sábado, 30 de dezembro de 2017

As "Madrinhas de Guerra" e os Expedicionários Famalicenses (1914-1918)


As "Madrinhas de Guerra" e os Expedicionários Famalicenses (1914-1918)
Amadeu Gonçalves



“Entre 1914 e 1918, a importância das madrinhas de guerra foi tão grande em Portugal que mereceu uma entrada na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira que começou a ser publicada em 1936. Nela podia ler-se que uma “madrinha de guerra” era a “Protectora de um militar em campanha.” Recordava-se que “a designação” tinha aparecido “durante a Grande Guerra de 1914-1918” e que se aplicava “à criança, senhorinha ou senhora que assistia moralmente ou protegia um soldado em operações, às vezes sem conhecê-lo pessoalmente, escrevendo-lhe, enviando-lhe livros, tabaco, doces, víveres ou presentes”. E depois concluía: “Durante a nossa permanência na Flandres, senhoras de Portugal e do Brasil, francesas e inglesas, apadrinharam soldados nossos e tomaram a iniciativa de ofertas em comum para serem distribuídas pelos combatentes. A madrinha de guerra foi muitas vezes noiva ou esposa do afilhado”.
Fernando Martins, “Amor em Tempo de Guerra: as “Madrinhas de Guerra” no Contexto da Guerra Colonial Portuguesa (1961-1974”, 2011.
“Aquele que não tem memória faz uma de papel.”
Gabriel Garcia Márquez, O Amor nos Tempos de Cólera.



Poucas são as referências sociológicas e históricas a propósito do fenómeno das “Madrinhas de Guerra” durante a I Grande Guerra. Mesmo a que temos em epígrafe, surge num contexto histórico da Guerra Colonial. A acrescentar à lista que Fernando Martins evoca, pode-se acrescentar as notícias de Portugal que os soldados tanto desejavam saber. É o caso do soldado Adolfo da Silva Pinto, de São Cosme do Vale, que embarcou para Flandres, de Lisboa, em 22 de Abril de 1917 e desembarcou na capital em 19 de Junho de 1918, do 4.º Batalhão de Infantaria, 2.º Batalhão, Regimento de Infantaria n.º 8. Veja-se a missiva publicada no “Estrela do Minho”, de 19 de Agosto de 1919:

 “Um soldado do nosso concelho escreve-nos a carta que a seguir transcrevemos da melhor vontade, na qual se pede uma madrinha. Secundamos o pedido nela feito, esperando que algumas das senhoras de Famalicão o defira. É esse um pequeno serviço prestado também à Pátria, pela qual o soldado Silva Pinto está arriscando a sua vida em França.

Em Campanha, 5 de Agosto de 1917
Exmo Sr.

Venho, por este meio, apresentar a V. Ex.ª os protestos de estima e consideração e desejando-lhe uma boa saúde. Ao mesmo tempo, venho também importunar V. Ex.ª com o seguinte: há muito que anseio por ter nessa querida pátria uma senhora que fosse minha madrinha de guerra para me dar notícias do nosso querido Portugal. A minha direcção é esta: Adolfo da Silva Pinto, da 4.ª Companhia do Regimento de Infantaria n.º 8 – C. E. P. – França. / É por esse motivo que eu venho pedir a V. Ex.ª para no seu jornal apelar para o coração de qualquer dama famalicense que se queira encarregar deste meu pedido. Esperando ser atendido por S. Ex.ª renovo os meus cumprimentos. / Com a máxima consideração e subido respeito me subscrevo.”("Estrela do Minho", 19 de Agosto de 1917).

Um texto de Mário Salgueiro, com o título “Soldados de Portugal” e publicado na “Ilustração Portuguesa”, a propósito dos retratos que a mesma revista publicou sobre os soldados portugueses, para além das características psicológicas, afirmado que “os retratos que a Ilustração tem arquivado nas suas páginas pertencem a soldados de todos os regimentos e, por conseguinte, a filhos de todas as regiões: transmontanos bisonhos, de ombros largos e de olhar suave; algarvios de rosto enérgico, fitando-nos com firmeza, como se para além do horizonte perscrutassem ainda a chegada das caravelas; beirões sonhadores e minhotos alegres; os homens do Vouga e os homens do Tejo, de que os fala Garrett; os romeiros da Agonia e os do Senhor da Pedra, toda a gente nova de Portugal, de norte a sul e de leste a oeste”, mais à frente, diz-nos que nesses mesmos retratos aparece de vez em quando “um rosto feminino”, uma “portuguesinha gentil que vai iniciar o seu noivado, sendo madrinha de guerra”; e do papel das “Madrinhas de Guerra” continua afirmando que é as “horas de enervamento das trincheiras, quando a saudade evoca alegrias idas, é delas sempre que os soldados se lembram, porque só elas sabem traduzir nas suas cartas as expressões que alentam e acarinham.” ("Ilustração Portuguesa". Lisboa, n.º 616 (10 Dez. 1917), p. 468).
Neste contexto, o jornal “A Gazeta de Famalicão” surge com o seguinte apelo, em 8 de Setembro de 1917: “Não sabemos se já teve deferimento no coração das sempre generosas e sempre gentis senhoras da nossa terra algum dos requerimentos que, por nosso intermédio, lhes foram dirigidos por soldados famalicenses que sem França se batem pela Pátria. / Seria mais uma nota muito simpática a cruzada patriótica empreendida pelas beneméritas senhoras da «Venda da Flor» na nossa terra, que entre essas santas que operaram o milagre de transformar as flores da sua bondade no oiro abençoado de tantas esmolas, aparecesse a quem generosamente, escutasse e ouvisse os que pela Pátria fazem os maiores sacrifícios.” Veja-se estas duas situações, caso dos pedidos solicitados e da respectiva comissão.



“A sr.ª Viscondessa de Pindela colocando uma flor num aldeão.”; “As sr.as D. Maria Luísa de Carvalho e Cunha e D. Ermelinda Areias colocando flores nos srs. drs. Guilherme Costa e Ricardo Lemos, distinto sportman portuense.”


Na realidade, o texto em causa faz referência à “Comissão Promotora da Venda da Flor”, a qual teve um papel preponderante na atribuição de subsídios peculiares aos soldados chegados de França e de África. Aliás, as listas que a imprensa famalicense, particularmente o “Estrela do Minho” e a “Gazeta de Famalicão”, vai publicando, permitiu ampliar o inventário dos expedicionários famalicenses, nas quais aparece o nome do respectivo expedicionário, assim como a respectiva doação, a qual tanto podia ser monetária como em bens. Mas veja-se um pouco da sua constituição histórica e de como a respectiva comissão angariava os seus fundos.

a)      Venda da Flor
Quando Manuel Pinto de Sousa (a exemplo do que se passou em Lisboa, já que as “senhoras de Lisboa iniciando a venda de flores em todas as casas da capital, em favor dos nossos soldados feridos na guerra”, que “acabam de dar um exemplo nobilíssimo de solidariedade humana e ao mesmo tempo patriótico”, conseguindo juntar “num só dia mais de trinta mil escudos”) lança o apelo para que em V. N. de Famalicão se imite “essa grande obra pelas senhoras da nossa terra” (num texto de 15 de Abril), os textos de propaganda do então jovem publicista e jornalista Alexandrino Costa à volta da Venda da Flor (de 22 e de 29 de Abril), a sociedade feminina famalicense respondeu positivamente. Com a sede na Casa Bancária Brandão & C.ª, cedendo “o escritório e salas do primeiro andar”, a Comissão Promotora da Venda da Flor em V. N. de Famalicão, será constituída pelas seguintes senhoras: Presidente, Viscondessa de Pindela; Vice-Presidente, Amália L. de Macedo Chaves de Oliveira; Tesoureira, Mariana Folhadela de Macedo; Secretárias, Maria da Glória Ferreira Macedo Sampaio e Maria Bertila Garcia de Carvalho. Paralelamente, presidiram aos grupos então denominados de veindeuses, além das senhoras da comissão, Estela Nunes Sá Brandão, Mariana Macedo Simões, Albertina Machado, Elisa Veiga e Cunha, Silvina Gomes, Cândida Carneiro, Balbina Veloso Macedo, Maria da Glória Bouças, Júlia Carvalho e Rosalina Ilhão Peixoto. O texto de apresentação da referida comissão foi o seguinte, de 29 de Abril:

Mulheres e flores! Tudo o que a natureza criou de mais belo vai, em conjunto, alegrar a nossa terra, numa encantadora festa, da qual resultará o auxílio às vítimas da guerra. / Enquanto nos campos de batalha os homens pelejam encarniçadamente em defesa da liberdade, as mulheres, sempre dedicadas e previdentes, reúnem-se para angariar socorros para as vítimas dessa terrível hecatombe, que ameaça arrasar o mundo inteiro! Enquanto pais, filhos e irmãos arriscam a vida com o despreendimento e abnegação de verdadeiros heróis, as mães, filhas e irmãs, preparam o lar para receberem com alegria os que voltarem sãos, e com verdadeiro carinho, os que a fatalidade trouxer inválidos e doentes. As damas de Famalicão, mensageiras da cruzada do Bem, vão no dia 8 de Maio, angariar donativos para as vítimas da guerra. Quem lhes negará o seu óbolo? Em troca duma flor gentilmente oferecida, ninguém deixará de auxiliar a obra bendita do socorro aos nossos soldados.

O programa para a Festa da Venda da Flor, a qual se realizou a 8 de Maio, constou de nove zonas geográficas, distribuídas pela então Vila de Famalicão: Estação, Campo da Feira, Bandeirinha e Cruz Velha, Rua Adriano Pinto Basto, Campo Mouzinho de Albuquerque (lado direito e lado esquerdo), Rua Cinco de Outubro, Rua Direita e Praça Conde São Cosme do Vale. Para além de alguns donativos, e na crónica de 13 de Maio, com o título “A Festa da Flor”, os famalicenses souberam que a Venda da Flor foi um êxito, merecendo destaque na “Ilustração Portuguesa”, de 28 de Maio.

Anunciada já em Maio, tendo como objectivo a angariação de fundos para o cofre da Assistência às Vítimas da Guerra em Famalicão, e organizada pela Comissão Promotora da Venda da Flor, esta festa desportiva realizou-se no Clube de Caçadores em 10 de Junho com o seguinte programa, o qual se constituiu em duas partes: na primeira parte, as actividades então realizadas foram as seguintes: corrida de velocidade (100 metros), corrida de sacos, concurso hípico, saltos em altura, lançamento de peso e uma surpresa constituída pela realização de um número realizado por senhoras, durante o intervalo; por seu turno, a segunda parte teve actividades como match de box, corrida das batatas, salto em cumprimento, corrida três pernas, jogo da rosa (bicicleta) e corrida de obstáculos. Nos intervalos houve rifas, quermesses, tômbola e leilão dos objectos oferecidos pelas senhoras da comissão organizadora da Festa da Flor. Em 17 de Junho os famalicenses liam o seguinte:

Realizou-se no Domingo passado, como estava anunciado, a festa de jogos diversos e rifa de prendas na carreira de tiro do Clube de Caçadores, cujo produto reverteu em favor das vítimas da guerra. Apesar da concorrência não ser grande, talvez pelo calor que esteve nesse dia, o rendimento aproximou-se de novecentos escudos. Ficaram ainda algumas prendas por vender.



“Ilustração Portuguesa”. Lisboa, n.º 588 (28 Maio 1919), p. 440. [hemeroteca digital].
“Um grupo de senhoras encarregadas da “Venda da Flor” em Famalicão. No primeiro plano, da esquerda para a direita: Arminda Guimarães, Elzira Portela, Cacilda Marques, Maria Cândida Machado, Maria Antonieta Fernandes, Joana Pinto, Laura Pimentel, Corina Marques, Carmen Macedo, Maria Cândido Matos. 2.º plano: Laura do Nascimento Carvalho, Sara de Carvalho Cunha, Viscondessa de Pindela, Hermínia Loureiro, Carmen Guimarães, Ernestina Machado, Maria Medeiros, Irene Fernandes. 3.º plano: Maria Manuela Cerejeira, Cândida Carneiro, Maria Luísa de Carvalho e Cunha, Estela Brandão, Lúcia de Carvalho, Amélia Chaves de Oliveira, Rosalina Ilhão Peixoto, Maria de Jesus Barros, Maria Ermelinda Machado. 4.º plano: Balbina Veloso de Macedo.


a)      Sarau-Dramático-Musical A Favor das Vítimas da Guerra

Com a primeira referência em 3 de Junho, noticiando-se que “a ilustre comissão das damas desta Vila projecta realizar um sarau artístico, e apesar do programa ainda não estar devidamente organizado”, informa-se em 15 de Junho a comunidade famalicense que os ensaiadores serão Ester Brandão e Adolfo Lima na parte musical, enquanto que as comédias ficaram a cargo de Alípio Guimarães. O programa definitivo será conhecido a 22 de Julho, realizando-se o respectivo sarau em 28 de Julho no Salão Olímpia, relatando o “Estrela do Minho” o acontecimento em 5 de Agosto. Veja-se o programa:

O ex.mo sr. dr. Sebastião de Carvalho com a sua brilhante palavra, saudará as damas promotoras pela sua patriótica obra e ao público pela sua coadjuvação. Seguir-se-á pelo grupo composto das ex.mas sr.as D. Ester e D. Alzira Brandão, D. Maria Pinto de Sousa, D. Maria Cândida, D. Alice e D. Aurelina Correia, D. Fernanda Guimarães, D. Júlia e D. Cândida Silva, D. Maria J. Barros, D. Belmira Bezerra, D. Carminda Marques, D. Alice Garcia, D. Laura Carvalho, D. Carmen Guimarães, D. Laura Loureiro, D. Adestina Lima, D. Maria Lúcia Garcia Carvalho, D. Amélia Faria, D. Joana Pinto Areias, D. Alzira Portela, D. Fernanda Terroso e D. Rosa Manuela Gomes. 1.ª Parte. “Pescador” (canção portuguesa, T. Moutinho); “Menina dos Meus Olhos”, A. Viana; “Canção da Tarde”, J. Moutinho; “Quadras Soltas”, F. Moutinho; “As Lavadeiras” (Coro), A. Viana. 2.ª Parte. “Que Amigas. Comédia em 1 acto”. D. Violante-Júlia Silva; D. Ernestina-Cândida Silva; D. Eulália-Amélia Faria; Rosa, criada-Belmira Bezerra. Lisboa-Actualidade. “Romance”, Artur Napoleão; “Balada”, Chopin; “Rapsódia Húngara”, Lizst. Ao piano Ester Brandão Barbosa. ”Sapatinhos de Baile. Comédia em 1 acto”. Baronesa do Quental-Maria Cândida Correia; Viscondessa de Bela-Flor-Alzira Brandão. Lisboa-Actualidade. 3.ª Parte. “Margarida. Diálogo”, com Júlia e Cândida Silva, com acompanhamento de coros e música de F. Moutinho. “Ao Desafio”, A. Sarti; “Morena”, J. Moutinho; Fado por Maria Cândida Correia e coros, música de A. Coelho; “Ceifeiras” (coro), de A. Sarti.

Os bilhetes podiam ser adquiridos na “casa da promotora em Louredo ou no estabelecimento do sr. Luís Terroso ao Campo Mouzinho.” Do sarau-artístico, pode-se ler em 5 de Agosto que “todos os elogios que se façam, todos os louvores que se tributem, são poucos para manifestar o agrado e a admiração de que o público se sentiu empolgado!” (Amadeu Gonçalves – “A I Grande Guerra e as suas repercussões em V. N. de Famalicão. O Monumento aos Mortos da Grande Guerra”. In Boletim Cultural. V. N. de Famalicão, 4.ª série, n.º 1 (2014/2015), pp. 193-195).
Na realidade, não consta que algumas dessas senhoras que constituíram a respectiva “Comissão Promotora da Venda da Flor” tivessem sido “Madrinhas de Guerra”; e relativamente aos apelos que a “Gazeta de Famalicão” tinha publicado, a saber, dois soldados que tinham solicitado “Madrinhas de Guerra”, caso de Secundino Rodrigues Baptista (soldado n.º 51, da 4.ª Companhia de Infantaria n.º 8) e de Joaquim Ferreira de Carvalho (soldado n.º 43, da 4.ª Companhia do Regimento de Infantaria n.º 8), não tivessem obtido as tão desejadas “Madrinhas de Guerra”, o mesmo sucedendo a Manuel da Silva Pinto (soldado n.º 858, do Batalhão de Infantaria n.º 8), o mesmo acontecendo com João Simões Pereira, 1.º cabo-enfermeiro. Quem conseguiria a respectiva “Madrinha de Guerra” seria José Joaquim Ferreira, de São Cosme do Vale, da mesma freguesia, chamando-se Libânia Pereira Marques, a qual manifestou “os seus bons sentimentos de humanidade e patriotismo”, segundo a “Gazeta de Famalicão” de 3 de Novembro de 1917. Quem vai conseguir igualmente uma “Madrinha de Guerra” vai ser Ernesto Moreira, de Calendário, soldado n.º 289, do Regimento de Infantaria n.º8, indo ao encontro da citação que temos em epígrafe, nomeadamente, neste caso, a “Madrinha de Guerra” ser uma criança com sete anos de idade. Leia-se:

 “Mais um soldado nos escreve de França a pedir uma madrinha de guerra, com quem se corresponda e lhe vá ajudar a suportar as saudades, dando-lhes noticias da Pátria muito amada. / Segue-se a carta do nosso conterrâneo, cujos desejos esperamos ver atendidos por alguma senhora da nossa terra:

Sr. Director do Estrela do Minho, Famalicão
Vinha pedir a V…. para que por intermédio do seu conceituado jornal, que qualquer das gentis damas dessa encantadora vila, se queiram oferecer para minha madrinha de guerra. / As senhoras dessa vila, que são sempre generosas em tudo o que é para o bem e sendo eu Ernesto Moreira, soldado n.º 289, da 4.ª Companhia de Infantaria 8,, muito conhecido nessa vila, e encontrando-se presente em França a combater ao lado de todos os exércitos aliados, pela nossa querida pátria. / Espero ser atendido pelo que fico muito obrigado a V. Ex.ª pela publicação desta linha.” ("Estrela do Minho", 23 de Setembro de 1917).

 “Tendo lido no sue conceituado jornal, carta do soldado português pedindo uma madrinha de guerra, venho eu pois oferecer-me para este fim. Tenho apenas sete anos, mas o meu maior desejo é consolar e animar os nossos soldados, que tão valentemente derramem o seu sangue pelo dever e pela liberdade. Espero, autorizada pelos meus pais, cumprir bem a missão de que tomo encargo. Peço pois a V…. o favor de, caso este soldado não ter ainda madrinha, mandar-me a sua direcção e da sua família, assim como participar-lhe que já tem madrinha, podendo escrever- para Fernanda da Conceição Monteiro, Viatodos, Minho, que logo terá resposta e satisfeito qualquer pedido.” ("Estrela do Minho", de 7 de Outubro de 1917).

Garcia Márquez não deixa de ter a sua razão: quem não tem memória, faz uma de papel!










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