O
livro “Cem (e mais alguns) Anos de Livros”, de Amadeu Gonçalves, numa edição
das Edições Húmus com o patrocínio da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão e
o apoio da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, será apresentado ao
público no próximo dia 6 de Dezembro de 2013 na referida Biblioteca, pelas
10h15. Este livro, inserido no programa nas comemorações do Centenário da
Biblioteca de V. N. de Famalicão (a qual foi fundada no dia 5 de Outubro de
2013 no âmbito do 3.º Aniversário da Implantação da República em Portugal) será
apresentado por Henrique Barreto Nunes (o qual realiza uma introdução) no
âmbito da actividade da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão com a Biblioteca
Municipal Camilo Castelo Branco (em parceria com o Centro de Formação da
Associação de Escolas de V. N. de Famalicão e do Grupo de Trabalho das
Bibliotecas de Famalicão), a qual se denomina Encontro de Serviços de Apoio às
Bibliotecas Escolares. Este ano, que será a sexta realização do referido
encontro, terá como temática “A Biblioteca e as Literacias do Século XXI”,
realizando-se nos dias 5 e 6 de Dezembro próximos.
“Cem
(e mais alguns) Anos de Livros tem cinco capítulos. O primeiro, “Da Intenção do
Gabinete de Leitura Pública à Biblioteca Escolar (1898-1908), ao focar a
polémica no jornal famalicense “Estrela do Minho” sobre a educação e a
instrução, retrata as reivindicações de uma Biblioteca para V. N. de Famalicão
desde 1902 e do caminho que a Biblioteca Escolar percorreu até à sua
inauguração em 1908, nas antigas Escolas do Conde de S. Cosme do Vale. O
segundo capítulo, “A Leitura Pública na I República (1911-1926)” é uma viagem
por várias temáticas perante o Decreto republicano de 18 de Março de 1911: os
doadores, o encanto e o desencanto do novo equipamento cultural, a camiliana
(uma preocupação constante dos seus fundadores, destacando-se,
inquestionavelmente, Sousa Fernandes) e o fundo inicial, o qual é invulgar a sua
existências nas Bibliotecas. No terceiro capítulo, “O Ideologismo da Leitura
(1926-1974), foca-se a ideia da Biblioteca-Museu nos primórdios do Estado Novo,
a polémica entre 1942 a 1949 sobre as instalações, a falta de aquisição de
documentação para enriquecimento do fundo inicial, etc., a Biblioteca
Itinerante n.º 8 e a 114.ª Biblioteca Fixa da Gulbenkian (serviços que vieram
revolucionar a leitura pública em V. N. de Famalicão face à apatia da
Biblioteca Municipal), a inauguração do novo espaço físico em 1961, as doações
de Nuno Simões e a de Vasco de Carvalho e o Ciclo do Luso-Brasileirismo. Ao
fazer-se referência à Biblioteca da Fundação Cupertino de Miranda, tal deve-se
ao facto do deslumbramento que esta então causou na comunidade famalicense,
provocando, pela primeira vez, em 1972, a ideia de um edifício de raíz para a
Biblioteca Municipal. Tal só iria acontecer no pós-25 de Abril, o que é contado
no quarto capítulo, “A Leitura Pública em Liberdade”, reflectindo os primeiros
anos de reorganização da Biblioteca, realça-se a importância do Fundo
Local, focam-se as doações contemporâneas, as actividades para a promoção do
livro e da leitura, retrata-se a Secção Infantil e Juvenil, a Rede de
Bibliotecas Escolares do Concelho de V. N. de Famalicão (na qual somos
pioneiros) e da Rede Municipal de Leitura Pública. Finalmente, o quinto e
último capítulo, “Dicionário de Personalidades”, reflecte as personalidades
que, de uma forma ou de outra, estiveram ligadas à Biblioteca ou sobre ela
escreveram.
Notando-se
ultimamente a dinâmica da Rede Municipal de Leitura Pública com a reinauguração
do polo de Joane-Biblioteca Dr. Bernardino Machado (num esforço do município
para o desenvolvimento das populações locais) em Setembro último, no Complexo
Desportivo Municipal da Vila de Joane, a apresentação do projecto da ampliação
arquitectónica do Arq.º João Marta, ou a inauguração da Livraria Municipal na
Casa do Território-Parque da Devesa, têm sido actividades que, para além de
outras, incorporadas no âmbito do Centenário da Biblioteca Municipal Camilo
Castelo Branco, reforçam, cada vez mais, a importância do mesmo equipamento
cultural no seu contexto social, educacional e cultural para o desenvolvimento
da comunidade à qual pertence.
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