Eis um livro que se lê como um romance e que nos transporta vivamente para a I República entre 1910 a 1917. Neste livro, Pulido Valente analisa a República e o País, a ascensão e queda dos radicais, isto é, os republicanos históricos, caso de Afonso Costa, Bernardino Machado e Pimenta de Castro (radical, só Castro), o regime e a guerra, o «povo republicano», o fenómeno Fátima e a contra-revolução sidonista, com o seu governo presidencialista. Começa assim: "Pouco depois do «5 de Outubro», António José de Almeida perguntou, melodramaticamente, se 300 000 republicanos chegavam para manter em respeito 5 milhões de portugueses. A pergunta era boa. Sobretudo, porque, na melhor das hipóteses, os republicanos não passavam de 100 000." A mudança social e mental, o grande projecto dos republicanos, digo, das instituições, não poderia triunfar.
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