural da autarquia famalicense, mais propriamente no n.º 18 de 2001 (2ª série), com o título “A Homenagem Que Falta”. E das ideias que então explorei, as quais pretendo aqui hoje apresentar, dizia então que essas mesmas ideias pretendiam evocar o que é dizível para a construção da sua unidade, caindo esta mesma unidade em Vasco de Carvalho. Na época, comemorava-se os 110 Anos de Nascimento de Carvalho, o qual passou despercebido na exterioridade, digamos, assim, na comunidade famalicense, à qual pertenceu de corpo e alma."

Antes, em 1998, a autarquia famalicense antologiou Vasco de Carvalho – do qual Hugo Rocha apelidava como sendo “o indefesso cronista-mor de Vila Nova de Famalicão e seu termo” – com o texto histórico A Formação do Concelho de Vila Nova de Famalicão, conferindo-lhe destaque na exposição Uma Aproximação aos Autores Famalicenses, através dos seus respectivos livros, como também da sua correspondência, da qual se realçam personalidades locais e nacionais, integrando uma reprodução facsimilada do manuscrito inédito Rua Direita. O Tempo continua a fazer-lhe justiça. No passado e no presente, ainda bem perto de nós. Desta forma, temos a Homenagem de 1960[1], realizada por uma Comissão de Famalicenses residentes no Porto (constituída por Laurentino Reis Melo, José Plácido Valongo, Arlindo Mesquita Guimarães, Eugénio Folhadela, Correia Guimarães e Teófilo Folhadela Melo), perante a qual a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão então se associou, sob a presidência de José Pinto de Oliveira, sendo vereador da cultura o P. Benjamim Salgado, conferindo esta mesma Câmara a Carvalho a Medalha e o Diploma de Reconhecimento-Classe de Ouro, e proposta por inúmeros conterrâneos, tendo sido evocado o homem e a obra na sua exterioridade e não na sua interioridade.


[1] Vasco de Carvalho, em notas manuscritas, num dos seus álbuns referentes à respectiva homenagem, propôs as seguintes condições: i) nada tratariam no Porto com a imprensa; ii) pessoalmente, poderiam falar a todos os famalicenses residentes ou a trabalhar no Porto; iii) não fariam nem distribuiriam convites, circulares ou o que quer que fosse; iv) em Famalicão, José Casimiro da Silva daria notícias pelo jornal Estrela da Manhã. No entanto, e apesar de tudo, as notícias acabaram por sair na imprensa portuense, caso de O Primeiro de Janeiro ou em O Comércio do Porto, no qual era então correspondente de Famalicão Rebelo Mesquita.







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