Indiscutivelmente, para o Dr. Manuel Sá Marques, com o meu abraço fraternal de amizade.
1882
·
Em
19 de Janeiro, casa com Elzira Dantas, filha do conselheiro Miguel Dantas
Gonçalves Pereira.
·
“Discurso
Comemorativo do Marquês de Pombal”.
·
“O
Estado da Instrucção Secundaria entre nós: officio ao Senhor António Augusto
Soares de Sousa Cirne Inspector da 3.ª Circunscrição Académica”.
1883
·
Voto
de louvor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, por ter
patrocinado, como deputado, a dotação de um conto de réis para o novo hospital
de Coimbra.
·
É
nomeado Director-Interino do Observatório Metereológico da Universidade de
Coimbra.
·
O
Conselho da Faculdade encarrega-o temporariamente da disciplina de Física.
·
Em
Janeiro, discursa na Câmara dos Senhores Deputados sobre “A Política do
Ensino”, em resposta ao discurso da Coroa.
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Em
Março, discursa na Câmara dos Senhores Deputados sobre o “Orçamento da
Instrução Pública” e a “Reforma da Instrução Secundária” no âmbito da discussão
parlamentar do Orçamento de Estado; sobre o “Projecto de Reforma do Ensino
Secundário em 1883” e realiza umas observações sobre o “Ensino Comercial”, a
propósito do Projecto do Ensino Comercial em Lisboa.
·
Na
sessão de 6 de Abril, na Câmara dos Deputados, apresenta o Projecto-Lei
referente à concessão de terrenos à Sociedade de Instrução do Porto.
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Em
14 de Maio, apresenta o Projecto-Lei para o aumento do vencimento anual do
Professor do Curso Superior de Letras.
·
Em
16 de Maio, na Câmara dos Deputados, apresenta a proposta da consignação de uma
verba, que é aprovada, para explorações zoológicas, botânicas e mineralógicas,
a qual será incorporada no orçamento de despesa da Faculdade de Filosofia.
·
Na
Câmara dos Deputados, em 8 de Junho, propõe a “Criação do Ensino de
Antropologia”.
·
Apresenta
um Projecto-Lei que concede à Sociedade Martins Sarmento (Guimarães) o edifício
de Santa Rosa de Lima, para se estabelecer uma Biblioteca Popular e Pública.
·
“Allocução
e Discurso Proferidos na Cidade do Porto no dia 9 de Julho de 1883”.
·
Em
Novembro, deixa de reger a cadeira de Agricultura, passando a ser titular da
2.ª cadeira de Física, que acumula com a 1.ª.
·
É
Eleito Sócio da Sociedade de Instrução do Porto.
·
Profere
a primeira Oração de Sapiência.
1884
·
O
Conselho da Faculdade de Filosofia presta um voto de agradecimento pelos
esforços que Bernardino Machado prestou, junto do Parlamento, enquanto
deputado, para ser concedido uma dotação para explorações de História Natural.
·
Realiza
vários discursos na Câmara dos Deputados: Sobre “A Liberdade de Ensino”, no
âmbito da reforma constitucional; sobre a “Educação Profissional, na discussão
parlamentar do orçamento Rectificado do Estado e sobre o “Concelho Superior de
Instrução Pública” no contexto dos discursos da discussão parlamentar.
1885
·
Apresenta
o Projecto-Lei, sendo promulgado, que substitui as cadeiras de Agricultura,
Zootecnia e de Economia Rural pelas de Antropologia, Paleontologia Humana e
Arqueologia Pré-Histórica. Cria também o Museu de História Natural.
·
Profere
a Oração de Sapiência” denominada “A Disciplina Académica”, referente ao ano
lectivo de 1885-1886, no dia 16 de Outubro.
·
Voto
de agradecimento do Conselho Escolar da Faculdade de Filosofia de Coimbra pela
cooperação da conversão em lei do projecto-lei que substitui a cadeira de
Agricultura pela de Antropologia.
·
Apresenta
o parecer e o Projecto-Lei para o Governo adquirir 500 exemplares da obra
“Garrett, Memórias Biográficas”, de Francisco Gomes de Amorim.
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Propõe
a fusão das Faculdades de Matemática e de Filosofia na Faculdade de Ciências.
1886
·
“Necessidade
de um Ministerio de Instrucção Publica”.
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Viagem
à Suíça em Setembro.
·
Em
Outubro começa a reger a cadeira de Antropologia, antes a cargo de H. Teixeira
Bastos (1885-1886). Dirige a secção de Antropologia e Arqueologia Pré-Histórica
do Museu de História Natural.
1887
·
É
nomeado Sócio-Protector, em 20 de Abril, da Associação Auxiliar dos
Inabilitados do Trabalho.
1888
·
É
nomeado, por unanimidade, Professor Honorário da Institución Libre de Enseñanza,
em 17 de Julho.
·
“Affirmações
Publicas: 1882-1886 – I”.
·
Publica
no jornal “O Repórter” o texto “As Reformas do Ensino Secundário de 1886 e
1888”.
“Publicamos
em seguida a proposta apresentada ontem no conselho de instrução superior pelo
digno e ilustre membro, dr. Bernardino Machado. / Este documento, que é, a
todos os respeitos notável, como não podia deixar de ser, atendendo às altas
qualidades de inteligência do seu autor, e aos conhecimentos especiais que tem
destes assuntos, deve abrir um período de seguros melhoramentos na nossa
instrução pública.”
“Instrução Publica” [material gráfico].
In O Repórter (16 Out. 1888). [1
recorte de imprensa].
1889
·
É
nomeada a Comissão, presidida por Bernardino Machado, do processo de
Sindicância ao Liceu Central de Lisboa. A comissão era constituída por Jaime
Constantino de Freitas Moniz, José Cardoso Magalhães Coutinho, Tomás de
Carvalho, António Maria de Amorim, Inácio Francisco Silveira da Mota e António
José Teixeira.
·
Em
29 de Maio, profere na Academia de Lisboa o discurso “Universidade de Coimbra”,
na sessão solene celebrada em honra de Antero de Quental.
·
Participa
no Congresso Internacional de Ensino Livre (Paris) com a conferência “ Nota
Sobre as Sociedades Particulares em Portugal”, em representação da Sociedade
das Escolas Móveis pelo Método de João de Deus, Sociedade de Geografia de
Lisboa, Sociedade de Instrução do Porto, Ateneu Comercial do Porto e Sociedade
Martins Sarmento.
1890
·
Presidente
da Liga da Educação Nacional. Elabora os seus estatutos.
·
É
Presidente da Academia de Estudos Livres.
·
“Instrucção
Pública”. Discurso a propósito da organização do Ministério da Instrução
Pública e a centralização do ensino oficial, especialmente do ensino primário.
“A Revue
de L`Enseignement Secondaire et Superieur, que se publica em Paris, no seu
último número consagra um longo artigo bibliográfico sobre o livro Afirmações Públicas do sr. dr.
Bernardino Machado. / Depois de citar trabalhos que na Bélgica, na Itália, no
Brasil, em Espanha e em França, se têm realizado nestes últimos anos, o
articulista ocupa-se de Portugal. Refere-se que alguns ministros entre nós têm
feito em favor da instrução e acrescenta: / Mas a palavra mais autorizada e
mais ardente que se fez ouvir em todas as discussões no parlamento e nas
solenidades relativas ao ensino público é, sem dúvida, a do sr. Bernardino
Machado, professor da Universidade de Coimbra e deputado.» Referindo-se
particularmente ao livro Afirmações
Públicas diz: / «Não é sem encanto e sem proveito que se ouve esta voz
competente, convicta, ardente, apaixonada até pelas questões de um tão elevado
e tão geral interesse. / Sente-se, ao ler este livro, que se não tem diante dos
olhos, o discurso dum orador que fala para a galeria, mas a obra maduramente
meditada dum homem profundamente versado em tudo o que se relaciona com a
instrução pública, que trata do bem de cada um, do interesse de todos e do
futuro da pátria.» / Citando o trecho dum discurso do dr. Bernardino Machado
exclama o articulista: / « Pode mostrar-se melhor e com mais calor e convicção,
os benefícios e a necessidade da instrução, do que pela maneira por que o faz o
sr. Machado?» / E a este propósito, confrontando-o a Jules Simon, aponta que o
seu espírito vai mais longe do que o ilustre publicista francês na apreciação
dos benefícios que emanam da educação: / O artigo conclui do seguinte modo:
«Estes extractos bastam para dar uma ideia do livro e para se conhecer os
elevados sentimentos do autor. Quem o ler, facilmente compreenderá os serviços
que estas diversas alocuções poderão prestar á causa liberal da educação num povo
que nos ligam laços naturais tão íntimos. É o caso de dizer: as palavras valem
o que vale o homem!»
“Bernardino
Machado” [material gráfico]. In Novidades
(24 Fev. 1890). [1 recorte de imprensa].
“O
colégio científico elegeu, como vemos noutro lugar, seus representantes na
Câmara dos Pares os srs. Oliveira Monteiro, Francisco António Rodrigues de
Azevedo, Augusto José da Cunha, Bernardino Machado e Jaime Moniz. / Estes nomes
são geralmente conhecidos, e não necessitam de encómios supérfluos. / O sr.
Oliveira Monteiro representa nesta eleição, não só o seu valor pessoal, mas uma
homenagem aos direitos adquiridos; pois o seu deslocamento da cadeira de
deputado pelo Porto dá lugar a ter assento no parlamento o ex-ministro sr.
Beirão, o que era de justiça; o sr. Rodrigues de Azevedo, decano da faculdade
de teologia, é conhecido não só pela sua grande ilustração, mas pelos seus
princípios liberais, manifestados em estrénuas lutas de princípios, sustentadas
com raro vigor e denodo; o sr. Augusto José da Cunha, que há pouco saiu dos
conselhos da coroa, é dos homens mais sérios e mais conceituados pelo seu saber
na especialidade científica que professa e pelo seu carácter; o sr. Bernardino
Machado é um dos membros mais ilustres do nosso professorado, e, em questões de
ensino, a que se tem dedicado especialmente, de uma grande competência
incontestável; e, finalmente, o sr. Jaime Moniz, professor e académico, votado
de coração aos assuntos de instrução pública, à qual tem prestado relevantes
serviços no conselho superior de instrução, a que tão notavelmente preside,
mostra nessa renovação da sua eleição que não desmereceu dos créditos que
conquistara já nas corporações científicas do país, quando da outra vez fora
escolhido para seu representante.
[“Colégio
Científico”] [material gráfico]. In Jornal
do Comércio. Lisboa (15 Abr. 1890). [1 recorte de imprensa].
·
É
nomeado Delegado da Faculdade de Filosofia ao Colégio Especial para a Eleição
dos Pares do Reino pelos estabelecimentos Científicos
“O
digno par do reino, se. Bernardino Machado, pronunciou ontem na Câmara dos
Pares um magnífico discurso, em que louvou a criação deste ministério, embora
num ou noutro ponto discorde do projecto que trata da sua organização. /Foi tão
notável a oração parlamentar do ilustrado lente da Universidade, que o nosso
colega o Século, naturalmente mais propenso a censura que ao elogio, escreve
que o dr. Bernardino Machado, cedo ou tarde, num dia de justiça, tem de ser
chamado a exercer a sua poderosa acção científica na orientação das nossas
escolas.”
“Ministerio
de instrucção publica” [material gráfico]. In A Tarde (17 Jul. 1890). [1 recorte de imprensa].
“O
digno par do reino, sr. Bernardino Machado, pronunciou ontem na Câmara dos
Pares um magnífico discurso, em que louvou a criação deste ministério, embora
num ou noutro ponto discorde do projecto que trata da sua organização. /Foi tão
notável a oração parlamentar do ilustrado lente da Universidade, que o nosso
colega o Século, naturalmente mais propenso a censura que ao elogio, escreve
que o dr. Bernardino Machado, cedo ou tarde, num dia de justiça, tem de ser
chamado a exercer a sua poderosa acção científica na orientação das nossas
escolas.”
“Ministerio
de instrucção publica” [material gráfico]. In A Tarde (17 Jul. 1890). [1 recorte de imprensa].
“Inaugurou-se
hoje o Congresso Geográfico. Entre outros estrangeiros foram nomeados
presidentes honorários Pinheiro Chagas, Ramalho Ortigão, Teles de Vasconcelos,
etc. Para Vice-Presidente, foi nomeado Bernardino Machado. / Os cavalheiros
portugueses tourearão na corrida oferecida a SS. MM., bois desembolados. / Pinheiro
Chagas, na abertura do Congresso, pronunciou um discurso brilhante, produzindo
no auditório, que era escolhidíssimo, a mais extraordinária impressão. Também
falou muito bem Bernardino Machado.”
[“Congresso
Geográfico”] [material gráfico]. In Correio
da Manhã (19 Out. 1890). [1 recorte de imprensa].
·
Participa
no Congresso Geográfico de Madrid, tendo sido nomeados Presidentes Honorários
Pinheiro Chagas, Ramalho Ortigão, Teles de Vasconcelos, entre outros.
Bernardino Machado foi o seu Vice-Presidente.
·
É
eleito Par do Reino pelos Estabelecimentos Científicos.
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