sexta-feira, 10 de maio de 2013

Bernardino Machado - "Obras: Política-III"


Numa organização da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão e em colaboração com o Museu Bernardino Machado, assim como com as Edições Húmus, a apresentação do III Tomo da Obra Política de Bernardino Machado realiza-se no próximo dia 18 de Maio (Dia e Noite Internacional dos Museus), pelas 17h00, a cargo de Jorge Fernandes Alves, no referido Museu, em V. N. de Famalicão. A entrada é livre.
O período que abrange o referido Tomo (1910-1914) corresponde a três momentos distintos do percurso político de Bernardino Machado: a) a sua acção ministerial no Governo Provisório como Ministro dos Negócios Estrangeiros e a sua participação nas constituintes; b) da sua malograda candidatura à presidência da República, passando pela sua acção como senador da República (em meados de 1912) e, finalmente, c) a sua estadia oficial no Brasil, como Ministro e Embaixador de Portugal (já que foi Bernardino Machado que fundou e inaugurou a respectiva embaixada), até ao seu regresso a Portugal no início de 1914.
O primeiro destes períodos é de grande euforia, correspondendo à realização do programa do Governo Provisório, no qual se empenha entusiasticamente, convicto de que as medidas a ser implantadas não só correspondem às promessas do Partido Republicano Português na oposição, como se identificam com a opinião pública e as aspirações populares; o 2.º período é o da sua deliberada marginalização política pelo “Bloco” do poder, que procuram desacreditá-lo, moralmente, enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros (através do caso “Batalha Reis”), mas também minimizar a sua acção no tempo da propaganda republicana, corresponde o 3.º período à sua estadia oficial no Brasil, cujo regresso a Portugal acabará por traduzir numa vitória triunfal sobre os seus inimigos, ao ser convidado, por Manuel de Arriaga, para formar governo.
Com introdução e e notas de Norberto Ferreira da Cunha, o III Tomo da Obra Política de Bernardino Machado é constituído por textos retirados da imprensa portuguesa e brasileira, incluindo apenas uma brochura, o relatório que Bernardino Machado apresentou à Assembleia Nacional Constituinte em 1911, enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros. Da imprensa portuguesa, destaca-se “O Mundo”, ao lado de periódicos como “O Século”, “A Pátria”, o “Diário da Assembleia Nacional Constituinte” e do “Diário do Senado”, enquanto da imprensa brasileira (fazendo parte do acervo documental do arquivo de imprensa do Museu), temos textos retirados de títulos como “Portugal Moderno”, “O País”, “A Noite”, a “Gazeta da Tarde”, a “Folha do Dia”, do “Jornal do Comércio” e do “Correio da Noite”.

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