E assim, de vez em quando, o nosso cânone leitoral é destronado. Estas últimas leituras do final do ano de 2016, quase, quase a chegar ao fim, entre Delillo, Araújo Pereira e Teolinda Gersão revelaram, afinal de contas, grandes surpresas. Se de Delillo cito "Seria a barba que um homem deixa crescer quando deseja entrar numa nova dimensão da fé?", apenas comento, e neste caso respondo, que também um homem pode deixar crescer a barba a pedido da namorada e assim estaremos perante uma barba amorosa; ou então, "se os momentos banais constituem a vida", poderá ser através de Teolinda Gersão que se comenta essa mesma afirmação de Delillo: afinal de contas "o diabo não está sempre atrás da porta", o que é até revelador, porque assim podemos caminhar sempre em busca da felicidade nesses mesmos momentos que fazem o nosso universo dentro do universo infinito. Mas se o livro de Ricardo Araújo Pereira não nos fala em Bergson e na sua teoria do riso e do humor, é um livro que vale a pena ler, na sua aventura entre a literatura, o cinema e a filosofia. Desejo umas boas entradas e um magnífico ano, aquele que se avizinha, o de 2017, com grandes leituras.
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