sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Camilo, hoje para o futuro


Sob o atento olhar de Camilo, o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Arq. Armindo Costa, no Colóquio Internacional Amor de Perdição: Olhares Cruzados,  e com a presença do Ministro da Educação e Ciência Nuno Crato, salientou uma vez mais, como já o tem feito noutras alturas, a reintegração da obra de Camilo Castelo Branco nos programas de Português do Ensino Secundário, argumentando várias dimensões e razões, para sua integração.
Por seu turno, para Nuno Crato, “celebrar Camilo é homenagear a grande literatura nacional; e comemorar os 150 anos da publicação do “Amor de Perdição” e das “Memórias do Cárcere” é divulgar a importância da leitura para o conhecimento, estimular a leitura com os nossos grandes escritores.” Foi assim que o Ministro da Educação e Ciência abriu a sua intervenção, salientando de seguida que “a promoção da leitura é um incentivo à participação dos cidadãos na vida democrática”, para realçar o seguinte: “Não tenhamos dúvidas: a estabilidade das instituições democráticas, numa sociedade livre, global e aberta, depende também de uma cultura de cidadania”. Nesta perspectiva, o Ministério da Educação e da Ciência, nas palavras do Ministro, “assume este compromisso de incentivo activo para uma cidadania plena.” Neste sentido, acrescentou que, referindo-se a Camilo Castelo Branco, que o Ministério da Educação e Ciência, através de várias actividades, nomeadamente do Centro Cultural de Belém, do Plano de Leitura e da Rede de Bibliotecas Escolares, tem estimulado as comemorações dos 150 anos das publicações do “Amor de Perdição” e das “Memórias do Cárcere”, lembrando assim o “grande escritor português e promover iniciativas que divulguem a sua obra literária, para o estudo e a leitura.” Aqui, Camilo sorriu, admiradíssimo! Olhou para Manuel Simões e diz-lhe, Vês? Alguém com senso! Já chegam tolices neste mundo sem rumo, diz-lhe Manuel Simões, Espera, escuta esta: nas palavras de Nuno Crato, “Para compreender Camilo é preciso ler bem, com clareza. Só assim é possível descobrir a fina ironia, a crítica política, a sátira, a paixão e a actualidade das suas obras.” Exclama Camilo, Com esta não contava! Nuno Crato termina com uma citação do “Amor de Perdição”, que revela a estética teórica da ficção camiliana.
Desabava Camilo, Talvez mais no meu “Anátema”…


 

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