Mais
de meia centena de pessoas estiveram presentes na conferência de Manuel
Henrique Figueira com o título “Educação Nova: escolas novas e influência na
escola pública (1882-1935)”, integrada no Ciclo de Conferências do Museu
Bernardino Machado “Pedagogos e Pedagogia em Portugal”, decorrida no dia 15 de
Março. Manuel Henrique Figueira caracterizou a sua conferência em três partes:
i) Educação Nova e características (origens e intenções), ii) as Escolas Novas
em Portugal (princípios estruturantes e a sua organização pedagógica) e iii) a
Educação Nova em Portugal, mediante a sua influência na escola pública,
salientou quatro teorizadores portugueses. Se nas origens temos teóricos como
Rousseau, Pestalozzi ou Fröbel, já no século XIX as preocupações essenciais da
Escola Nova eram as preocupações com a especificidade do mundo infantil e a
necessidade de o conhecer, com um misto de intenções: idealistas e formas de
organização escolar, mediante as práticas pedagógicas. Em termos de quadro
sócio-histórico, a escolarização estava organizada contra as leis naturais
(higienismo educativo), baseada numa medicina pedagógica, isto é, numa
observação do indivíduo na ssuas potencialidades físicas e mentais. A Escola
Nova pretende, assim, ser o oposto à Escola Tradicional, no sentido em que esta
era uma escola passiva, pretendendo ser a primeira activa, sendo a finalidade a
construção do homem novo para a construção duma nova sociedade. Por seu turno,
nos princípios estruturantes da Escola Nova, salientou o ensino concreto, a
educação integral, entre outros tópicos, para uma educação intelectual,
artística, manual, física e moral para o desenvolvimento do indivíduo,
caracterizando os tipos de ensino da Escola Nova: infantil, primário e
secundário (comercial, agrícola, oficinal). Focando as influências da Educação
Nova na Escola Pública (por exemplo, na introdução das inovações técnicas na
escola, a vida entra na escola, e a integração de uma rede de comunicação e de
animação pedagógica entre os professores), salientou o conferencista quatro
teorizadores portugueses da Escola Nova: António Sérgio (a dimensão
filosófica), Faria de Vasconcelos (a dimensão psicológica), António Lima (a
dimensão sociológica) e Álvaro Viana de Lemos (a dimensão prática).
O texto-resumo da Conferência, publicado pelo Museu, já foi substituído por outro ainda melhor estruturado.
ResponderEliminarSe assim o entender, poderá substituí-lo aqui também.
Obrigado pela atenção.
Manuel Henrique Figueira
Caro Dr. Manuel Henrique Figueira,
ResponderEliminarSaúdo-o pelo livro Um Roteiro da Educação Nova em Portugal. Belíssimo e competente trabalho que constitui, a meu ver, uma referencia sobre este tema tão apaixonante da educação portuguesa. Cito-o na minha tese sobre Leonardo Coimbra e o pensamento ibérico e ibero-americano (2009).
Desejo-lhe todo o sucesso. Com os melhores cumprimentos,
Susana Rocha Relvas
Investigadora do CEPP - Centro do Pensamento Português, Universidade Católica Porto.