Fica aqui o aperitivo.
O
mestre camilianista dos mestres, ainda entre nós, na conferência que proferiu
no “Colóquio Internacional Amor de Perdição: olhares cruzados”, com a
conferência que proferiu no dia 17 de Novembro, com o título “Do Culto
Camiliano: as leituras de Camilo”, separou, nas suas palavras, “o trigo do
joio”. Falo, indiscutivelmente, de Bigotte Chorão, que distinguiu uma
hermenêutica biográfica da geração de 1925, relativamente à geração de 1990,
com uma hermenêutica mais exigente, centrada na interpretação textual da obra
de Camilo, esta iniciada nos anos 40, com o “Penitente” de Teixeira de
Pascoaes. Das “Leituras”, falta a “exegese crítica” de Bigotte Chorão,
imprescindíveis para uma compreensão da interioridade textual de Camilo. Ao
lermos Camilo com Pascoaes, Jacinto do Prado Coelho, José Régio, Aquilino
Ribeiro, Manuel Simões, Alexandre Cabral ou Aníbal Pinto de Castro, junto os
livros de Bigotte Chorão, que também devem estar ao lado dos de Camilo. Referencio
as “Páginas Camilianas e outros temas oitocentistas” (1990), “Camilo: a obra e
o homem” (1979) e “O Escritor na Cidade” (1986), o qual contém “Camilo,
Personagem de Drama”, “Camilo e a Tradição Narrativa Camiliana” e “Um Prosador
Solar”, uma viagem de Aquilino com Camilo; e, indiscutivelmente, o seu
essencial sobre Camilo (possivelmente emprestei e já não o tenho!)
Ter
ouvido e ter revisto o mestre, que já vem desde 1990, ano do centenário de
falecimento de Camilo, nas suas palavras, no “santuário camiliano de Seide”,
registo não só o resumo da conferência de Bigotte Chorão, como igualmente a
lembrança do dia e as capas titulares de Bigotte Chorão que viajam pela
camiliana cá de casa, sempre prontos a serem lidos, assim como igualmente uma
passagem fotográfica do momento.
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