quinta-feira, 25 de abril de 2013

Repensar a História e Abril por Famalicão


No âmbito das comemorações do 39.º Aniversário do 25 de Abril de 1974, decorreu no auditório do Centro de Estudos Camilianos, em S. Miguel de Seide, mais uma actividade das mesmas comemorações que estão a decorrer um pouco por todo o concelho de V. N. de Famalicão. Perante a exibição do documentário "Abril na Boca do Povo" (organizado pelo município famalicense) e a mesa-redonda com as intervenções de Paulo Cunha, Artur Sá da Costa, Joaquim Loureiro e Lopes Cordeiro, a mensagem que ficou, e salientada pelo Vereador da Cultura do Município famalicense, é que dos dois "D" de Abril, "desenvolvimento" e "Democracia", tais "D" estão nas nossas mãos para serem construídos todos os dias. De facto, uma construção diária para não abrirmos mão a um risco, e perante algumas sugestões, mais assustador ainda da geração mais nova, em alguns testemunhos do documentário referido, de que algo estranho se está a passar na sociedade portuguesa, que pode alterar o rumo da Democracia, e isto não pode acontecer (fazendo-me lembrar um pouco a I República, com uma nova geração que abriu caminho ao Estado Novo) Construamos, pois, Abril todos os dias para uma sociedade mais justa, humana e solidária. Como não podia deixar de ser, ainda antes de ir até Seide, ainda passei pela Bertrand e comprei o livro "Para Que Serve a História", de Diogo Ramada Curto e logo na introdução lemos o seguinte: "Este pequeno livro foi escrito contra os que pensam que a utilidade da história está nas lições que podem ser retiradas do passado. É que nem o passado pode dar lições, nem este existe dissociado das questões que lhe colocamos situados no nosso próprio tempo." Fica aqui o aperitivo, para a história nos libertar do passado e para repensar os caminhos da história.


Artur Sá da Costa (Coordenador da Rede Municipal de Museus), Paulo Cunha (Vereador da Cultura e Vice-Presidente da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão), Joaquim Loureiro (Advogado) e José Manuel Lopes Cordeiro (Coordenador Científico do Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave)


As "Contratadeiras", com o grupo "Glauco", que cantaram José Afonso nos jardins do Centro de Estudos Camilianos


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