quarta-feira, 31 de agosto de 2011

aljube



Com textos de Mários Soares, de António Costa, de Fernando Rosas, de Raimundo Narciso e de Alfredo Caldeira, a exposição "Aljube, A Voz das Vítimas" é organizada pelo Instituto de História Contemporânea da FCSH da Universidade Nova de Lisboa, pela Fundação Mário Soares e pelo movimento cívico Não Apaguem a Memória, contando com o apoio não só da Câmara Municipal de Lisboa, com as parcerias da RTP-Rádio e Televisão de Portugal e da Direcção-Geral de Arquivos, como também pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República e pela Secretaria de Estado da Cultura. Encontra-se ainda patente até fins de Setembro na antiga Cadeia do Aljube, em Lisboa, com sala multimédia. Lemos no respectivo catálogo: "A exposição A Voz das Vítimas pretende constituir uma afirmação de cidadania na preservação da nossa memória histórica. Para tal... os seus organizadores puderam utilizar as instalações da antiga Cadeia do Aljube, emprestando assim especial ênfase ao significado que pretendem imprimir a esta exposição." E relativamente à documentação: "Os conteúdos da exposição - escritos e audiovisuais - resultam das mais recentes investigações históricas realizadas sobre o tema, sem olvidar a relevância dos testemunhos dos que, durante 48 anos, sofreram a repressão." Um desses testemunhos é, precisamente, o de Lino Lima. O conteúdo da exposição encontra-se assim divividido: i) i) História Patrimonial do Aljube; ii) Aljube, Prisão Política da Ditadura; iii) As Polícias Políticas do Estado Novo; iv) Métodos da Polícia Política; v) Tribunais Políticos; vi) Legião Portuguesa; vii) 48 Vítimas; viii) Testemunhos. Definitivamente, não apagar a memória!

prospectivar o futuro

Amanhã e amanhã e depois de amanhã, desliza
em curtos passos até ao último minuto do registo
do tempo e todos os nossos ontens não fazem mais
do que indicar aos loucos o caminho para a morte
que nos converte em pó. Apaga-te, apaga-te,
tocha tão curta, porque a vida não é mais que
uma breve sombra, ou um pobre actor que se
pavoneia e agita por uma hora em cena e ninguém
mais escuta: é uma história contada por um idiota,
cheio de som e de fúria, mas que não significa nada.

Shakespeare, Macbeth




I
A IDADE DOS ORÁCULOS
1. A predição entre os povos antigos: uma segurança e uma garantia divina
2. A adivinhação grega: uma questão filosófica e manipulação política
3. A adivinhação romana: monopólio de estado

II
A IDADE DAS PROFECIAS
4. Da adivinhação política à profecia apocalíptica
5. A profecia em liberdade e a sua evolução heterodoxa até ao século XIII
6. A igreja define e regulamenta o acesso ao futuro
7. Inflação, banalização e desvio das predições

III
A IDADE DA ASTROLOGIA
8. Transformação e declínio da profecia religiosa
9. O triunfo da astrologia
10. A astrologia: uma necessidade sócio-cultural do século XVII

IV
A IDADE DAS UTOPIAS
11. A marginalização da adivinhação tradicional
12. Os novos caminhos da predição no século XVIII: utopia, história e ciências humanas
13. O começo da era das massas. Impulso da predição popular no século XIX
14. O começo da era das massas. Os novos profetas do século XIX

V
A IDADE DAS PREDIÇÕES CIENTÍFICAS
15. A escalada do pessimismo. Profetas da decadência e da contra-utopia
16. A predição terá futuro? Videntes, profetas do fim da história e prospectivistas

terça-feira, 30 de agosto de 2011

expedições científicas

uma exposição que não se pode perder é, indiscutivelmente, a que está patente no palácio da calheta, e que se chama "viagens e missões científicas nos trópicos (1883-2010)". esta exposição contém oito temáticas, a saber: i) a comissão de cartografia; ii) ocupação científica do ultramar. ideias e práticas; iii) missões geográficas e geodésicas; iv) missões geológicas e pedológicas; v) missões antropológicas; vi) missões agronómicas e florestais; vii) missões botânicas e zológicas; viii) património e memórias. apresento um pequeno filme fotográfico da referida exposição, assim como os autores e os títulos que estão patente no catálogo da mesma.






Jorge Borges de Macedo - Apresentação. Berlim, Luanda e Outras Paragens da Lusofonia Global.
Teresa Albino, Marta Costa - Colecções Históricas & Científicas: saber tropical em exposição
Manuel Lobato - A Commissão de Cartographia e a Produção Científica Colonial Portuguesa da Monarquia Constitucional à I República (1883-1936)
Maria João Soares, Maria Manuel Ferraz Torrão - Biblioteca da Comissão de Cartografia: um espólio esquecido
Ana Cristina Martins - (Re)Conhecer para Ocupar. Ocupar para (Re)Conhecer
Cátia Miriam Costa - Pensamento Republicano e Africanismo: o caso de José de Macedo
Ana Cristina Martins, Patrícia Conde - O Século das Missões: a ocupação científica do ultramar português sob o olhar da imprensa
Paula Santos, Ana Morgado, Carmo Nunes - Informação Geográfica desde 1883: fronteiras, missões geodésicas e detecção remota
Ana Cristina Martins - Solos esventrados. Saberes (Re)Colhidos. A Geologia nas Missões Científicas
Madalena Fonseca, Inês Pinto, Rui Pinto Ricardo - Missões Pedológicas em África: passado, presente e futuro
Ana Cristina Roque, Vítor Rosado Marques - A Missão Antropológica de Timor no Contexto das Missões Científicas Portuguesas
Luís Frederico Dias Antunes - António de Almeida (1900-1984): o homem como património: da  biologia à etnografia
Ana Cristina Roque - Missão Antropológica de Moçambique: antropologia, história e património
Cláudia Castelo - As Missões do Centro de Estudos Políticos e Sociais
Manuela Cantinho - Jorge Dias e o Museu do Homem Português
Ana Cristina Martins - A Arqueologia nas Missões Científicas: ad initium



Ana Godinho Coelho, Paula Fonseca Mota - Capangombe-Santo António (355-11): uma estação lítica do sudoeste de Angola
António Eduardo Leitão, José Cochicho Ramalho, Maria José Santos - Da Meau ao Eco-Bio: meio século pleno de actividade
Maria Otília de Carvalho, Ana Magro, António Barbosa, Graça Barros - O Centro de protexção Integrada dos Produtos Armazenados: 1951-2010 - seis décadas de existência, história e actividade
Ana Paula Pereira, Leonor Guimarães - O CIFC e a Importância do Híbrido de Timor na Cafeicultura Mundial
Fernando Bessa, Teresa Quilhó, José Carlos Rodrigues, Jorge Paiva - Centro das Florestas e Produtos Florestais
Eurico Sampaio Martins, Maria Cristina Duarte - Caminhos da Botânica Tropical nos Países Lusófonos
Maria Manuel Ferraz Torrão - Francisco de Ascensão Mendonça (1889-1982): a flora africana como património do herbário do IICT
Margarida Pinheiro - As Missões Zoológicas e a Zoologia Tropical
Vitor Luís Gaspar Rodrigues - Fernando Frade Viegas da Costa (1898-1983): actividades de um zoólogo em África
Ana Cristina Martins - João Augusto Silva (1910-1990) e a Palanca Real: experiências de um caçador de imagens
Cláudia Castelo - O Trabalho de Campo nas Colónias: coleccionando memórias
Manuel Lobato - «não menos forte que cerca de colmeias»: crónica de uma investigação sobre arquitectura militar nas Ilhas Molucas: do trabalho de campo à evidência documental
Rogério Abreu - Os Filmes da Ciência e a Ciência dos Filmes: as imagens animadas das missões
Ana Canas, Conceição Casanova - Práticas e Políticas Arquivísticas e de Conservação no AHU: passado e presente
Catarina Mateus, Laura Moura, Sílvia Sequeira - Conservação e Restauro de Álbuns Fotográficos de Missões Geográficas e Geodésicas Realizadas pela Comissão de Cartografia
Branca Rolão Moriés - Roteiro Comentado de Bibliografia no Âmbito das Missões Científicas: uma selecção de artigos publicados nos Anais da Junta (1946-1960)





jardim botânico (lisboa)

jardim botânico, de lisboa, uma perspectiva imagística e filmíca. comporta o palácio dos condes da calheta, o qual está inserido no topo norte do jardim botânico tropical. nele pode ainda ver-se a exposição "viagens e missões científicas nos trópicos: 1883-2010". o jardim pertence ao instituto de investigação científica tropical, instituto público tutelado pelo ministério da ciência, tecnologia e do ensino superior.


do amor




...o o objecto inteiro deste livro, é o amor não ser somente esta experiência íntima e perturbadora, que tem sido certamente desde a aurora dos tempos, mas, talvez pela primeira vez na história, ter-se tornado o princípio fundador de uma nova visão do mundo, o verdadeiro fulcro que volta a dar sentido e reorganiza hoje em dia os valores que alimentaram a civilização europeia moderna.

Luc Ferry




INTRODUÇÃO
A Revolução do Amor-Paixão e as metamorfoses do humanismo

I
«THÉORIA»
O Boémio, o Burguês e o Amor
Os traços característicos do tempo presente:
desconstrução das tradições, mundialização liberal e sacralização do humano

1. A Invenção da «Vida Boémia»,
Primeiro Motor da Desconstrução dos Valores e das Autoridades Tradicionais

2. As Duas Mundializações ou as Contradições Culturais do Homem de Direita

3. A Sacralização do Humano, a Invenção do Casamento do Amor e o Surgimento de uma Segunda Idade do Humanismo: para além de Kant e de Nietzsche

II
MORAL

Uma breve história da ética
O nascimento de um novo humanismo ou os valores do século XXI

1. A Ética Aristocrática dos Antigos

2. O Teológico-Ético: a moral judaico-cristã e a rutura com o universos aristocrático

3. A Ética Republicana: a crítica da moral aristocrática, a secularização do cristianismo e o nascimento do primeiro humanismo

4. A Ética da Desconstrução: o culto da autenticidade e da diferença

5. Depois da Desconstrução/Descolonização, Depois do Surgimento do Casamento de Amor, o Nascimento de um Segundo Humanismo

III
ESPIRITUALIDADE

Sabedoria dos modernos e espirtualidade laica
As metamorfoses da vida do espírito: política, arte e filosofia

1. As revoluções da Filosofia: uma nova relação com a finitude humana

2. À Maneira de Conclusão: refelexões sobre alguns efeitos da revolução do amor sobre outras duas esferas da vida do espírito: a arte e a política