segunda-feira, 21 de maio de 2012

museus em mudança




Enquanto que no Dia Internacional dos Museus, o Museu Bernardino Machado recebeu, no dia 18 de Maio, à noite, a  actividade “Música no Museu”,  uma actividade da “Arte90” em colaboração com a Câmara Municipal de V. N. de Famalicão e o respectivo Museu, por seu turno, na “Noite dos Museus” (dia 19), para além da participação da ArtEduca (com os jovens músicos Rui Amorim, António Ferrão, Diogo Santos e Luís Azevedo), realizou-se a conferência “MUDEM-ME: Museus Desesperadamente em Mudança… Metodologias a explorar”, de Paula Menino Homem.
Pegando na temática do ano, “Museus Num Mundo em Mudança: Novos Desafios, Novas Inspirações”, Paula Menino Homem começou por explorar os vários agentes perante essa mesma mudança, focando inicialmente a diversidade de museus, as suas colecções e o pública que os visita, assim como os seus respectivos problemas. Questiona o factor público, isto é, que tipo de público se tenciona chamar aos museus, não esquecendo a democratização do acesso ao património. Desta forma, partindo do princípio de que há sempre qualquer coisa que chama atenção para as pessoas irem aos museus, a problemática do público é uma questão interessante, na medida em que é uma questão de território, os museus, na expressão de Paula Menino Homem, andam à “caça” do seu público-alvo. Uma outra questão a saber é se os museus são apelativos, colocando aqui a ênfase na família, isto é, até que ponto os pais colaboram com os filhos nas visitas aos museus. Um outro problema que os museus enfrentam diz respeito, na expressão da conferencista, dos “emplastros”, já que “para os meus são os investigadores”, estando aqui em causa o tipo de gestão documental que os museus têm mente. Outro género de problemas são os níveis de humidade, os factores poluentes, a iluminação das colecções, o ambiente interno, o qual tem de ser um ambiente ~equilibrado, e ter atenção ao público “atrevido”. Todas estas situações dizem respeito àquilo que os museólogos denominam de “gestão de risco”.
O problema principal que surge, então, perante essa gestão de risco, é saber como é que os museus vão mudar perante a diversificação de públicos e perante a falta de financiamento. O primeiro ponto que a conferencista salienta é conquistar territórios, sendo os espaços da cidade onde os museus se integram uma nova perspectiva de interactividade entre os museus e a comunidade na qual estão inseridos. É um problema tão simples e, ao mesmo tempo, complexo, até porque o trabalhar em rede e em conjunto é uma falsa questão. O de trabalhar em grupo de uma forma interdisciplinar. Para a conferencista Paula Menina Homem, a vontade de mudar é na inter-ajuda entre todos os diferentes museus, é o trabalhar em rede onde os museus estejam inseridos. O sentido de sobrevivência é os museus saírem à rua, realidade que já acontece. O esforço de uma união para uma interdisciplinariedade museológica é a proposta da conferencista para uma concretização dos museus no espaço citadino a que pertencem.












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