domingo, 17 de março de 2013

A Educação Nova





Mais de meia centena de pessoas estiveram presentes na conferência de Manuel Henrique Figueira com o título “Educação Nova: escolas novas e influência na escola pública (1882-1935)”, integrada no Ciclo de Conferências do Museu Bernardino Machado “Pedagogos e Pedagogia em Portugal”, decorrida no dia 15 de Março. Manuel Henrique Figueira caracterizou a sua conferência em três partes: i) Educação Nova e características (origens e intenções), ii) as Escolas Novas em Portugal (princípios estruturantes e a sua organização pedagógica) e iii) a Educação Nova em Portugal, mediante a sua influência na escola pública, salientou quatro teorizadores portugueses. Se nas origens temos teóricos como Rousseau, Pestalozzi ou Fröbel, já no século XIX as preocupações essenciais da Escola Nova eram as preocupações com a especificidade do mundo infantil e a necessidade de o conhecer, com um misto de intenções: idealistas e formas de organização escolar, mediante as práticas pedagógicas. Em termos de quadro sócio-histórico, a escolarização estava organizada contra as leis naturais (higienismo educativo), baseada numa medicina pedagógica, isto é, numa observação do indivíduo na ssuas potencialidades físicas e mentais. A Escola Nova pretende, assim, ser o oposto à Escola Tradicional, no sentido em que esta era uma escola passiva, pretendendo ser a primeira activa, sendo a finalidade a construção do homem novo para a construção duma nova sociedade. Por seu turno, nos princípios estruturantes da Escola Nova, salientou o ensino concreto, a educação integral, entre outros tópicos, para uma educação intelectual, artística, manual, física e moral para o desenvolvimento do indivíduo, caracterizando os tipos de ensino da Escola Nova: infantil, primário e secundário (comercial, agrícola, oficinal). Focando as influências da Educação Nova na Escola Pública (por exemplo, na introdução das inovações técnicas na escola, a vida entra na escola, e a integração de uma rede de comunicação e de animação pedagógica entre os professores), salientou o conferencista quatro teorizadores portugueses da Escola Nova: António Sérgio (a dimensão filosófica), Faria de Vasconcelos (a dimensão psicológica), António Lima (a dimensão sociológica) e Álvaro Viana de Lemos (a dimensão prática).

2 comentários:

  1. O texto-resumo da Conferência, publicado pelo Museu, já foi substituído por outro ainda melhor estruturado.
    Se assim o entender, poderá substituí-lo aqui também.
    Obrigado pela atenção.
    Manuel Henrique Figueira

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  2. Caro Dr. Manuel Henrique Figueira,
    Saúdo-o pelo livro Um Roteiro da Educação Nova em Portugal. Belíssimo e competente trabalho que constitui, a meu ver, uma referencia sobre este tema tão apaixonante da educação portuguesa. Cito-o na minha tese sobre Leonardo Coimbra e o pensamento ibérico e ibero-americano (2009).
    Desejo-lhe todo o sucesso. Com os melhores cumprimentos,
    Susana Rocha Relvas
    Investigadora do CEPP - Centro do Pensamento Português, Universidade Católica Porto.

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