quarta-feira, 13 de novembro de 2013

"Cem (e mais alguns) Anos de Livros"


O livro “Cem (e mais alguns) Anos de Livros”, de Amadeu Gonçalves, numa edição das Edições Húmus com o patrocínio da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão e o apoio da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, será apresentado ao público no próximo dia 6 de Dezembro de 2013 na referida Biblioteca, pelas 10h15. Este livro, inserido no programa nas comemorações do Centenário da Biblioteca de V. N. de Famalicão (a qual foi fundada no dia 5 de Outubro de 2013 no âmbito do 3.º Aniversário da Implantação da República em Portugal) será apresentado por Henrique Barreto Nunes (o qual realiza uma introdução) no âmbito da actividade da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão com a Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco (em parceria com o Centro de Formação da Associação de Escolas de V. N. de Famalicão e do Grupo de Trabalho das Bibliotecas de Famalicão), a qual se denomina Encontro de Serviços de Apoio às Bibliotecas Escolares. Este ano, que será a sexta realização do referido encontro, terá como temática “A Biblioteca e as Literacias do Século XXI”, realizando-se nos dias 5 e 6 de Dezembro próximos.
“Cem (e mais alguns) Anos de Livros tem cinco capítulos. O primeiro, “Da Intenção do Gabinete de Leitura Pública à Biblioteca Escolar (1898-1908), ao focar a polémica no jornal famalicense “Estrela do Minho” sobre a educação e a instrução, retrata as reivindicações de uma Biblioteca para V. N. de Famalicão desde 1902 e do caminho que a Biblioteca Escolar percorreu até à sua inauguração em 1908, nas antigas Escolas do Conde de S. Cosme do Vale. O segundo capítulo, “A Leitura Pública na I República (1911-1926)” é uma viagem por várias temáticas perante o Decreto republicano de 18 de Março de 1911: os doadores, o encanto e o desencanto do novo equipamento cultural, a camiliana (uma preocupação constante dos seus fundadores, destacando-se, inquestionavelmente, Sousa Fernandes) e o fundo inicial, o qual é invulgar a sua existências nas Bibliotecas. No terceiro capítulo, “O Ideologismo da Leitura (1926-1974), foca-se a ideia da Biblioteca-Museu nos primórdios do Estado Novo, a polémica entre 1942 a 1949 sobre as instalações, a falta de aquisição de documentação para enriquecimento do fundo inicial, etc., a Biblioteca Itinerante n.º 8 e a 114.ª Biblioteca Fixa da Gulbenkian (serviços que vieram revolucionar a leitura pública em V. N. de Famalicão face à apatia da Biblioteca Municipal), a inauguração do novo espaço físico em 1961, as doações de Nuno Simões e a de Vasco de Carvalho e o Ciclo do Luso-Brasileirismo. Ao fazer-se referência à Biblioteca da Fundação Cupertino de Miranda, tal deve-se ao facto do deslumbramento que esta então causou na comunidade famalicense, provocando, pela primeira vez, em 1972, a ideia de um edifício de raíz para a Biblioteca Municipal. Tal só iria acontecer no pós-25 de Abril, o que é contado no quarto capítulo, “A Leitura Pública em Liberdade”, reflectindo os primeiros anos de reorganização da Biblioteca, realça-se a importância do Fundo Local, focam-se as doações contemporâneas, as actividades para a promoção do livro e da leitura, retrata-se a Secção Infantil e Juvenil, a Rede de Bibliotecas Escolares do Concelho de V. N. de Famalicão (na qual somos pioneiros) e da Rede Municipal de Leitura Pública. Finalmente, o quinto e último capítulo, “Dicionário de Personalidades”, reflecte as personalidades que, de uma forma ou de outra, estiveram ligadas à Biblioteca ou sobre ela escreveram.
Notando-se ultimamente a dinâmica da Rede Municipal de Leitura Pública com a reinauguração do polo de Joane-Biblioteca Dr. Bernardino Machado (num esforço do município para o desenvolvimento das populações locais) em Setembro último, no Complexo Desportivo Municipal da Vila de Joane, a apresentação do projecto da ampliação arquitectónica do Arq.º João Marta, ou a inauguração da Livraria Municipal na Casa do Território-Parque da Devesa, têm sido actividades que, para além de outras, incorporadas no âmbito do Centenário da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, reforçam, cada vez mais, a importância do mesmo equipamento cultural no seu contexto social, educacional e cultural para o desenvolvimento da comunidade à qual pertence.

 

 

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