Com a leitura ainda a decorrer de "Cólera e Tempo" e da "Crítica da Razão Cínica", esta viagem filosófica desde Platão até Foucault evidencia, segundo Sloterdijk, "um agregado com sentido", o qual nos mostra uma "galeria de estudos de carácter e retratos intelectuais", fazendo-nos viajar por vários focos de pensamento, os seus ideais e o seus sonhos, tal como o de Platão, a primeira viagem filosófica: ""Com o seu distinto optimismo cognitivo e a sua ética da vida consciente, o platonismo foi como que o super ego do racionalismo europeu que se estendeu ao mundo. Ainda que a busca generosa de Platão pela vida boa na comunidade boa parecesse desde o início ligada ao defeito de ser mera utopia, deu, no entanto, a medida e a direcção para as mais elevadas pretensões do desejo filosófico: a amizade com a verdade compreendia-se como verdade pela paz da cidade e do mundo, e como empenhamento pela sua refundação contínua a partir do espírito do conhecimento de si." A perspectiva de Nietzsche do filósofo como médico da cultura, segundo o autor deste breviário filosófico, já se encontra em Platão, mas perpassa ao longo das perspectivas filosóficas que escolheu: Aristóteles, Santo Agostinho, Giordano Bruno, Descartes, Pascal, Leibniz, Kant, Fichte, Hegel, Schelling, Schopenhauer, Kierkegaard, Marx, Nietzsche, Husserl, Wittgenstein, Sartre e Foucault. Estamos perante uma nova perspectiva filosófica.
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